terça-feira, abril 02, 2013

essa é uma das coisas que passam, todas elas são, a gente escolhe vivê-las até que não queira mais.

Me escolheu como quem escolhe a jóia mais cara e rara em uma vitrine cheia de coisas impagáveis e inalcançáveis, embora eu fosse a versão mais bruta da coisa toda, ou: justamente por isso.

Encheu as manhãs de citações, e os cafés de promessas para ninguém, os bolsos de canetas que arrancava da minha mão. Deitou minhas costas nuas no lençol só pra dizer 'Olha que estranho' e não me beijar, não me ter, coisíssima nenhuma, só pra sentir na pele - e bem de perto - como era viver o maior dos clichês.

Achou que as referências e as histórias fossem um quê de maior que a vida, quando na verdade quase todo clichê é triste. Eu disse "e se..." umas mil vezes. Ele, nem isso.

Apagou o cigarro bem na hora em que se deu conta: