segunda-feira, abril 23, 2012

Ter uma vida juntos aparentemente significa que no final nada é seu.

quarta-feira, abril 18, 2012

Lembra quando você era imensamente feliz?

Isso é só um título em um blog pra um vídeo de uma criança brincando com lontras. Aqui, ó.

Mas esses dias conversei com um amigo sobre as coisas que ando lendo, sentindo, e todas essas subjetividades e mesmo sem ter tido acesso a lontras, eu acho que lembro sim.

Acontece que tá tudo espalhado por aí. Tem uma felicidade imensa na vez que saímos pra comprar máscaras de gato e passamos com elas no meio de um cortejo presidencial. Tem felicidade no começo, no fim e no meio de alguns dos meus filmes preferidos. Tem em sair do prédio no meio da tarde e sentir o sol esquentar a parte do pé que aparece quando se está de sapatilha. Tem felicidade no brie com geléia de pimenta, no sashimi bem cortado.

Eu fui imensamente feliz. No dia que decidimos tentar de novo, e eu sorri e dancei por quase 24 horas. No aniversário de uma amiga, em tantos shows. Fui ridiculamente feliz quando caminhei de madrugada em uma ponte cheia de gente em Berlim enquanto um moleque de 18 anos tocava uma guitarra desafinada sozinho. Fui feliz em tantas chegadas e em algumas partidas. Em tantos lugares, alguns distantes e alguns ali, no bar da esquina.

Às vezes menos que isso. Às vezes fui feliz cantando com amigos de madrugada uma música velha. Ou colocando os pés na água gelada enquanto você sorria ali meio de longe.

Tenho medo de auto ajuda, mas em um desses textos que a gente lê na vida quando tá com medo de o avião cair, eu li um sobre isso. Que a felicidade é feita de conforto e alegria momentâneos. Eu concordei e respirei fundo e me convenci de que eu sou imensamente feliz. De vez em quando eu até lembro.

terça-feira, abril 10, 2012

- Um coração imenso,

você disse.
Mas na verdade um dia fiz um exame cardiológico e no final das contas meu coração é bem pequeno. Pena que isso não serve pra nada. Ainda cabe um mundo de coisa nele. E claro que o que cabe também não serve pra nada, exceto pra compor um single hit de uma banda da nossa cidade.

O problema não é o coração. O problema é lembrar.