sexta-feira, novembro 29, 2002




-- primeiro e único. Obrigada, baby :*


"O Elogio da Música Ruim" (starring Marcel Proust).

Era só pra ser o título. Mas eu amo Marcel Proust. Gosto dos títulos dos contos dele. Da forma como ele ama música e as pequenas coisas e do jeito que ele mostra as coisas de um jeito bem diferente. Do modo como ele parece escrever sem se importar com o que vão dizer. Gosto de ler mil vezes tudo que ele escreve. E eu levo o livro dele, "Os Prazeres e Os Dias", pra qualquer lugar que eu vá, geralmente.

"É doce, quando se tem uma mágoa, deitar-se no calor da cama e aí, suprimidos todo esforço e toda resistência, até a cabeça debaixo das cobertas, abandonar-se por completo, gemendo, como os galhos ao vento de outono."


Gosto de "A Eficácia Efêmera do Desgosto"; "Elogio da Música Ruim" e "Presença Real" e "Origem das Lágrimas que Estão nos Amores Passados". Tudo nele é diferente. Leiam.

Mas, era pra ser só o título.

- - -


Ontem saímos. Ficamos um tempo aqui e saímos. Ouvimos coisas ruins e montamos nossa coletânea-trash-anos-90. O veRRRmelho arrumou o violão do Roommate e ficou tocando e ficamos cantando juntos, o que foi legal. Dei um twix grande de aniversário pra ele. O telefone tocou mil oitocentas e trinta e quatro vezes. Acabamos descobrindo, a certa hora, que 'todo mundo' estava num bar comemorando o aniversário dele. Achamos que seria necessária a presença do aniversariante. Fomos. Lá, falou-se muita besteira. Muita, mesmo. Uma menina pegou na minha bunda e esbarrou na cerveja do menino que estava atrás de mim, que acabou totalmente molhado e imundo e querendo fazer strip-tease. Começamos a lembrar músicas dance (Afinal, esse termo aida existe?). Muitas. E rimos, muito. Passarei a tarde gravando um CD que será levado à chácara amanhã. Discutirei, per ICQ, com o veRRRmelho no decorrer da tarde a respeito da seleção. Duvido que ele tenha algo melhor pra fazer durante o super-trabalho dele.
Lá pelas duas da manhã, lembramos que tínhamos aula no dia seguinte. Principalmente nós, as calouras, às sete e meia. (Arght) E havia ainda uma resenha de sociologia a ser feita... Porém, isso acabou tendo que ser esquecido. Passei frio.
Chegamos às duas e meia. O Roommate e o Paulista bêbados ficaram brincando no meu ICQ. Ok, pessoas que receberam mensagens bizarras e/ou grosseiras e/ou sem sentido: sorry. Acabei esquecendo de shut down. Fiz macarrão à bolonhesa pra eles. Dormi.
Consegui ir pra aula, que, estranhamente, foi legal. E era sociologia, ainda por cima. Mas foi legal. A aula, que seria de quatro horas, foi interrompida ao final da primeira aula para que fôssemos a uma palestra. E, como eu durmo, decidi não ir e passei a manhã inteira falando besteira. Lembramos até de Double You. Please Don't Go, que ficou faltando na noite anterior.
Ah, ainda ontem, fui convocada para ser diretora de fotografia/atriz de um filme que será feito para o PUTZ (Prêmio Universitário de Trash Zé do Caixão). Fiquei feliz. Participarei de três filmes, ao todo, creio eu. Será legal, principalmente pelo fato do meu amigo-deus Thom Yorke estar envolvido. E ele é doente e tem as idéias mais bizarras/legais. :) Um outro grupo, de meninas, tem em mente fazer um filme pornô. Assustador.
- Uma menina foi pra aula com uma camiseta da Lain.
Depois de muita besteira falada e ouvida, fomos almoçar no R.U. das Agrárias. Descobri, da maneira mais dolorosa possível, que não é possível pular o muro do campus sem arranhões. Ele é alto. Muito alto. E o que nos faria economizar tempo acabou nos atrasando e arranhando meus braços. Mas tudo bem. Comi o famosíssimo barreado. E é bom, sim. Na saída, comprei Dadinhos com o Tio-das-caloriazinhas.
Na volta, a conversa dos meninos acabou tornando-se "orgânica" demais e eu e a moça-simpática-de-jornalismo (eu sei o nome dela, sim.) fomos andando na frente conversando a respeito da festa da chácara e afins.
E na festa eu vou, sim. E ao mercado mundo mix também.
A festa será legal, quase de certeza. Não há camas suficientes, então serão disputadas no Bingo. Levaremos caixas de papelão para fazer competição de descida-de-bunda-no-morro. Passaremos fome, disso eu sei. Vou rir.
Voltaremos no domingo. Eu, o Roommate e o veRRRmelho iremos ao Mercado Mundo Mix.
Tô ouvindo Reef, que eu deveria odiar, a princípio. Mas me lembra coisas legais.
Então é isso. E eu não ando tendo tanto tempo pra tudo. É provável que eu comece a trabalhar na semana que vem. E hoje me falaram pra deixar meu cabelo vermelho porque, segundo eles, é "muito mais sol". Tá tudo quase rápido demais. E eu gosto assim, porque esqueço...

