sexta-feira, fevereiro 28, 2003

To whom it may concern:

Eu (ojos azules) e a sol (sol*) não somos a mesma pessoa. Fico feliz, porém, com o email recebido por engano, no que diz respeito à história dos japoneses. Obrigado!

Caro sr. Moço: seu email será enviado sem demora à destinatária correta.

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Está difícil manter o ritmo de um-post-por-dia. (Até falhei um dia... sorry...), mas estou com uma história supimpa na cabeça, e logo logo deve sair. (Em vários capítulos).

Quem viver, verá.

quinta-feira, fevereiro 27, 2003

pra ti:

Freeze. Don't move.

Brigada.
1

O amor é uma corruíra no jardim - de repente ela canta e muda toda a paisagem.

111

Amor - esse mesmo dedo amputado que se ergue e te aponta.

(Dalton trevisan, "111 ais")

terça-feira, fevereiro 25, 2003

did you see any light?

Não sei o que é pior: vê-la ou deixar de vê-la. (sim, eu também tenho meus altos-e-baixos...)
Quando você chega na classe nem sabe
Quanta diferença que faz
E às vezes faço que não vejo e nem ligo
E finjo ser distraída demais

Quantas vezes te desenhei
Mas não consigo ver o teu sorriso no fim
Te sigo caminhando pelo recreio
Quem sabe você tropeça em mim

Essa música, mesmo sendo cantada pela Simony (quando era virgem), mesmo sendo de mau-gosto e brega ao extremo, e mesmo sendo não-tão-conhecida, resume muito.

Na verdade, resume tudo (o que, além do problema que representa por si só, diminui a quantidade de material para postar).

E, não tenho culpa se justamente essa música me marcou. Oras, nem todo mundo é perfeito.
Fora do normal
Essa história "saiu" de mim há vários anos (está datada de 8/set/01 no word), e até hoje eu acho ela muito engraçada. Talvez uma das melhores que eu já escrevi, nesse estilo. (Na verdade, isso é bastante controverso... mas enfim, aqui está.) Apesar de não ter muito a ver com a proposta deste blogger, ainda acho que vale a pena.

Era uma vez uma família muito estranha, que apareceu aqui na cidadezinha. Mas era uma família muito estranha mesmo. Eles eram em seis: um casal de japoneses, e quatro crianças pequenas.

O pai era um japonês magricelo, devia ter 1,75m de altura, sempre despenteado; magro, magro, magro, que dava até dó de ver. Era até meio corcunda, o pobre moço.

A esposa, uma japonesa com a voz esganiçada, que mais parecia uma taquara rachada desafinada, e estava sempre braba com o marido. O coitado do marido ficava sempre calado.

As quatro crianças eram assim: O mais velho devia ter uns 6 anos de idade, tinha o cabelo arrepiado, e às vezes passava máquina zero, e este era o único corte que faziam nele. Os dois filhos do meio eram gêmeos e deviam ter uns três ou quatro anos. Andavam sempre de mãos dadas com a mãe, e tinham o cabelo encaracolado. Isto era muito estranho, e motivo de muitas dúvidas na cidade. Mas tinham, de fato, olhos puxados.

O caçula, este sim era super estranho. Ninguém sabia se era menino ou menina, e devia ter um ano de idade. Era tão japonês, mas tão japonês, que alguns até duvidavam que ele/a enxergava, tamanha era sua dificuldade em abrir os olhos. O mais engraçado de tudo era que esta pobre alma estava sempre nas costas da mãe, numa espécie de mochilinha, feita com um tecido todo colorido. Quando a mãe andava, parecia que a cabeça dele/a ia cair, de tanto que balançava, e de tão solta que parecia.

Quando eram vistos por aí, era sempre assim: a mãe segurando o mais velho pela mão, os gêmeos na outra mão, e o mais novo na sua eterna mochilinha, nas costas, e com o nariz escorrendo. Sempre conversavam em japonês (supunha-se que fosse japonês, mas podia ser coreano ou chinês), isto é, era sempre a mulher que falava aos berros com o marido palavras indecifráveis, e este sempre balbuciava algum monossílabo, e obedecia a mulher.

