domingo, fevereiro 17, 2013

The closest we will ever be

Tinha mil coisas pra escrever mas especificamente naquele dia eu fiquei sem papel. Fiquei tentando memorizar, enquanto via as luzes passando bem lentas, bem bobas, tudo que eu queria estar rabiscando.

Começaria com um abraço infindável, um sorriso estranhamente familiar, você chorando e eu te abraçando sem nunca querer soltar. Eu falaria da tua cara irresistível de desapontamento. Nós riríamos juntos e choraríamos sem parar.

Se eu tivesse uma folha de papel - e soubesse desenhar - eu desenharia o quanto eu me sentia confortável em me mexer perto de você. Só isso e tudo isso ao mesmo tempo. O quanto eu poderia parar aquele segundo e como ele parecia insustentavelmente leve - embora completamente sem sentido.

E como seriam só rabiscos, não precisaria fazer sentido algum mesmo. Embaixo, no cantinho direito da folha - se eu a tivesse - talvez resumisse em 3 palavras a sensação de querer te mostrar tanta coisa incrível mas que não significa nada para você.

Se eu tivesse uma caneta, desenharia na minha mão aquele seu sorriso bem específico de quem entende muito bem quem eu sou e sente esse misto de orgulho e paixão e acaba sem saber o que pensar.

Se eu tivesse algum bom senso em vez de papel e de caneta, talvez não fizesse nada disso. E não me surpreendesse ao encontrar os meus sorrisos normalmente tão tímidos gritando aos quatro ventos no lugar mais inesperado.