em branco
Tem aquela velha história de que, quando é fácil, a gente despreza. Não tô falando de usar as músicas como desculpa.
O que ninguém me explicou é o que eu faço quando as coisas continuam interessantes quando são fáceis.
É, complicado.
Não tá fácil pra ninguém.
segunda-feira, janeiro 31, 2005
domingo, janeiro 30, 2005
let me go, she said.
Please keep your hands down
And stop raising your voice
It's hardly what I'd be doing if you gave me a choice
It's a simple suggestion can you give me sometime
So just say yes or no
Why can't you shoulder the blame
Coz both my shoulders are heavy
From the weight of us both
You're a big boy now so let's not talk about growth
You've not heard a single word I have said...
Oh, my God.
Então. Eu tenho um problema, mas eu não sei qual é.
Posso botar a culpa nas músicas que eu ouço, mas daí seria fácil demais.
:: snow patrol - how to be dead.
Please keep your hands down
And stop raising your voice
It's hardly what I'd be doing if you gave me a choice
It's a simple suggestion can you give me sometime
So just say yes or no
Why can't you shoulder the blame
Coz both my shoulders are heavy
From the weight of us both
You're a big boy now so let's not talk about growth
You've not heard a single word I have said...
Oh, my God.
Então. Eu tenho um problema, mas eu não sei qual é.
Posso botar a culpa nas músicas que eu ouço, mas daí seria fácil demais.
:: snow patrol - how to be dead.
sexta-feira, janeiro 28, 2005
terça-feira, janeiro 25, 2005
domingo, janeiro 23, 2005
sábado, janeiro 22, 2005
Parte 7
Ela entrou. Ele a cumprimentou como sempre: "Tudo bem, bonitinha?" e ela, como sempre, respondeu com um sorriso. Passou e sentou no banco do lado. "É meu dia de sorte", pensou.
Ficou olhando pra ela como quem espera alguma coisa. Algum comentário sobre o tempo ou o preço da passagem. Mas ela procurava pilhas para o seu walkman, em uma bolsa repleta de pilhas de todas as marcas que ele conhecia, impossíveis de serem distinguidas entre si. Todas vazias, imaginou.
Revirou a imensidão de pilhas até que encontrou uma pra qual olhou com carinho. Colocou-a no walkman.
Play.
Ela entrou. Ele a cumprimentou como sempre: "Tudo bem, bonitinha?" e ela, como sempre, respondeu com um sorriso. Passou e sentou no banco do lado. "É meu dia de sorte", pensou.
Ficou olhando pra ela como quem espera alguma coisa. Algum comentário sobre o tempo ou o preço da passagem. Mas ela procurava pilhas para o seu walkman, em uma bolsa repleta de pilhas de todas as marcas que ele conhecia, impossíveis de serem distinguidas entre si. Todas vazias, imaginou.
Revirou a imensidão de pilhas até que encontrou uma pra qual olhou com carinho. Colocou-a no walkman.
Play.
quinta-feira, janeiro 20, 2005
Pequeno.
Mariazinha gosta de Joãozinho. Mas não admite.
Um dia ela sonhou com o Joãozinho. E no sonho, ela sabia o nome da Aninha, que é quem o Joãozinho beija quando não está ocupado enrolando Mariazinha.
Mariazinha não tem problemas quanto ao fato de ser enrolada por Joãozinho. Até gosta, por saber como funciona.
Mas ela não sabia que sabia o nome da Aninha.
Mas, no sonho, o Joãozinho confirmou.
Agora Mariazinha acha o seu inconsciente uma bosta.
E gosta ainda mais do Joãozinho.
:: Beulah - Fooled With the Wrong Guy
Isso só porque eu não sei fazer roteiros.
Mariazinha gosta de Joãozinho. Mas não admite.
Um dia ela sonhou com o Joãozinho. E no sonho, ela sabia o nome da Aninha, que é quem o Joãozinho beija quando não está ocupado enrolando Mariazinha.
Mariazinha não tem problemas quanto ao fato de ser enrolada por Joãozinho. Até gosta, por saber como funciona.
Mas ela não sabia que sabia o nome da Aninha.
Mas, no sonho, o Joãozinho confirmou.