Certa vez, no mercado, a criança mais nova começou a chorar, aparentemente sem motivo, seguida pelos gêmeos, e depois pelo mais velho. Foi quando o marido resolveu mostrar presença, e levantou a voz pra esposa. Falou meia dúzia de coisas, e a mulher, que já estava bronqueando com ele há pelo menos meia-hora, ficou louca da vida. Começou a gritar ainda mais e a bater nele com a bolsa. O segurança do mercado chegou, e, junto com a multidão, ficou olhando aquela cena dantesca. Não sabia se ria, se chorava, ou se ia lá separar a briga, mas deve ter ficado com medo de apanhar da japa, e ficou lá no cantinho, se escondendo atrás do extintor. A família toda saiu do mercado em seguida; ela aos berros com o marido, gritando sons indecifráveis e fazendo gestos bem amplos; ele, com um corte no supercílio, tentando estancar o sangue com a mão; e as quatro crianças chorando bem alto.

Ninguém sabia fornecer uma explicação lógica para aquilo tudo, e nem dizer o que houve nos três dias seguintes. Ninguém saiu daquela casa até a quinta-feira. O nosso pobre anti-herói sequer foi trabalhar nesses dias. Apareceu na fábrica no quarto dia, como se nada tivesse acontecido

A propósito, ele trabalhava numa fábrica, na linha de montagem, parafusando peças, bem ao estilo "tempos modernos", de Chaplin. Nunca conversava com ninguém, mas o chefe dele jurava que ele sabia falar português. Falava tudo errado, mas falava.

Na semana seguinte ele apareceu na fábrica um pouco diferente. Parecia nervoso. Ficou falando sozinho o tempo todo, e nos intervalos não comeu nada, e ficou falando sozinho, mais alto ainda. Dava até murros na mesa.

Naquela noite ele foi pro bar. Resmungou algumas coisas e fez alguns gestos pro garçom, e serviram pinga pra ele. Ele bebeu várias doses, e no final estava até cantando. Às vezes batia na mesa, e também batia com o pé no chão.

Entregou algumas notas amassadas ao garçom, e saiu trançando as pernas, esbarrando nos postes e cantando bem alto. Seguiu pelo meio da rua até a praça, e dormiu por lá mesmo, num banco.

Desde então, nunca mais foi visto. Nem ele, nem seu corpo. Alguns acham que ele foi para o céu naquela noite mesmo, com corpo e tudo.

A mulher e os filhos ficaram por lá mais umas semanas, e depois viajaram, de ônibus, para bem longe, provavelmente para ver o resto da família.

domingo, fevereiro 23, 2003

E agora?...

Dois jovens. Ela, formada em artes cênicas; ele, emperrado na metade do curso. Namoraram 3 anos e um dia. Hoje, brigados.

E a vida, essa mesma que escreve certo por linhas tortas, os colocou finalmente no mesmo estúdio.

Ele:

- "De tudo, de tudo, nunca vou me esquecer do teu olhar. Tudo, simplesmente tudo, aconteceu pelo teu olhar. Lembro-me do primeiro dia, quando te vi sorrindo perto das escadas, o nervosismo que me invadiu e me paralisou; o mesmo que te invadiu e te calou..."

Ela, com lágrimas...

- "Pare, já me fizeste sofrer demais..."

- "... até o último dia, quando desviaste o olhar ante a inevitável pergunta..."

- "Pare, já tens o que tanto queres! Tens-me aqui, aos prantos, implorando-te perdão!" (cof, cof...)

Demora prolongada no estúdio. O choro fica mais forte; ela começa a soluçar.

Voz ao fundo: "P*** m****, de novo não..."

Com o rosto transfigurado pela dor, ela parte pra cima dele, batendo-lhe compulsivamente no rosto:

- Seu viado! Agora fica com ela!! Fica!!!

Ele, com os olhos vermelhos e os lábios tremendo de raiva, segurando-lhe os pulsos:

- Sua ordinária, foi você que foi lá se esfregar com ele!!!