[N.A.]:
VeRRRmelho é um amigo-que-virou-folgado-e-não-sai-daqui-nunca. Mas é boa pessoa, no fundo. É semi-mineiro, proveninente de uma cidade bizarra e lendária que fica na divisa de São Paulo com Minas Gerais. Me chama de baguazete, compartilhamos Garfield e tardes-ociosas no ICQ. É veterano, bebe demais, fala besteira e está entre os "Top 5" da faculdade, numa lista estranha elaborada pelas meninas-não-eu do meu curso. Tem sotaque e vocabulário estranhos. Trabalha numa agência de publicidade da qual é sócio e tem acessos-de-comportamento-tiozão. Gostamos de The Strokes e odiamos, com força, o Ultraje a Rigor.
Costumamos sair juntos. Eu, Roommate e veRRRmelho. É legal. Eles, aqui.
02:26. O telefone toca.
"- Isso são horas?
- Por que essa agressividade?"

quinta-feira, novembro 28, 2002

...

Ou eu vou ao Mercado Mundo Mix: piercing, pulseiras estilosas, gente legal.
Ou à festa de aniversário do verrrmelho, que começa no sábado ao meio dia e vai até domingo à noite, numa chácara.

Em ambos os casos estarei desacompanhada.

Qual, então?

quarta-feira, novembro 27, 2002

"You are the Girl Next Door. You're the sweet one. The quiet one. The one that he doesn't realize he's got until you're gone."

Deu sim.
E tudo de hoje vai praquele outro lugar.
Oxygen

Ida e volta de hoje ouvindo a melhor coletânea que eu tenho: "Nothing Hurts".
Ontem assistimos Betty Blue na aula de cinema. Hoje, em Teoria de Comunicação, 2001 - Uma Odisséia no Espaço e A Guerra do Fogo. Notei que é isso o que a gente mais faz: assistir filmes. Mas é legal, apesar de desconfortável.
(...)
Depois, todoresto.
Saudades: Danie - cum back :~.
Notei que muitas vezes não adianta tentar. Me sinto uma merda. Me sinto idiota. O.B.R.I.G.A.D.A.
E agora eu odeio, mas eu sei que só existe uma pessoa com quem eu me sentiria bem. Não é Ele. Não. E eu podia/queria/precisava falar tanta coisa que... Não dá. Não agora. Não nessa vida. Não pra essa pessoa. (E isso é ambíguo até dentro de mim.)

Inconstante, EU?!
As sinaleiras quando piscam; as luzes dos prédios que não se apagam à noite; caixas de correio; história do cinema; roupa nova; ligação inesperada; discman; dormir; dormir; dormir; fotos na parede; só fotos na parede; saudade boa; beijo devagar; mãos; não comer; croissant; contra.dições; olhos castanhos; meu-amigo-do-bom-gosto-musical; azul; tubo; expresso; cantina da faculdade; nomes de ruas; pessoas bonitas; olhares que se cruzam; conversas com as meninas; risadas que se perdem; ocupada demais; flores; passeio público; corridas; soleil, o carro; "amo o jeito que você fala"; pesquisa de campo; outros campi; prédio histórico; twix; chácara; vinhada; zines; foto institucional; carona; saudade boa, de vez em quando; ser feliz devagarinho.
ainda

"(...)
- Desculpa.
(...)
- Vais embora agora? (...) Sua estranha."

segunda-feira, novembro 25, 2002

Quatro.

Roubei um beijo. Dele.
Tá, chega... Não quero mais brincar de gostar da pessoa errada.



(Não, não quero gostar da pessoa certa também. Porque sempre acaba. Porque ainda não é hora. Porque exige muito mais do que o que eu tenho. E vai ser eu contra eu mesma. Vou tentar me convencer de que eu prefiro olhar melhor ao meu redor e ver que tem alguém que sempre fala coisas boas ao meu respeito bem perto de mim. E ver que isso não é nada, mas faz bem. Vou parar de sonhar, porque Ele disse pra mim a mesma coisa que eu digo pra todo mundo. E eu sei o que isso significa. Vou parar com isso e voltar pra minha vida que é lá e não aqui. Fazer o que todos fazem; viver exclusivemente pro "próximo fim de semana". Deixar de sonhar com ele. Emagrecer os tão sonhados cinco quilos. Me mudar. Colar fotos na parede-do-quarto-que-não-pega-sol. Mudar a cor do meu cabelo. É, qualquer psicólogo-ou-menos entenderia... Mas me deixa hoje.)

p.s.: e tu, adorei o conselho, mas, por causas que vão além da minha pessoa, vou "me internar num hospício por gostar de sofrer e ser infeliz". Mas eu entendi o teu ponto e concordo. Por isso que "não mais". É o certo, né?

domingo, novembro 24, 2002

Iaiá





se eu peco é na vontade de ter um amor de verdade.
Keep Fishin'

