Elevadores
19.
Estou pensando no quanto falta. Arquiteto os planos mais friamente fantasiosos que alguém poderia arquitetar. Vai ver é assim. Pra algumas pessoas dá certo e não deve ter sido sem querer. Penso nos esforços, todos eles, juntos, é-isso-aí, vamos-lá-pessoal!
Esse resto de fome, e essa glicose no sangue, deve ser isso. Deve ser o calor, o sangue subindo à cabeça, a caminhada no meio do povão antes do 19º andar.
Deve ser o tempo que eu passo procurando minha chave entre as barras de cereais, os óculos, o celular, as contas, e todas aquelas coisas que eu não sei por que diabos estão na minha bolsa.
Os três litros da água, talvez.
Não me incomodo. Vou arquitetando, andar por andar, com a inexatidão que faria desmoronar todos nós. Toda aquela gente sem nome que divide os quatro metros... quadrados. Eu os penso sinuosos. Eu penso que pelo menos meu andar é ímpar e toda aquela gente sem nome em seus escritórios chatos de advocacia e arquitetura e comércio exterior. Eu penso que finalmente criei a minha própria roda. E ela é bem mais redonda do que a engrenagem que faz subir os 19 andares do elevador.
19.
quinta-feira, dezembro 13, 2007
sábado, novembro 24, 2007
Últimos passos
A vontade de não fazer nada é inversamente proporcional à quantidade de coisas que se tem pra fazer.
Agora, eu ficaria deitada na cama durante duas horas olhando para o teto. Tranqüilamente. Sem nervosismo ou tédio.
Mas falta um capítulo e meio. Faltam dois trabalhos. Três páginas de coisas. Sete minutos institucionais.
Depois, tem que acordar às sete da manhã pra três pessoas julgarem se você aprendeu alguma coisa nesses quatrocincoseis anos de "universidade pública, gratuita e de qualidade". Tem que terminar matérias que pouco tem a ver com o que eu faço ou deveria fazer. Tem que usar uma roupa de pessoa séria pra fazer as pessoas acreditarem que aquilo ali não é o que me deu vontade de fazer, mas um projeto sério.
Tem que fazer contas e pedir aumento porque eu vou ser uma pessoa melhor ainda, por causa de um papel com meu nome. E porque eu preciso pagar tantas contas. Tem que ter um plano B.
Tem que comprar presente pra mãe, irmão, cunhada, sobrinhas, sogra, namorado, amiga e por aí vai. Tem que descansar. Em hotel em uma praia bonita. Porque cheguei na idade de frescurinha.
Tem que provar por AmaisB que fiz a coisa certa. Quando, na verdade, só queria deitar na cama e olhar pro teto, mas você sabe, não se pode ter tudo na vida.
A vontade de não fazer nada é inversamente proporcional à quantidade de coisas que se tem pra fazer.
Agora, eu ficaria deitada na cama durante duas horas olhando para o teto. Tranqüilamente. Sem nervosismo ou tédio.
Mas falta um capítulo e meio. Faltam dois trabalhos. Três páginas de coisas. Sete minutos institucionais.
Depois, tem que acordar às sete da manhã pra três pessoas julgarem se você aprendeu alguma coisa nesses quatrocincoseis anos de "universidade pública, gratuita e de qualidade". Tem que terminar matérias que pouco tem a ver com o que eu faço ou deveria fazer. Tem que usar uma roupa de pessoa séria pra fazer as pessoas acreditarem que aquilo ali não é o que me deu vontade de fazer, mas um projeto sério.
Tem que fazer contas e pedir aumento porque eu vou ser uma pessoa melhor ainda, por causa de um papel com meu nome. E porque eu preciso pagar tantas contas. Tem que ter um plano B.
Tem que comprar presente pra mãe, irmão, cunhada, sobrinhas, sogra, namorado, amiga e por aí vai. Tem que descansar. Em hotel em uma praia bonita. Porque cheguei na idade de frescurinha.