- Cooorta!!! Separem esses dois, pelo amor de Deus!!! Será que vocês não sabem ser profissionais pelo menos uma vez na vida???

sábado, fevereiro 22, 2003

"and I wonder
when I sing along with you
if everything could ever feel this real forever
if anything could ever be this good again
the only thing I'll ever ask of you
you've got to promise not to stop when I say when......
"

chega. agora eu sumo por mais uns longos tempos. mas 'tá tudo bem'.
[na minha função de colunista do meu ex-blog.]

de.novo(?).

Meu reino (sem glória alguma) pela minha mãe. Alguém troca?
51º N, 47º W

[everybody's got.............mas deixa pra lá.]

Perde o medo. O jeito. A vontade. A certeza. A hora. A noção. O tempo. O óbvio. O esquecido.
............ Larga mão dos ciúmes. Da saudade. Da [in]certeza. Das chances.
De.............. Não sei, simplesmente 'larga mão'.

- Comentário besta? Eu não esperava isso de ti.
- Decepcionar sempre foi meu forte.
- Lembra do tempo....
- Não, não... "Lembrar"?
- O que que tem?
- ...

É, reticências. Obrigada por entender. Agora eu volto pro meu mundo, mundo, mundo, mundo. [Não queria].
Mais um pouco de Dalton Trevisan (em dose dupla!)
I
- Em casa, você aí, olha o que está perdendo. Você que tem visões. Ou escuta vozes. Espuma e sofre ataque. Tem caroço no seio. Catarata nos dois olhos. Gosto de sangue na boca. Batedeira no coração. Luta com bichos na parede. Sente a casa caindo sobre tua cabeça. Ou está desempregado. Sem dinheiro e com dívida. Saiba que tudo é obra de Satanás. Ao entrar em nossa igreja, o teu mal desaparece. Aqui o milagre é todo dia.

II
- A nossa igreja de braços abertos para você. Te oferece a cura da pior enfermidade. Mesmo desenganado pelos médicos. O irmão com aids, você aí. Saiba que não é doença. Sim um agente do mal que invade e controla a tua pessoa. Homem ou mulher com sexo trocado? Só um trabalho da Pomba Gira. Não é você: ela quem te faz assim. O pederasta é uma vítima do demônio. A lésbica, um espírito imundo. Vencido o capeta, você é salvo, irmão. Nós temos a força e Deus o poder.


(Dalton Trevisan, "111 ais", e inspirado aqui).

sexta-feira, fevereiro 21, 2003

Duelo de mãe e filha:
Sua mãe atira primeiro.
- Por que não jogou o lixo fora, tá pensando que eu sou sua empregada?
- Você responde à bala.
- De jeito nenhum eu ia contratar uma incompetente feito a senhora.
Ela se aproveita da escuridão.
- Não tá na hora de você ir pra cama?!
- Mas você é uma verdadeira pistoleira.
- Já fui com um montão de gente, sabia não?
Bang, na mosca... ou melhor, na velha, que estrebucha e morre. Você fica tão feliz com seu desempenho, que bate a porta com toda a força e o espelho do saloon, quer dizer, do armário, se quebra em mil pedaços. A xerife Bronca Billy vem a galope: "Que bagunça é essa aqui?" "Foi mal, mãe... foi mal, mãe..." Parece que sua munição acabou... E plaft, plaft, plaft... tome chinelada.


(Retirado do "Como educar seus pais", do grupo de escritores "Obrigado esparro", de onde pode sair mais alguma coisa. E, como não podia deixar de ser, recomendado para todos aqueles com adolescência mal resolvida).

(eu sei, eu sei, eu também não gostei muito. logo mais eu faço um post melhorzinho.)

quinta-feira, fevereiro 20, 2003

sem querer...