Na sexta-feira, o que deu certo: (1) a entrevista com o Relações Públicas da Volvo - que por sinal foi algo surpreendente. Invejável. - O trabalho ainda teremos que fazer essa semana. A possível transcrição da entrevista, a apresentação, etc. Mas foi bom; (2) o almoço-com-a-minha-mãe-no-meu-restaurante-preferido - onde eu pude até contar com uma agradabilíssima presença na mesa ao lado e os sussurros: "Pode olhar, ela não tá olhando...'"; (3) os problemas resolvidos na imobiliária;
Saímos de Curitiba cinco minutos antes do rush, o que não nos impediu de passar por um engarrafamento nojento na saída da cidade. Mas tudo bem.
Quando cheguei, liguei pra Ele, que então, devido à minha demora, já tinha outra coisa pra fazer. Então eu fiz algo que não fazia há tempos com tanto empenho: dormi. Dormi mais de dez horas. Dormi e não acordei uma única vez. Acho que meu corpo decidiu repor o sono perdido durante o ano todo. Ok, exagero. Mas foi bom.
No sábado acordei depois das dez, morrendo de sono. Fiz algumas coisas. À tarde, fomos pra Joinville comemorar o casamento do meu irmão-zão. Foi legal. Eu, na minha posição de irmã-mais-nova-fodida-financeiramente e meu irmão na posição de sempre-acompanhante-da-irmã-fodida-financeiramente presenteamos o casal com imãs de geladeira. Ok, não eram simples imãs. Eram um 'chat de geladeira'. Ok. Maldito Marketing. Mas a cunhada gostou, e é o que importa. Besides, mamãe acaba compensando no valor do presente 'da família'. Lá, conhe'cemos' a 'outra parte da família'. Encontrei até alguém pra compartilhar o gosto pela fotografia, e me emprestar a super-máquina-invejável e me dar conselhos legais. Achei legal. A família da cunhada é legal. Ela é legal. E minha sobrinha deve nascer, no máximo, em duas semanas. Acontece que toda a festinha-familiar acabou demorando um pouco mais, e eu havia combinado com Ele de ligá-lo às oito. E lá estava eu, sete e meia, em Joinville. Arranjei um jeito de avisá-lo que ligaria nove e meia. E comecei a pressionar um pouco mais pra irmos pra casa. Passamos ainda na casa de uma prima. Pude rever o primo-segundo-de-nome-bonito. Gosto dele. Ensinei números pra ele e ele me disse que vai ganhar uma bateria do pai dele. E ele tem uma baqueta e bate em tudo que vê pela frente. E tem três anos. Então, oito e meia. E a família ainda parada e eu semi-desesperada. Sou neurótica com horários, admito.
Fiquei agonizando atrasada na viagem de volta. Lembrei da viagem de ida, que foi extremamente agradável. Quando eu viajei no banco de trás. Adoro viajar no banco de trás e há tempos não o fazia. Mas lá sentei, descalça, e deitei com a cabeça apoiada no banco pegando sol. Ouvindo música e pensando besteira, como sempre. (...) Então cheguei em casa às noveecinqüenta, aproximadamente. Família já estava apreensiva ao me ver com raiva do mundo, pelos caminhões que andam devagar, a bateria do celular que acaba, as sinaleiras que fecham todas... Murphy, maldito! Liguei. E Ele não estava em casa. Se tivesse ocupado, seria um consolo. Mas não. Ele não estava em casa. Tentei, mil vezes. Ele não estava em casa. Ele não... Droga.
Me dirigi então ao famigerado mundo da inter-nete. Em um minuto, decidi ir pra casa da namorada chorar minhas 'magoas'. E fui. Não levei nada e fui. Fizemos nosso programa-de-solteironas-acima-de-30. Foi legal e ela fez minha maisdoquenecessária massagem. Acabei dormindo lá. Então ela acordou de manhã bem cedo pra ir fazer a provinha-da-Furb. Saenem, como diz minha mãe. Tive sonhos muito muito estranhos. Mas prefiro esquecê-los. Então levamos ela lá e o Sr. Bertoldi me trouxe em casa. Discutimos política.
Chegando em casa peguei o discman e fui caminhar e pensar na vida. Bloco do Eu Sozinho. E saudades que eu tava sentindo desse CD. Mas eu mal saí da minha rua e a pilha acabou. Mas continuei. Depois no meio ele milagrosamente (eu sei, nem tanto) voltou a funcionar. Até A Flor, só.
Vi a ex-sogra de longe.
Pensei Nele e pensei que azar o Dele. Foi um pensamento idiota e passou logo. Mas não sei se vou ligar-e-implorar hoje. Acho que não. É ruim e chato quando as coisas dão errado. Ontem Eu precisava vê-lo. Simples assim. Mas não. E eu não sei onde acaba minha disposição a estar presente só quando for bom pra Ele. Ah, claro, não é assim também. Por isso que eu odeio minha mente desocupada. E Ele lê isso aqui às vezes e às vezes quase sempre eu sei que lendo isso Ele vai saber (mais) como eu sou e gostar menos de mim. Mas Ele sabe que eu gosto Dele e dos olhos castanhos Dele. (Ainda que eu não cante ao telefone por eu odiar a minha voz.) Então eu acho que a minha parte é só essa. E tô divagando.
Ah, e são cinco quilos que eu quero emagrecer. Boa sorte pra mim.

sexta-feira, novembro 22, 2002

Três. :))))))
Uma das coisas já deu certo. Duas delas.

quinta-feira, novembro 21, 2002

Ah, sim. Mais de 4 meses depois, 'atualizei' o Behind My Eyes
Schizophrenia's weighted me down

Amanhã é um dia importante e bom em muitas coisas. Espero que dê tudo certo.
(...)
Apaguei o post-super-otimista daqui. Mas estou muito bem. Estou morrendo de saudades de alguns amigos e amigas. Muito, de verdade.
Tive um sonho bittersweet. Uma mistura estranha de sentimentos. E muito real, ao mesmo tempo. Claro, não vou ser seqüestrada por um cara que pilota mal um bimotor, mas o que eu senti no sonho eu sentiria na vida real. Um pânico misturado a um início de saudade. E o sonho terminou bem, com um abraço de alguém que eu amo muito. Muito. Então acordei e agi estranho. Depois passou.

quarta-feira, novembro 20, 2002

(I`m not gonna) Breakdown

Nada, não. Tá tudo bem.
E eu adoro quando 'me perguntam' (sim, só tu perguntas): "E os olhos castanhos?"
...