Tem que provar por AmaisB que fiz a coisa certa. Quando, na verdade, só queria deitar na cama e olhar pro teto, mas você sabe, não se pode ter tudo na vida.
quinta-feira, novembro 15, 2007
quinta-feira, outubro 25, 2007
quinta-feira, outubro 18, 2007
terça-feira, outubro 02, 2007
Besta;
Talvez porque eu seja meio distraída mesmo, mas às vezes quando eu tô no carro do seu lado, eu olho de repente e parece que ontem mesmo você era aquele estranho legal e engraçado que me passava músicas estranhas e sempre ria quando me encontrava.
E hoje é mais do que metade de mim.
Como é que pode, né? Como pode...
Talvez porque eu seja meio distraída mesmo, mas às vezes quando eu tô no carro do seu lado, eu olho de repente e parece que ontem mesmo você era aquele estranho legal e engraçado que me passava músicas estranhas e sempre ria quando me encontrava.
E hoje é mais do que metade de mim.
Como é que pode, né? Como pode...
segunda-feira, outubro 01, 2007
segunda-feira, setembro 24, 2007
segunda-feira, setembro 17, 2007
domingo, agosto 26, 2007
17.08.2002
"Eu queria alguém que não se incomodasse com o fato de eu ter escrito minha vida toda a lápis. Que não tentasse, em vão, entender os espaços em branco e as palavras riscadas. Alguém que me aceitasse com todo meu subjetivismo que às vezes é até infantil. Que quando me visse desesperada por ter perdido um poema não me ajudasse a procurá-lo, apenas me abraçasse. Alguém que não se interessasse pelo meu passado; nem pelo meu futuro. Alguém com quem eu aprendesse a não mencionar o passado. Alguém pra quem eu vivesse. Alguém que não tentasse mudar quem eu sou, jamais. Que não ficasse perguntando o porquê de algumas coisas das quais eu simplesmente não gosto. Que não esperasse que eu fosse sempre a mesma pessoa. Eu queria alguém, que assim como eu, não usasse borracha. Que se preocupasse somente em escrever uma vida cheia de erros, riscos e rimas. E 'eus'. Quantos fossem necessários. E que conjugasse os verbos sempre em qualquer pessoa. Independente da pessoa querer. Porque, no nosso mundo, isso só dependeria de nós. Que tivesse tanto orgulho dos meus erros quanto eu tenho. Ou dos seus. Que achasse minhas piores fotos lindas. Que não se decepcionasse comigo se meu Francês não for tão bom assim. E por achar perfeito o simples fato de eu saber detestar em Francês. Que escrevesse 'eu' sempre com a letra minúscula.
(Alguém que quisesse deitar no meu colo. Me abraçar. Get drunk with me. Cantar. Alguém que nunca tirasse as mangas de cima das minhas mãos pra dar as mãos pra mim. Que me deixasse sozinha, às vezes. Que me deixasse dormindo e que não dormisse demais. Que gostasse de MacDonalds. E que nunca levasse a sério qualquer discussão ideológica comigo. (...))
Que me entendesse, ou não me entendesse, como eu mesma."
Às vezes eu gosto de quem eu era.
"Eu queria alguém que não se incomodasse com o fato de eu ter escrito minha vida toda a lápis. Que não tentasse, em vão, entender os espaços em branco e as palavras riscadas. Alguém que me aceitasse com todo meu subjetivismo que às vezes é até infantil. Que quando me visse desesperada por ter perdido um poema não me ajudasse a procurá-lo, apenas me abraçasse. Alguém que não se interessasse pelo meu passado; nem pelo meu futuro. Alguém com quem eu aprendesse a não mencionar o passado. Alguém pra quem eu vivesse. Alguém que não tentasse mudar quem eu sou, jamais. Que não ficasse perguntando o porquê de algumas coisas das quais eu simplesmente não gosto. Que não esperasse que eu fosse sempre a mesma pessoa. Eu queria alguém, que assim como eu, não usasse borracha. Que se preocupasse somente em escrever uma vida cheia de erros, riscos e rimas. E 'eus'. Quantos fossem necessários. E que conjugasse os verbos sempre em qualquer pessoa. Independente da pessoa querer. Porque, no nosso mundo, isso só dependeria de nós. Que tivesse tanto orgulho dos meus erros quanto eu tenho. Ou dos seus. Que achasse minhas piores fotos lindas. Que não se decepcionasse comigo se meu Francês não for tão bom assim. E por achar perfeito o simples fato de eu saber detestar em Francês. Que escrevesse 'eu' sempre com a letra minúscula.
(Alguém que quisesse deitar no meu colo. Me abraçar. Get drunk with me. Cantar. Alguém que nunca tirasse as mangas de cima das minhas mãos pra dar as mãos pra mim. Que me deixasse sozinha, às vezes. Que me deixasse dormindo e que não dormisse demais. Que gostasse de MacDonalds. E que nunca levasse a sério qualquer discussão ideológica comigo. (...))
Que me entendesse, ou não me entendesse, como eu mesma."
Às vezes eu gosto de quem eu era.
quinta-feira, agosto 16, 2007
Mensalmente.
Todo mês eu escrevo um punhado de números em um papel, e somo, e subtraio, calculo quanto gastarei aleatoriamente, e quanto sobra por dia, e quanto vai ser gasto em sushi e... chega num número x que eu não respeito muito, porque acabo equilibrando, dou um jeito e dá pra viver normalmente e ainda por cima comprar um livro.
Todo mês.
Antigamente eu usava esse mesmo papel pra escrever coisas bonitas.
Todo mês eu escrevo um punhado de números em um papel, e somo, e subtraio, calculo quanto gastarei aleatoriamente, e quanto sobra por dia, e quanto vai ser gasto em sushi e... chega num número x que eu não respeito muito, porque acabo equilibrando, dou um jeito e dá pra viver normalmente e ainda por cima comprar um livro.
Todo mês.
Antigamente eu usava esse mesmo papel pra escrever coisas bonitas.
quarta-feira, julho 25, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
Andar de mochila sozinha à noite na rua sem ouvir música
Passos apressados, gatos perdidos, cinemas fechados, cinemas abertos, quem vai ao cinema, amigos passados, sonhos estranhos, motivos esquecidos, música na cabeça, pressa nos pés, pingado no boteco, palavras perdidas, gatos no boteco, motivos apressados, sonhos abertos, cinemas esquecidos.
Passos apressados, gatos perdidos, cinemas fechados, cinemas abertos, quem vai ao cinema, amigos passados, sonhos estranhos, motivos esquecidos, música na cabeça, pressa nos pés, pingado no boteco, palavras perdidas, gatos no boteco, motivos apressados, sonhos abertos, cinemas esquecidos.
quarta-feira, junho 13, 2007
sexta-feira, maio 25, 2007
quinta-feira, maio 24, 2007
quinta-feira, maio 17, 2007
quarta-feira, maio 16, 2007
sexta-feira, maio 04, 2007
quarta-feira, maio 02, 2007
segunda-feira, abril 16, 2007
quarta-feira, março 21, 2007
segunda-feira, março 12, 2007
Corrosão
É uma dessas coisas que não é menor. É "mais pequena" mesmo. E vai se alastrando e se infiltrando nos espacinhos e nos cantos onde não devia caber mais nada, só o mundo inteiro que a gente inventa quando se sente assim.
É uma fagulha corrosiva que um simples respirar fundo apaga. Mas respirar fundo - eu que o diga - às vezes é a coisa mais difícil do mundo.
É dessas coisas óbvias, e tão óbvias, e tão ridículas, e uma merda tão grande, que dá um mal estar gigante. Por algo tão pequeno.
É o preço que se paga.
Ainda não sei o que estou comprando.
É uma dessas coisas que não é menor. É "mais pequena" mesmo. E vai se alastrando e se infiltrando nos espacinhos e nos cantos onde não devia caber mais nada, só o mundo inteiro que a gente inventa quando se sente assim.
É uma fagulha corrosiva que um simples respirar fundo apaga. Mas respirar fundo - eu que o diga - às vezes é a coisa mais difícil do mundo.
É dessas coisas óbvias, e tão óbvias, e tão ridículas, e uma merda tão grande, que dá um mal estar gigante. Por algo tão pequeno.
É o preço que se paga.
Ainda não sei o que estou comprando.
quinta-feira, março 08, 2007
Estrangeira
Eu me lembro que ouvia como uma pessoa normal, sentia como uma pessoa normal e vivia como uma pessoa normal. Um dia, não lembro muito quando tampouco como, eu percebi. Não entendia mais a minha própria língua. Não entendia o que diziam as pessoas ao meu redor, não entendia o que estava escrito nas placas, nos letreiros, nas linhas e nas entrelinhas. Eu parei de entender.