Em tom de confidência, pra mim:
- Gostava quando ele me fazia cafuné depois... tão bom... às vezes ainda faz...
- Mas por qu...
- Não! Ele não pode saber. Senão, que graça vai ter?
- (...)
- De mentirinha eu não quero.

quarta-feira, fevereiro 19, 2003

"ai"
O jantar para os dois casais amigos. Na parede uma das mulheres nuas de Modigliani.
Tanta festa, muito riso: o lombinho uma delícia. Até que um dos maridos:
- Essa moça do quadro. Ela sorri para você?
- É o meu consolo das horas mortas.
A dona acode, oferecida:
- Ela sou eu, não é, bem?
Um murro na mesa estremece prato e espalha talher:
- Ela é você? Quando você teve esse amor desesperado nos olhos? Esse perdão infinito na boca?
Outro soco espirra vinho tinto na toalha:
- Não se conhece, sua bruxa?

(do inconfundível Dalton Trevisan, em seu irretocável "111 ais")

terça-feira, fevereiro 18, 2003

Guess who's back, guess who's back, guess who's back, lalalalaaaaaaaa...

O quase-silêncio de vocês me parece um pouco hostil... Alguém falou até em queimar colchões por aqui, vejam só...

Não me olhem como um intruso. Foi ela quem abandonou o lugar. Tudo o que eu fiz foi... como é mesmo o nome? E ela concordou.

E como eu já disse, eu também achei inadmissível; ou seja: Eu também quero continuar lendo coisas aqui. (Mesmo sendo minhas...)

Prometo fazer bom uso desse espaço consagrado. Trust me.

ps: Falei com ela hoje. Ela estava bem... ;)

sábado, fevereiro 15, 2003

Comunicado extraordinário pra uma só pessoa ou I'll keep on with the good job, instead.

Eu queria pensar num jeito bom/certo de dizer que eu não sei lidar com isso. Como tu sabes muito bem. E como eu não precisaria explicar - nada. Nem o que quer dizer quando eu olhava pra baixo porque ficava com vergonha de ter os teus olhos em mim. E nem todas as frases incompletas, e tudo que eu ainda esperei/espero/quero/preciso.
Não precisaria explicar a saudade. E nem o medo. E nem a insegurança. E nem 'isso' de eu só fingir ser tão forte assim e não ser nada.
Porque tu nunca me viu chorando, apesar de eu já ter chorado abraçada a ti. Porque tu és uma constante - daí tu diz: vertente - que eu queria pra sempre na minha vida. E tu sabe como. E tu sabe como que isso fica, como que permanece, what it takes. Como eu quero.

Still: / dreaming of the day when you / open your arms in the light of our love... se é que tu ainda lembras disso. - Culpa minha, eu não sei se eu consigo apesar de t.u.d.o..

[...]

sexta-feira, fevereiro 14, 2003

(ufa...)

Brain damage

bem... ela acabou com o blog. Vocês viram.
Eu (também) achei inadmissível. Inaceitável. Impossível.
Mas se ela quis assim, que posso fazer?

Não apenas posso, como estou fazendo.

(hope you) Have fun...

quinta-feira, fevereiro 13, 2003

Is this the comfort of being afraid?

Tá, esse blog acabou. Não venham mais aqui.

Mesmo sabendo que "os fracos sempre voltam". Às vezes eles são fracos demais até pra voltar. Vocês têm o meu telefone, anyway. Sejam bons.
Vá ao médico a cada 3 meses.
Ligue para sua família ao menos uma vez por semana.
Mantenha sua casa limpa
Use camisinha.
Não coma depois da meia-noite.
Não use somente duas cores de roupas.
Tenha uma só cor de cabelo.
Leia.
Faça seus exercícios.
Coma frutas e verduras.
Gaste menos dinheiro com cerveja.
Cultive amizades saudáveis.
Responda seus emails periodicamente.
Trate as pessoas com igualdade.
Assista menos TV.
Assista ao jornal.
Não seja preconceituoso em relação a roupas.
Não seja preconceituoso em relação a música.
Não seja preconceituoso em relação a hábitos.
Beba 3 litros de água por dia.
Regue sua planta.
Mantenha a cidade limpa.
NÃO PISE NA GRAMA.
Respeite seus colegas.
"Não dê esmola."
Procure comer pelo menos 3 vezes ao dia.
Não durma em aula.
Vá à aula.
Sorria, você está sendo filmado.
Não minta.
Não corra com objetos cortantes na mão.
Não cuspa do 12º andar.
Não faça barulho depois das 22h.
Não respire pela boca.
Tome seus remédios.
Use roupas adequadas ao local.
Use roupas adequadas à temperatura.
Use somente termos em sua língua pátria.
Termine seu curso.
Faça amigos.
Mantenha um relacionamento sério e duradouro com alguém.
Não seja inconstante.
Não tire conclusões precipitadas.
Pense mais nos outros do que em si mesmo.
Seja cuidadoso com palavras.
Use protetor solar.
Seja bom.