É, droga. Eu nunca vou ser tanto assim.
Será que eu queria saber?

terça-feira, novembro 19, 2002

[ do vento forte, do entardecer, e do Teu beijo ]

gosto.
Too much Hollywood - Ou como ser/sobreviver como um alienado:

- Não assista televisão. Filmes são permitidos.
- Não ouça rádio. Prefira CDs/Fitas/Vinis/Mp3.
- Não vá aos compromissos agendados. Depois, diga que esqueceu.
- Não tenha relógios em casa. Se o compromisso for inadiável e com horário marcado, saia de casa quando você "sentir que é hora".
- Confie em si mesmo. Ainda que o resto do mundo não o faça.
- Acredite quando as pessoas disserem que sua camiseta está do avesso.
- Leve sempre consigo um guarda-chuva. Tenha a certeza de que o clima é a única coisa que você não controla. Use esse fato em eventos sociais para contar vantagem.
- Olhe bem para as pessoas ao lado de quem você pára no ônibus. Sinta-se ameaçado. Saiba que aquele olhar que dizer que a pessoa está tramando algo contra você. Mantenha a calma.
- Converse com suas plantas, sempre que possível.
- Dê nome aos computadores que você usa, ainda que não sejam seus.
- Não importe-se com as notícias do mundo. O mundo não se importa com você.
- Tenha certeza de que só você tem problemas.
- Sempre feche os olhos ou olhe para o céu quando as pessoas batem fotos em que você aparece.
- Lembre do nome de bandas do Bangladesh mas não lembre o nome daquela menina que faz parte do seu grupo de trabalho. Não é culpa sua, você só a conhece há um ano.
- Sempre que possível, pergunte às pessoas qual é seu sexo.
- Freqüente pouco o local de trabalho ou a universidade. Você não é bem-vindo.
- Seja bem-humorado apenas uma vez ao mês. Neste dia, pratique esportes, compre presentes, agrade as pessoas com quem você mora. Logo passa.
- Não seja a mesma pessoa na internet que você é no mundo normal. Deixe clara a sua dupla personalidade em conversas com pessoas da aula/trabalho.
- Verifique mais uma vez o seu horário de aula antes de sair de casa. Procure juntar os livros certos aos errados que estão em sua bolsa.
- No campeonato inter-cursos da universidade, inscreva-se em todos os esportes. Viaje na semana em que ele acontece.
- Prefira sempre andar olhando para o chão.

segunda-feira, novembro 18, 2002

!

Depois de muitas manifestações do além querendo impedir, finalmente tudo certo: A Chris, vulgo mermaid tem seu blog.
Agora posso agradecer (com link) pela flor-chamada-Olívia que eu ganhei dela e que me fez sorrir um pouco mais ;)

Então, Obrigada :-*
Digam o que quiserem. Mas eu amo o verão.

domingo, novembro 17, 2002

Diferente.

Na mesa ao lado do monitor e do teclado, estão as fotos. Coloquei um monte de coisa em cima pra esquecer. Pra não pensar. Pra não ter certeza de que ele é lindo e tem alguém. Pra não me dar nem uma chance mínima de gostar. Não, não, não... Mas passa fácil. É algo fácil de controlar. É 'nada'... É falta de ter alguém, só isso.
E tem Ele que é de quem eu gosto mais. Mas é tudo enrolado e complicado demais. E eu ensaio mil vezes dizer "tudo ou nada" mas simplesmente não consigo. Não tenho essa coragem de pedir tão descaradamente que Ele me abandone de vez. E nem sei se é o que eu queria. Não sei se basta pra mim essa atenção mínima e dissimulada e parcial. Às vezes eu queria dizer pra Ele que tudo que eu quero Dele é carinho. Que não é tão difícil assim. Que o fato de Ele ser complicado assim me machuca. Que eu já passei por isso antes e não quero e não posso. E basta alguém que me abrace e que queira estar comigo. Que bastaria que Ele fosse assim.
Mas isso eu nunca consigo dizer. Sou uma fraca.
Lá fora tem gente gritando. Deve ser por causa do futebol. Eu deveria, mas não como. E continuo doente. E li umas coisas e tive raiva porque as pessoas são e não são sempre as mesmas. Não sei nem como eu queria que funcionasse. Mas não assim.
Me pergunto se algum dia alguém vai reparar que meus dentes são muito pequenos e vai gostar disso.
Olhando pra esquerda, algumas coisas minhas: meu coelho, na estante, ali em cima, junto com os meus perfumes e meu aparelho de som. Na mesa, um nariz de palhaço (nem me perguntem), uma pomada pra queimaduras, uma conta de telefone, um porta-cds, minha agenda de telefones, um par de brincos em cima da agenda, um dicionário, Pavement - Brighten The Corners, o Hatful of Hollow dentro da caixa do Magical Mystery Tour, embaixo do Galaxie 500 - the portable. Em cima, a caixa do The Smiths - The Queen is Dead. O CD está dentro do aparelho de som. Acho que é um dos três CDs que eu mais gosto. Talvez o melhor. Aliás, de fato o melhor. Ganhei ele.
Do outro lado, minha bolsa no lugar do teclado do meu irmão. Flores em cima do galão de água. Flowers in the Window. Meu chapéu. Meu pato. Uma lupa. Uma lata de gás butano. Duas jaquetas minhas. Meus tênis azuis. Meus tênis vermelhos. Preciso de tênis novos. Vitamina C Efervescente. Vou tomar daqui a pouco.
Há, colado no monitor, um adesivo da Top Melon. Veio num melão que eu comprei. Naquele melão. Em cima do monitor uma caneta que não deve funcionar, um bilhetinho-propaganda de um churrasco, um calendário, uma válvula.
Não há recados novos na secretária. 34. Velhos, deviam ser apagados. Não vejo o telefone daqui. Não sei onde ele está.
Sonhei que me perseguiam. Sonhei que fugi e que foi necessária muita vontade. Durante a fuga, no sonho, eu ainda pensei que era ruim ter cabelos vermelhos. Era mais fácil que eles me vissem assim.
Não estou ouvindo nada. Nenhuma música.
Vou ensaiar de novo pra falar pra Ele que não agüento mais. Talvez Ele até pergunte a respeito de algo que eu disse ontem. Não sei. Mas sei que não vou conseguir e não sei se quero. Mas passa. Não estou mais me lembrando de como é ser eu mesma. Então sou isso: confusa, quieta, calma, bem. Vago. Sou um barulho nervoso de flauta que ninguém sabe de onde vem. Desses que se ouve em tardes cinzas.
Acordei com uma música que eu gosto. Tive medo de que alguém tivesse entrado no quarto.

sábado, novembro 16, 2002

IN'Perfeito



Cada vez que meu corpo
foge da tua imagem,
distancio o risco da perfeição e torno-me mais humano.