Ouvia os sons indecifráveis e observa os rostos, cheios de mágoa e medo e insegurança e pena e por vezes cheios de algo tão indecifrável quanto aquilo que eu ouvia. Só o ser humano poderia sentir algo assim, uma curiosidade cheia de desejo pra qual não existe palavra. Foi o que eu vi, e nunca conseguiria explicar.
Andava pelas ruas ouvindo o murmúrio silencioso do que não pode ser entendido. Descobri novos rostos, novas expressões, novos sorrisos, novas coisas. Descobri o tempo exato que tudo dura.
Viajei o mundo buscando um lugar onde eu entendesse o que falavam. Não encontrei.
Um dia, aí, não lembro quando tampouco como, eu consegui ouvir o silêncio. É o barulho que faz quando...
Eu me lembro que ouvia como uma pessoa normal, sentia como uma pessoa normal e vivia como uma pessoa normal. Um dia, não lembro muito quando tampouco como, eu percebi. Não entendia mais a minha própria língua. Não entendia o que diziam as pessoas ao meu redor, não entendia o que estava escrito nas placas, nos letreiros, nas linhas e nas entrelinhas. Eu parei de entender.
Ouvia os sons indecifráveis e observa os rostos, cheios de mágoa e medo e insegurança e pena e por vezes cheios de algo tão indecifrável quanto aquilo que eu ouvia. Só o ser humano poderia sentir algo assim, uma curiosidade cheia de desejo pra qual não existe palavra. Foi o que eu vi, e nunca conseguiria explicar.
Andava pelas ruas ouvindo o murmúrio silencioso do que não pode ser entendido. Descobri novos rostos, novas expressões, novos sorrisos, novas coisas. Descobri o tempo exato que tudo dura.
Viajei o mundo buscando um lugar onde eu entendesse o que falavam. Não encontrei.
Um dia, aí, não lembro quando tampouco como, eu consegui ouvir o silêncio. É o barulho que faz quando...
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
domingo, fevereiro 25, 2007
terça-feira, fevereiro 13, 2007
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
domingo, fevereiro 04, 2007
Som
Eu não sei se são as ruas pelas quais eu ando, ou as pessoas com as quais eu converso, ou o gosto que tem o vento no final da tarde de domingo, eu não sei o que é assim. Só sei que são muitas coisas. Que são leves o bastante pra ficarem "por ali" no canto da boca pra me fazer sorrir quando eu lembrar.
São as luzes multicoloridas que eu vejo quando fecho os olhos intoxicados por... bem, a culpa deve ser toda sua.
É a vontade que eu tenho de ter que gritar porque a música tá alta demais (e é boa o bastante) pra contar algo que me fez lembrar... você.
É colocar no fast forward, não pra ir rápido, só pra passar mais bonito e combinar com a trilha sonora. É parar tudo e pintar teu cabelo de azul. Censurar nossas mãos dadas com uma tarja preta. Tirar uma foto meio avermelhada daquelas velas - as do lado direito - e eu sei exatamente como eu teria enquadrado elas porque tem alguém dentro de mim que vê tudo tão bonito que entorpece.
Como entorpecem as coisas mais simples. O sono, a fome, a champagne ou esse jeito confuso que eu tenho de dizer tudo isso.
Eu não sei se são as ruas pelas quais eu ando, ou as pessoas com as quais eu converso, ou o gosto que tem o vento no final da tarde de domingo, eu não sei o que é assim. Só sei que são muitas coisas. Que são leves o bastante pra ficarem "por ali" no canto da boca pra me fazer sorrir quando eu lembrar.
São as luzes multicoloridas que eu vejo quando fecho os olhos intoxicados por... bem, a culpa deve ser toda sua.
É a vontade que eu tenho de ter que gritar porque a música tá alta demais (e é boa o bastante) pra contar algo que me fez lembrar... você.