Me esquece.


segunda-feira, fevereiro 10, 2003

Agora_

Um emprego. Uma mesa. Armários pra cozinha. Roupas, muitas delas. CDs. Amigos. Alguém pra concordar comigo que aqui é muito frio à noite. Meu caderno de receitas. Um cachorro, porque eu já não agüento mais 'descarregar' todo o meu 'afeto' no meu de pelúcia. Um micro. Adsl em casa. Aspirador de pó. Casa. Minha mãe. Comida que não engorde. Música, boa música. As paredes azuis do meu quarto de Blumenau. Baleiro. Nada pra fazer pra aula. Mais 'disso'. De sorrir e ter calma. Objetividade.
É, wishlist.
Queria precisar 'só' de outras coisas.

"I wish I was the radio song, the one that you turned up,
I wish, I wish, I wish, I wish,
I guess it never stops.
"

Com razão.

domingo, fevereiro 09, 2003

"Então chega de fingir que não existe um lugar onde as pessoas dancem freneticamente "Close to Me" e "There is a Light that Never Goes Out" e "1979" e Suede e Placebo e Elástica e White Stripes e.. e.. e.
E daí nessas horas eu me vejo perguntando "where have I been? porque às vezes eu me perco demais em pensar que tá tudo errado e esqueço de DJs perfeitos e de banheiros rabiscados com frases loucas em inglês e das pessoas que gostam disso tanto quanto eu e de e-mails inesperados que eu recebo e de CDs que eu me empenho em gravar.
Isso sem esquecer a parte de o código da comanda somar 14 e eu morar 'sozinha' e gastar mais do que devia - e não me arrepender - e chegar em casa trêsepouco e estar sóbria o bastante pra estender roupa, por isso provar que às vezes minha vida tem um leve gosto de independênciaequesefodaoresto.
Euforia boba. Talvez pra me convencer de que eu tenho que parar de tentar ligar. Porque cansa ser a única parte que mostra que se importa. CANSA.
Por isso agora eu vou dormir e talvez esquecer e talvez lembrar e talvez simplesmente seguir em frente em vez de ficar me machucando sempre com os mesmos espinhos.
Eu não espero que você entenda. Pode ficar com o troco."

Mas isso foi ontem à noite. Antes de ..., antes de ...; E agora eu preciso de ti, e muito. Porque 'aqui dentro' tá mais confuso do que o normal. Porque eu me sinto mal por sorrir. Por eu não saber e 'ninguém' me dizer ao certo o que se passa. Mas passa. E no final tá tudo bem. Juro.

quinta-feira, fevereiro 06, 2003

Feel Bad Hit of the Summer

Talvez porque esteja quente demais.
Talvez porque eu tenha chorado ontem à noite.
Talvez por saudades.
Talvez por eu só querer o colo da minha mãe, e pronto.
Talvez por procurar um emprego ser um saco.
Talvez porque, pior que isso, só melancolia.

quarta-feira, fevereiro 05, 2003

O meu cavalo só fala inglês

Tenho sonhado todos os dias com a mesma pessoa. Ontem eu perguntei se podia beijá-lo. Hoje eu pedi pra ele me levar junto.

Em Curitiba faz calor. quarentaeumgraus; enquanto isso, na sala da justiça, a síndica me olha estranho. A zeladora é louca. Não tenho mais adsl em casa. 'Sinto-me' reprovada em algumas matérias e exageradamente responsável em outras. O meu remédio-pra-gripe-imitação-de-benegrip acabou. Mas meu quarto já está meio do jeito que eu quero. Mal reconheci o Chico na eliminação do irmão dele do Big Brother. [...]
Preciso parar de 'citar' as coisas assim.