(bonito demais pra caber em qualquer lugar)

-- obrigada :-* --


Uma das coisas das quais eu mais gosto é de olhar pela janela daqui. Principalmente quando está nublado e é primavera e há vento e as árvores do passeio público balançam. Gosto também de quando o vento derruba as flores das árvores quando estou passando embaixo delas. Gosto de ver as pessoas deitadas na grama do passeio. Gosto dos casais de namorados que se escondem nos cantos. De quando os homens passam a mão nos peitos das mulheres porque pensam que ninguém está vendo. Dos casais com mais de 30. Gosto de ouvir as conversas ao meu lado quando estou almoçando. De ver o que as pessoas compram no supermercado. De imaginar a vida das caixas do supermercado. Gosto da Moysés Marcondes, uma rua pela qual caminho quando vou pra aula. Gosto de ver os bolos todo dia na mesma confeitaria. Gosto de ver as pessoas correndo quando começa a chover. Gosto das coisas que essa pessoa escreve. Gosto de comprar coisas pequenas: Tic-tacs pro cabelo ou um par de brinco desses que se compra na rua. Gosto de ver pessoas canhotas escrevendo. Gosto de ficar sentada com um Discman no meio de uma praça de alimentação. Gosto do meu restaurante preferido porque lá é calmo. E pessoas que não se conhecem sentam juntas. Gosto do suco sem açúcar e gosto dele por ser vegetariano. Gosto da maneira como a temperatura exerce influência sobre o galão dé água. Gosto de como as pessoas são diferentes aos finais de semana. Gosto de Sessão da Tarde. E de quando chove e faz sol ao mesmo tempo. Triste e bem. Sabe?
A box full of Letters

"Colocou sua mochila e não almoçou. Não sentia fome tão facilmente. Seguiu pro seu quarto onde se encontrava tudo que a menina precisava, papéis, livros, músicas e canetas. Seu quarto azul e suas cinqüenta e oito estrelas eram seu maior tesouro. Poderia viver pra sempre naquele espaço. Gostava de deitar no telhado embaixo de sua janela e ver a lua. Uma das coisas que mais fascinava a menina eram noites estreladas. Gostava de olhar e não pensar em nada. Só olhar e ver o tempo passar. Um dos jeitos que desejava morrer era assim. Olhando o céu."

"the most beautiful thing i know" ;-*

quinta-feira, novembro 14, 2002

Love in The Afternoon

Sonhei com uma velha do guarda-chuva na versão curitibana que abriu pra dentro a porta da cabine telefônica que abria pra fora bateu com a porta bem forte na minha cabeça quando eu saí me perguntou onde ela guarda as cervejas eu expliquei pra ela que naquele armário ali era mais frio ela ficou feliz e me pediu um gole de vinho eu dei o vinho e dei dois copos e ela colocou gelo no vinho e eu tomei um gole então ela disse que eu era uma "feminista do caralho" e eu falei que não era feminista e que me considerava o contrário disso pensei que uma menina que dá bebidas e é gentil não é necessariamente uma feminista e notei que ela tinha bigode vi então uma caminhonete passando onde tocava bem alto "feeling good" do Muse e não havia o detestável efeito doppler em cima da caminhonete havia uma moça loira de cabelo curtinho e calça jeans e blusa regata branca parecia até alguém que eu conheço e ela tava sentada em cima de um monte (mas um monte mesmo) de engradados de Brahma daí eu acordei porque o vizinho com quem eu vou morar veio trazer o CD que o meu amigo que tem muito azar havia me emprestado. Não usei pontuação.

quarta-feira, novembro 13, 2002

2

These things I found. This girl. These signs. These days are going right. These days. These nights. These things almost make me smile. These walks. This town. These things I found. This girl, she's alright. These days. These nights. These things almost make me smile. Seinfeld. EQ. New York. That too. South Park. Space Man. This girl is my friend. These things almost make me smile.

É, Looper.
E Souvenir e Badly Drawn Boy e Flexa Lyndo e Eskobar (a mais linda) e Air e Muse e Radiohead e Suede e Videohits e Los Hermanos e Jeremy Enigk e Rivers Cuomo e Luna e um pouco de Coldplay e Massive Attack e Nada Surf. Meus dias.

terça-feira, novembro 12, 2002

Someone New

Era com o Gabriel que eu tava falando esses dias, a respeito de "mudar". E notei que eu mudei de forma estranha. Voltei a ser um pouco o que eu era pra evoluir. Ah, soa estranhíssimo, eu sei. Mas me vi andando calma, pensando calma, sendo calma. Sem me importar com muita coisa mais. Introspectiva demais. Quieta demais. Azul demais. E é bom, demais.
É bom quando eu me iludo com a possibilidade de não precisar de ninguém. E, ao mesmo tempo, olhar pra algum amigo e dizer que preciso de um abraço, mais que tudo. É bom quando eu não me machuco pra estar do lado de quem eu gosto. Quando eu não me ignoro pra fazer com que dê certo. Quando eu não tenho (tanta) vergonha de ser eu mesma. Com todos os erros que eu possa cometer, com todas as palavras erradas que eu possa dizer,... Mas também com a alegria quase boba que eu sinto em estar com quem eu me importo. Em poder ter ao meu lado as melhores pessoas do mundo. Em poder sorrir de besteira. Fazer besteira. Fazer coisas sem sentido. - Ou que tenham um sentido só nosso. - Como muita coisa mais.
Ah, algumas coisas só se vive aqui dentro... Mas é bom, mesmo assim, ser otimista demais.
Eu, desculpa.

