quinta-feira, maio 29, 2014

Wake up.

Às vezes eu consigo ver o tempo. Consigo ver ele escorrendo pelos meus dedos enquanto eu me perco naquilo tudo que não consigo resolver. 
Eu enxergo claramente o rastro que eu deixei no caminho entre o que eu poderia ser e o que eu sou, entre o que eu quero e aquilo que eu efetivamente tenho coragem de ser.
Aí eu choro os litros de amargura, de distância, de tempo, de sapos engolidos, tarefas contraditórias, valores ignorados. Eu engasgo em mim mesma com 16 anos, com 22, com o que diabos eu me tornei agora.

Mas é só hoje. Ou só sempre. Ou só quando eu consigo me enxergar.

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