Esses dias limpei o carpê do meu quarto com um produto de limpeza nada prático e nada revolucionário. Daí ele mudou de cor e continuou todo manchado.

A (minha) existência anda sacal. Fácil demais saber o(s) motivo(s). Mas não sei se quero pensar nele(s) tanto assim. Fode. Simples assim. Uma hora as coisas param de estar exageradamente bem, e fodem e te fodem junto, se assim permitir. Por isso que eu não quero pensar e não queria ter que ficar me explicando. Mas ah... um mal necessário. Outra hora, talvez.
Hoje, btw, achei a estrela no bolso da minha jaqueta.

Vi o filme do Linch ontem e um cara que eu não conheço interpretou de um jeito muito legal não só a Estrada Perdida, como também Cidade dos Sonhos. - ambos eu deveria assistir de novo.
Ando lendo Clube dos Corações Solitários. É legal, até.
Hoje eu acordei e fiquei olhando as coisas passando.

segunda-feira, fevereiro 03, 2003

All Things Must Pass

"Oi, linda.". Hematomas. Sono. Coisas. Muitas coisas. Listas-de-novo? "Sol, de solitária". Estranho. Elevadores, demais. X-Salada ruim. Tanque. "Blog é como bunda: todo mundo tem". Esqueci o endereço, mas são duas palavras. Chaves. Elisângela. Jaime Palilo. Eu não assistia Carrossel. Rodoviária. Estrelas. Cervejas. Pessoas que falam pouco. Pessoas que falam muito. Cozinhar. Descobri ser uma pessoa de quase-fácil convivência. Dor de garganta. Dor de cabeça. Febre. Nariz escorrendo. Cólica. "Tô com febre, quero ir embora." Pratos. Coisas. "Queens of the Stone Age é uma merda!" Vida de dona de casa vai me fazer emagrecer. Dancinhas. "Toca Raul, cabeludo!". "Toca Everlong. [...] Toca Easy. [...] Toca Boys Don't Cry. [...] Toca... Eu vou tocar." Groupie. "Amor não existe." "Então senta aqui e explica." Ânsia de vômito [pra não dizer que só falei de flores.]. "Cala a boca. Cala a boca! CALA A BOCA!". Bateria. "Tava caindo..." Losermanos. "Lembra de mim?". Disseram que eu não posto mais no estilo querido-diário (meio querendo?). "O segundo melhor baterista de Blumenau..." Ranking! Currículo. Preciso trabalhar.
"Camila, eu tô com saudades dele...."

O fim-de-semana-que-durou-4-dias foi... cheio. E eu notei que eu vejo as coisas de um jeito muito mais doce do que deveria. E que gosto. A Camilla veio pra cá me agüentar e ser agüentada por mim. E foi bom ter alguém pra falar das minhas coisas mais chatas e que só ela entende.
Agora tô doente e cansada e... restos.


Para um amigo querido:

Porquês sempre ajudam e disso eu sei. E eu tenho os meus e por isso soa injusto eu ser 'culpada' assim sem poder ter dito quais são os meus motivos. Jamais te culparia pelo partido que tu tomou. Você optou pelo mais lógico e justo, eu sei. Mas eu não sou tão culpada assim. Acho que 'é isso'. E eu preciso falar contigo, principalmente por tu ser quem tu és. E porque eu me importo, ainda que tu estejas acreditando no contrário. [/]

sábado, fevereiro 01, 2003

Bittersweet

Muita certeza. Muita dúvida. Muitas frases riscadas no caderno-velho. Muitos ensaios. Muita coisa na minha cabeça. Muito medo. Muitas palavras. Muitas coisas que me fazem entender um pouco. Muitas desculpas que eu talvez devesse. Muitas conversas que faltam. Muita coisa aprendida. E, principalmente, muita, muita saudade.

Não me perguntem. Hoje não.