E obrigada.

segunda-feira, novembro 11, 2002

Meu e-mail não existe mais.
The Shining

Faith pours from your walls, drowning your calls
I've tried to hear, you're not near
Remembering when I saw your face
Shining my way, pure timing
Now I've fallen in deep, slow silent sleep
it's killing me, I'm dying

To put a bit of sunshine in your life

Soleil all over you, warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun

Now this slick fallen rift came like a gift
your body moves ever nearer
And you will dry this tear
Now that we're here, and greave for me, not history
But now I'm dry of thoughts, wait for the rain
Then it's replaced, sun setting

And suddenly we're in love with everything

Soleil all over you, warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun

sábado, novembro 09, 2002

Lógica

Sai mais do que entra, sabe?
De novo:

Eu nunca mais quero beber.

sexta-feira, novembro 08, 2002

Daí os Correios responderam meu e-mail de "cadê os documentos que eu mandei?"

"Senhor(a) Cliente:

As buscas estão sendo efetuadas pela nossa Gerência de Inspeção do Paraná. Esclarecemos que o prazo previsto de apuração é de até 120 (cento e vinte) dias, conforme o disposto em acordo internacional firmado no âmbito da União Postal Universal.

Atenciosamente,

Central de Atendimento aos Clientes dos Correios"

Ahm. Ok, então. Tudo bem. Claro que eu posso ficar seis meses sem receber minha pensão. Acontece, né... Que culpa eles têm se perderam os documentos que garantiriam minha sobrevivência? Não posso ser tão má assim e exigir que algo funcione quando eu pago pelo serviço.

(...)

MALDITOS!
Ele não é ele.

Solange, reprovada em bom-senso.
Thanks for Asking

"Easy living, easy hold
Easy teething, easy fold
Easy listening, easy love
Easy answers to easy questions
Easy tumble, easy doll
Easy rumble, easy fall
I get up on easy love
I get up on easy questions"


Coke Baby, eu?

Cansada, só isso. Não querendo sentir ciúmes de quem eu sinto. (Sim, eu, que não sinto ciúmes. Mas Ele me mata. Foolish.) E agora eu pensei que, ainda que sendo assim, ainda que não sendo nada, é melhor Ele. Ainda que eu não saiba nem a cor dos olhos dele. Ele não é uma pessoa doente. Não muito. Ele não carrega consigo dirty tricks and twisted games to play on me. Ainda que volte tudo toda vez que vejo ou lembro daqueles malditos olhos castanhos.
Porque... "cansada". Cansada de pessoas que me levem a limites absurdos de tolerância. Cansada de cada simples diálogo ser um desafio. Cansada dos joguinhos que ele precisa jogar por causa dessa maldita insegurança. Cansada de ele não acreditar em mim e não me fazer acreditar em nada. Cansada de ele me perguntar todo dia se eu já esqueci ele só pra me fazer lembrar que não. É, eu não acredito naqueles olhos. E, quando acredito, sei que é ainda pior. Get out of my head.
Quero me mudar até final-de-semana que vem. Acho que isso é meio utópico, mas enfim... Minha mãe anda providenciando alguns documentos para ser a fiadora. E dia 22 ela vem pra cá trazer meu colchão e nos buscar pra ir pra Blumenau. Então, sim, eu vou. Vou mas dia 23 vou pra Joinville comemorar o casamento do meu irmão. Depois volto pra Blumenau só pra ir até a rodoviária e antes disso ser fraca o bastante pra ligar. Odeio quando ligo. Vou dizer que liguei só pra perguntar se está tudo bem. Vou ser uma idiota.
Tá, mas eu tô bem. Chega. Bad Hair Day. Ou, bad hair life, como diria a Luka.

quinta-feira, novembro 07, 2002

Master-fun



Colete da Punky com Bottom "I luv Glomer": R$ 3,50
Camiseta Vermelha da Punky: R$ 2,00
Faixa sanfonada para perna da Punky: R$ 1,50
Entrada da Festa: R$ 1,00
Tequila Jose Cuervo (Dose): R$ 3,50

Usar um tênis diferente do outro diante de toda a faculdade ou mudar de idéia a respeito da fantasia em cima da hora sem se arrepender pelos gastos em brechós: Não tem preço.

quarta-feira, novembro 06, 2002



what does it take to turn you on?
Eu ía dizer que, estranhamente, uma pessoa veio falar comigo no mirque sem segundas intenções. Mas não deu tempo. Quando abriu a página do blogger já era tarde demais. Lá tá ele, que começou a falar sobre filmes, falando que gosta de filme pornô e de uma garota pra vê-los com ele. C'mon, são onze da manhã!
Meu Deus, o cara é doente. "Adoro, adoro, adoro... Toda semana alugo um." Tá:

[11:24] [betto] eu tambem gosto de sites pornos ..
[11:24] [betto] so meio viciado nisso .. hehehe
[11:25] [sol] ahm
[11:25] [sol] isso faz de ti uma pessoa que prefere a masturbação ao sexo propriamente dito?
[11:25] [betto] talvez nao seje normal .. mas sei la ..
[11:25] [betto] hmmmm nao necessariamente ..
[11:26] [betto] adoro masturbacao, mas sexo mais ainda ..
[11:27] [betto] e vc ??
[11:27] [betto] vai dizer que nao gosta de se tocar !?
[11:27] [sol] não.
[11:28] [betto] aé .. meu .. duvido ...
[11:28] [betto] quem nao gosta ???
[11:28] [sol] eu?
[11:28] [betto] poxa .. mas que estranho
[11:28] [betto] entao provavel que nao goste de calcinhas cavadinhas ?
[11:29] [sol] ...
[11:29] [betto] ahm ?
[11:29] [sol] não existe relação entre os fatos
[11:29] [betto] meu, eu adoro ver mulheres assim ...
[11:29] [sol] eu também adoro ver.
[11:30] [betto] entao .. vc usa esse tipo de calcinha ?
[11:30] [betto] mulheres de calcinhas cavadinhas ?
[11:31] [sol] aham
[11:31] [betto] serio ?
[11:31] [betto] hmmmmm
[11:31] [betto] e assim oh ..
[11:31] [betto] tu raspa a tua vagina ?
[11:32] [sol] minha irmã raspa pra mim
[11:32] [sol] preciso sair, tirar o meu cachorro do forno
[11:33] [sol] já deve estar seco

Tudo isso porque antes de usar o nick 'sol' eu entrei com o meu nome. Porra, mãe, eu disse! Viu?
Droga, minha teoria dos números de ICQ tá furada.
(...)
Mas, ninguém acha Radiohead uma banda ruim.
Acham Belle and Sebastian ruim. Acham Pato Fu ruim. Acham Mercury Rev ruim e até The Smiths, há quem ache ruim.
Mas eu nunca ouvi de ninguém que Radiohead é ruim.
Sou a pessoa mais comum do mundo. Ninguém acha a minha banda preferida ruim. Indie my ass!
There, There

Vou continuar minhas reflexões sobre ninguém achar Radiohead uma banda ruim e sobre a complexidade dos números de ICQ.

terça-feira, novembro 05, 2002

Eu não vim aqui
pra entender
ou explicar
Nem pedir nada pra mim
Não quero nada pra mim
Eu vim pelo que sei
e pelo que sei,
você gosta de mim
É por isso que vim
Eu não quero cantar
pra ninguém a canção
que eu fiz pra você
Que eu guardei pra você,
pra voce não esquecer
que tem um coração
que é seu
Tudo mais que eu tenho,
tenho tempo de sobra
Tenho um jogo de botão,
E tenho essa canção


De novo, obrigada você, por essa. Agora tudo que eu queria era ouvir só Pato Fu e Massive Attack com Protection. Quero que seja só minha. Porque é 'eu' demais.
Ah, e tudo ótimo. :]
Claro. Podia ser diferente?
"Entre as principais críticas que se fazem aos profissionais da área (RP) estão:
1. Picareta, isto é, enganador, pessoa que não produz nada de útil.
2. Superficial, despreparado, vazio de idéias.
3. Festeiro, oba-oba, pessoa que vive em ambientes de gente fútil.
4. Intermediador de coisas estranhas: influência, empregos, mulher, etc.
5. Instrumento de dominação do sistema capitalista.
6. Produto típico da sociedade de consumo.
7. Não tem valor agregado."

(Roberto de Castro Neves, em Imagem Empresarial)

Eu amo meu curso. E ponto.

Hoje, durante a aula, tive que responder inúmeras vezes à mesma pergunta "Sol, o que você tem?" e suas infinitas variantes: "Aconteceu alguma coisa?", "Tá tudo certo?" et al. O mais estranho é que, pelo contrário do que minha expressão deve estar demonstrando, acordei até um pouco melhor hoje. E (...). Hoje tenho aula de história do cinema. Mas não lembro qual é o filme. Mas dormi um pouco durante a tarde pra não dormir durante o filme. Tá bem frio. E eu só uso roupas azuis, Gota de Sangue. O cabelo que é vermelho... :]
Plug-In

Se eu te dissesse o que eu sinto, eu acharia que minha parte está feita. Acharia errado. Acharia que só porque consegui resolver algo na minha cabeça, o resto do mundo também teria se resolvido. Acharia simples. E se tu não me quisesses, eu ainda arranjaria um modo de te culpar. É, sim. E todo mundo já passou por isso antes. Eu mesma tinha me esquecido que não era assim que funcionava. Então eu nem ao menos disse, mas sei que se dissesse seria ainda pior. Sei que não valeria a pena o risco do orgulho ferido por tão pouco. E sei que, se eu dissesse e não fosse, eu faria disso algo nobre. Me faria acreditar que eu sou a pessoa mais corajosa do mundo e que, tu não sabes, mas nascemos um pro outro.
Sempre espera-se algo em troca. Ainda que talvez o grande problema sejam palavras, a gente espera que elas nos tragam algo. A gente pensa tanto no problema que é "dizer" que acaba achando que esse é o mais importante.
"Mas agora que eu disse, tá tudo bem." - Daí a gente se senta na escada do prédio e fica esperando que ele(a) corra pros nossos braços e traga junto um turbilhão de emoções e uma vida linda. A gente parece esquecer o quão rara é a reciprocidade de sentimentos. E o quanto isso é bom, pra que a gente não se perca tão facilmente. Pra que, quando for, seja. Para que as pessoas se apaixonem juntas. Pra que se machuquem menos. Pra que elas saibam, ao mesmo tempo, o quanto um corpo precisa do outro. Pra ser simples e pronto. Pra que o gosto pelo incerto não seja sempre uma desculpa pra corações machucados e orgulhos feridos. Pra que seja sempre melhor saber ao certo. É...

Eu vim pelo que sei
e pelo que sei,
você gosta de mim
É por isso que vim.
Answerphone, literalmente.

