quinta-feira, novembro 11, 2004

número.mil

"- Eu nunca te pedi pra ficar, se é que você me entende. Porque você nunca foi um dos meus preferidos, em matéria de existência.
- Sol, isso não existe.
- Cala a boca, fui eu que inventei.
- A existência?
- Viu como existe?"

- Tá, mas é sempre confuso assim?
- Hm. Deixa eu tentar explicar...
- ...
- É. Mas aqui atrás tem a ala das coisas que nunca se resolvem, pode deixar por aí mesmo.
- Então o que for confuso eu jogo aí?
- Isso.
- E nunca se resolve?
- É.
- Qual é a minha função aqui então?
- Você preenche essa vaga. Nunca me perguntaram mais que isso.

O nome do livro era "Eu não sou doente". Ou algo assim.

domingo, novembro 07, 2004

Faz tanto tempo que eu não te vejo que até o teu cabelo tá mais comprido.

Eu gosto disso. De abraços, que não necessariamente me envolvam, mas que, quando o fazem, são bons. De reencontros ou de uns encontros já previstos. De sorrisos. Todos eles. Todos. Eles.

Da sensação de ser a única pessoa do mundo capaz de acalmar alguém. Por mais que seja só uma sensação. E por mais que incomode não poder "estar lá" o tempo todo.

Gosto do sentir em casa. De capuccino. De comer demais sem pensar, nem um pouco, a respeito. De rir um pouco mais que o normal.

Da liberdade.
Ou de abrir mão dela, vez em quando, sem nenhum arrependimento.

quinta-feira, novembro 04, 2004

Bom, então...

Não é só por eu sempre ter gostado da palavra, ou talvez só por isso mesmo. Gosto das cócegas que faz no céu da boca.

Eu queria começar com "como diria um amigo meu...", mas daí não consegui lembrar de frase alguma. Sabe como é, eles são legais demais pra usar frases que se encaixem em alguma alucinação minha. Eles são tão, tão legais que eles não sentem inveja de uma mãe de dois filhos chatos que ficam brigando pra ver se ela leva maguary de uva ou de maracujá e ela resolve dizendo "mas o teu pai gosta"... como eu sinto. Oi?

Sabe, como é.

Daí tem as outras coisas mais. Não querer ter uma única expectativa.
Tá, eu não quero uma única realidade.

Eu não quero soluções estupidamente óbvias pra problemas de concordância (intelectual) meus. Não quero querer morar na Europa e saber que não vou ter emprego. Querer ir em todos os shows do mundo e saber que preciso economizar pra pagar o Frete. Querer comprar o presente-mais-legal-do-mundo e saber que isso não é tão-certo-assim. Quero parar de ter a mim mesma pra me colocar de volta no chão toda vez que eu ouso pensar em...




Bom, então.

Reprovar mais de uma vez na mesma matéria não tem graça. Não saber absolutamente nada sobre criticismo, menos ainda.

Serve pra quê mesmo? Ah, tá. Imaginei.

segunda-feira, novembro 01, 2004

Alma do Negócio

Texto na Cyclorama. Ah, vai.

Um dia eu vou ter tempo.