Agora Mariazinha acha o seu inconsciente uma bosta.
E gosta ainda mais do Joãozinho.
:: Beulah - Fooled With the Wrong Guy
Isso só porque eu não sei fazer roteiros.
segunda-feira, janeiro 17, 2005
minha vida comigo
-mudar o corte de cabelo;
-conhecer alguém novo;
-ler mais, de tudo;
- conseguir explicar exatamente o que eu sinto.
Acho que assusta mais quando você tá no meio do que tá acontecendo. Seja bom ou seja ruim. Assusta mais quando você é quem você quis ser um dia. E quando alguém consegue entender isso perfeitamente bem.
Mais do que alguém pra dizer "Quando olho pra você, eu sei que vim parar no lugar certo" é alguém que diria a mesma coisa, e não pra você.
Alguém pra estar ao seu lado e não à sua frente.
Alguém que tire fotos de você e não com você.
Alguém que seja coadjuvante, e não participação especial.
Mas daí é querer demais.
-
-
-
- conseguir explicar exatamente o que eu sinto.
Acho que assusta mais quando você tá no meio do que tá acontecendo. Seja bom ou seja ruim. Assusta mais quando você é quem você quis ser um dia. E quando alguém consegue entender isso perfeitamente bem.
Mais do que alguém pra dizer "Quando olho pra você, eu sei que vim parar no lugar certo" é alguém que diria a mesma coisa, e não pra você.
Alguém pra estar ao seu lado e não à sua frente.
Alguém que tire fotos de você e não com você.
Alguém que seja coadjuvante, e não participação especial.
Mas daí é querer demais.
domingo, janeiro 16, 2005
quarta-feira, janeiro 12, 2005
domingo, janeiro 09, 2005
Vertigem.
- É a vontade de se jogar, e não o medo - Disse ele, apoiando a cabeça sobre os braços cruzados no parapeito do 5º andar.
Ela pensou que sabia da onde ele tinha tirado isso. E largou o corpo sobre o parapeito, a franja caindo sobre o rosto.
Ele ficou olhando pra ela como quem olha pra uma amiga e uma amante e uma filha e uma desconhecida.
E ela ficou sem perceber que a vertigem não era só física. Que ao mesmo tempo em que ela queria o impacto do chão no seu crânio ela queria o impacto daquele estranho, ou de outros mais estranhos ainda, na sua vida. Queria a bagunça.
Queria errar.
E ele, quase desconhecido, foi o único a presenciar o leve impulso que a fez escolher a primeira. O impacto no crânio era muito mais fácil do que o impacto na vida.
- É a vontade de se jogar, e não o medo - Disse ele, apoiando a cabeça sobre os braços cruzados no parapeito do 5º andar.
Ela pensou que sabia da onde ele tinha tirado isso. E largou o corpo sobre o parapeito, a franja caindo sobre o rosto.
Ele ficou olhando pra ela como quem olha pra uma amiga e uma amante e uma filha e uma desconhecida.
E ela ficou sem perceber que a vertigem não era só física. Que ao mesmo tempo em que ela queria o impacto do chão no seu crânio ela queria o impacto daquele estranho, ou de outros mais estranhos ainda, na sua vida. Queria a bagunça.
Queria errar.
E ele, quase desconhecido, foi o único a presenciar o leve impulso que a fez escolher a primeira. O impacto no crânio era muito mais fácil do que o impacto na vida.
domingo, janeiro 02, 2005
- Por que a vida não é assim?
- Não sei, eu acho. Talvez porque todos os teus conceitos andavam meio errados. Todos os momentos curtos demais. Todas as conclusões meio superficiais. As músicas, repetidas. O aprendizado, inexistente. O medo, uma desculpa. O tempo, justificativa. Talvez e muito provavelmente por puro conformismo. Eu acho.
- Foi uma pergunta retórica.
- Não sei, eu acho. Talvez porque todos os teus conceitos andavam meio errados. Todos os momentos curtos demais. Todas as conclusões meio superficiais. As músicas, repetidas. O aprendizado, inexistente. O medo, uma desculpa. O tempo, justificativa. Talvez e muito provavelmente por puro conformismo. Eu acho.
- Foi uma pergunta retórica.
Assinar:
Postagens (Atom)