Obrigada, tá? Mas, muito.
Aliás, eu dormi. E não controlei meus sonhos, mas dormi.
E o melhor de tudo é que tu (ainda, sempre) és tu.

segunda-feira, novembro 04, 2002

Hahaha, ok Danie. A recíproca existe, Queen of the troubled teens. Mas eu não quero mais ser complicada.
Eu tenho um problema. E ele tem nome e os olhos castanhos mais lindos que eu já vi. (E eu teria que implorar pra ele não se reconstruir em mim quando ele bem entender)
Mas é. My Insatiable One.
"Tem, mas acabou." - ou Roubos.

Quando alguém faz de sua seção "life and love sucks" a "seção solange" deve-se refletir a respeito. Sim, farei isso. Mais.
Enquanto isso, tenho que pensar numa fantasia até sexta, pra que eu não acabe indo de Lola, que foi o que me indicaram. (Sim, posso falar alemão e sair correndo. Não é ótimo?) É, teremos a tal festa. E alguém teve a imoralidade de organizá-la no R.U..
Estou (de novo, e daí?) cansada de ser eu. Também odeio algumas pessoas. E assumo. Te odeio e te fode também. Talvez a reciprocidade te console.
Bitter hoje. Mas é um ódio bem adaptável-e-sincero, então tudo bem. Talvez passe se eu colocar fogo em algumas coisas.
A aula não teve e alguém sorriu ao me ver e me disseram que eu fico ótima de vermelho.

Não quero mais.
Sim, sou eu ainda.
Ele.

Deu pra entender?



(originalmente em mamãe.eu.quero)

domingo, novembro 03, 2002

Why Are You So Mean To Me?

Nada Surf E lembranças lindas de quem me mostrou isso.
Mas estou bem. Como eu te disse, é bom manter o coração ocupado.
Cheguei bem. Pena que o cara ao meu lado roncava. Pensei que, de agora em diante, só quero assistir musicais :-P (Mas é uma longa história.)

A respeito do conto-everlasting-meio-biográfico que tá sendo escrito num caderno velho, trata-se de algo que eu venho escrevendo no decorrer do tempo. Uma história com dois lados. Pra que ele seja um pouco auto-biográfico, um dos lados sou eu. O outro... ahm. Há certa linha temporal a ser seguida, o que torna-o interessante. E eu me diverti durante alguns momentos me perguntando como que estava vivendo a outra parte da minha história. E é isso que eu faço. Falo o que acontece comigo e imagino o que está acontecendo com Ele. Estou gostando um pouco do tom auto-piedoso que ele adquiriu. Mas estou tentando evitar um pouco que isso ocorra, caso algum dia alguém-que-não-eu o leia. Pensarei a respeito.

Mas amanhã cedo eu tenho aula. Antes disso, espero de novo ter um sonho lindo. Stop whispering.
The Beautiful Ones

Todas, todas as minhas festas no porão são surreais. Essa não poderia deixar de ser. Legal, ainda assim.
São cinco e cinqüenta e seis aqui no relógio. Creio que o horário de verão não tenha sido ajustado ainda. Então, não sei. As últimas pessoas foram embora há uns quinze minutos. Foi estranho. Conheci uma pessoa muito interessante e bonita. Cantei muito. Recebi pessoas muito queridas na minha casa. Cozinhei, como sempre. Me diverti. Pulei bastante. Sorri. Sorri. Sorri. Pensei em ligar pra Ele, mas isso acabou não sendo possível. Culpei ele por estar "virada numa bicha". Conversei com um taxista. Bebi bastante. Sorri. E cantei Boys Don`t Cry e Hash Pipe e Basket Case e a pessoa bonita cantou e dançou comigo.
Depois disso, a certa hora da madrugada, João Biel apareceu pra me entregar uma foto. Entregou a nossa foto da formatura e foi embora. Mas isso é muito ele. E me faz sorrir. E agora tô aqui olhando pra foto. E ele é lindo. E lembro muito bem desse dia. E agora, se eu não tivesse muito cansada, e não fosse tão claro eu estaria rindo porque a pessoa bonita e interessante falou que queria casar comigo.
Droga, estou sincera demais.
E eu sei que isso já foi dito antes, mas preciso dormir.

sábado, novembro 02, 2002

Fiquei com o teu gosto ruim na boca. Gosto ruim de não te ter. E tanta coisa mais.

Mas tudo bem, nada importa. Porque hoje tem festa no porão. Pronto. Mas é, tu não vais estar aqui. Então te fode. (E isso terá que ser incluso no conto-everlasting-meio-biográfico que tá sendo escrito num caderno velho. Claro que vai.)

sexta-feira, novembro 01, 2002

Não deixem de ver o layout-halloween do Blogger. Incrível.




(Sim, porra. Óbvio que tô sendo irônica!)
Blind

Hoje assisti, pela primeira vez, Contos Proibidos do Marques de Sade. Lembro da época de lançamento do filme e que quis muito vê-lo. Mas na época minha mente ocupava-se demais com outras coisas. Então hoje pude assistir o filme, na comodidade do meu sofá azul e, melhor, gratuitamente.
Enfim, amei. O final não foi usualmente feliz, mas amei. Não queria ter estado em casa, mas amei.
Mas não posso deixar de admitir que, mais agradável do que o filme em si, é o ator que desempenha o papel do abade. Joaquin Phoenix está de parabéns. E eu poderia falar muito mais deste ser dotado de uma beleza absurda, o que seria bastante chato. Vou deixar que os fatos falem por si.
Então:



Ah, sim, mas o filme seria bom sem ele, também. Mas é animador, já que eu não costumo dar tanta importância a "esse tipo de coisa". (Leia-se pessoas feitas em laboratório que têm como finalidade ser bonitas).
Tá, preciso dormir.