É colocar no fast forward, não pra ir rápido, só pra passar mais bonito e combinar com a trilha sonora. É parar tudo e pintar teu cabelo de azul. Censurar nossas mãos dadas com uma tarja preta. Tirar uma foto meio avermelhada daquelas velas - as do lado direito - e eu sei exatamente como eu teria enquadrado elas porque tem alguém dentro de mim que vê tudo tão bonito que entorpece.
Como entorpecem as coisas mais simples. O sono, a fome, a champagne ou esse jeito confuso que eu tenho de dizer tudo isso.
segunda-feira, janeiro 29, 2007
Naquela época eu pensava muito sobre coisas inevitáveis, porque elas são muitas. Vento no rosto, folhas que caem no outono, pessoas que olham de lado pra quem usa mochila daquele tamanho, sono depois do almoço, achar que nick drake combina com dias nublados, ver fotos em todos os lugares. Eu gostava de pensar nele como algo inevitável porque as coisas inevitáveis não são necessariamente algo que se queira evitar.
E nunca evitei, mesmo todo aquele tempo depois e aquele jeito e aquele olhar e os fins e os meios e os recomeços e os começos de novo. Nunca evitei porque algumas coisas são inevitáveis. Pensar a respeito deve ser mais uma delas.
E nunca evitei, mesmo todo aquele tempo depois e aquele jeito e aquele olhar e os fins e os meios e os recomeços e os começos de novo. Nunca evitei porque algumas coisas são inevitáveis. Pensar a respeito deve ser mais uma delas.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
terça-feira, janeiro 23, 2007
Bem, os gostos e os postos e os opostos, toda aquela gente que a gente guarda dentro do armário, as pirâmides de latas de cerveja vazia, os gatos se espreguiçando nos colos, os hotéis estranhos e os normais demais, as viagens, as andanças, o medo, a certeza, o que já aconteceu, o que pode acontecer, as fotos que a gente tirou, aquele filme que não girou dentro da máquina, o parque lá perto de casa, aqueles tênis vermelhos, a foto de lado no passaporte e o jeito. O jeito.
Não há o que tirar de mim.
Não há o que tirar de mim.
segunda-feira, janeiro 22, 2007
music when the lights go out
É tudo igual sempre, mas se fosse tudo igual sempre o modo como eu me importo não seria tão desigual.
:: libertines - music when the lights go out
"And the memories of the pubs and the clubs
And the drugs and the tubs we shared together
Will stay with me forever
But all the highs and the lows and the tos and the fros
They left me dizzy
Oh darling please forgive me
But I no longer hear the music"
É tudo igual sempre, mas se fosse tudo igual sempre o modo como eu me importo não seria tão desigual.
:: libertines - music when the lights go out
"And the memories of the pubs and the clubs
And the drugs and the tubs we shared together
Will stay with me forever
But all the highs and the lows and the tos and the fros
They left me dizzy
Oh darling please forgive me
But I no longer hear the music"
terça-feira, janeiro 16, 2007
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Rabiscos
Tenho muitos deles nos meus cadernos e nas agendas dos anos que passaram e nos versos de notas fiscais. Às vezes tenho alguns na ponta dos dedos. Ou saindo junto com o resto de tinta do meu cabelo.
Tenho rabiscos que vão aparecendo à noite, contornando as veias. Alguns saem na água quente do chuveiro. Na costura do travesseiro. Alguns aparecem bem de leve nas cordas das guitarras das bandas que tocam nos shows aos quais eu vou à noite.
Alguns vêm no ar e fazem cócegas ou fazem a caneta bic se mexer.
Outros deixam os sorrisos meio de lado.
Mas tem rabiscos em todo lugar.
:: red house painters - have you forgotten
Tenho muitos deles nos meus cadernos e nas agendas dos anos que passaram e nos versos de notas fiscais. Às vezes tenho alguns na ponta dos dedos. Ou saindo junto com o resto de tinta do meu cabelo.
Tenho rabiscos que vão aparecendo à noite, contornando as veias. Alguns saem na água quente do chuveiro. Na costura do travesseiro. Alguns aparecem bem de leve nas cordas das guitarras das bandas que tocam nos shows aos quais eu vou à noite.
Alguns vêm no ar e fazem cócegas ou fazem a caneta bic se mexer.
Outros deixam os sorrisos meio de lado.
Mas tem rabiscos em todo lugar.
:: red house painters - have you forgotten
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