terça-feira, dezembro 31, 2002

"Hoje eu gosto mais de ti."
De todos os lugares do mundo, o meu preferido. Fui lá hoje. E pude sentar sozinha e ter a certeza de que é ali que eu queria morrer. Porque é lindo quando faz sol, é lindo quando chove e é lindo quando está nublado. Porque lá eu já fui beijada, também. E "lá" esconde tantas histórias que eu não acreditaria, se não as tivesse vivido. E me faz rir. Até o mais 'lá' possível me faz sorrir tola. E é boa até a certeza de que eu seria criticada por significar tanto só pra mim. Mas que se foda. Eu sorri.

E passamos em muitos lugares e todos eles me lembraram tudo. E que, apesar da mágoa e apesar da renúncia, eu acho que acaba sempre ficando tudo bem. Bem como quando as coisas seguem seu caminho certo. (Ainda que essa história de 'fazer a coisa certa' sempre tenha soado algo chato, a meu ver). Acho que o bom é estar calma (e/ou dopada) o suficiente pra ver isso. Também hoje, vi como já fui tola. (Já? fui? - "Mais".)

Fora isso, saudades, sim. E vai ser chato ter que pensar nisso, e passar a 'virada' acordada, só pra parecer bem. Ou normal. Mas logo, né? :}.

Ah, e então... Eu odeio retrospectivas. E o tempo é a única coisa que me faz chorar. Não quero lembrar desse ano. (Isso contraria o fato de que o melhor é "sempre o último"? :þ)
Mas também não posso esquecer da mudança pra Curitiba, das pessoas que conheci lá, de tudo que aconteceu lá, das saudades, sempre, de pessoas 'daqui' (a.k.a. Blumenau). E do que me fez sorrir, tanto. E do tempo de perder a cabeça e errar mais que o normal. E de ter sempre quem cuide de mim. E me descobrir uma pessoa diferente. E de aprender. E aprender. E aprender. Muito. Aprender entre saudades e tombos e mágoas e choros e ajudas e beijos e erros e ainda assim sorrir, toda noite, por saber que eu tenho a quem dizer eu te amo. You now. Né? :]

E queria poder dizer a cada um o quanto... Mas obrigada principalmente a ti, por ser a melhor namorada do mundo :P, tu, por seres a tu. 'cause i love and miss you ;). Tu, por seres a mais feliz das existências, por me fazer sorrir sempre e ter paciência de me agüentar e - meu deus! - por entender essa bagunça que é minha vida afetivo-amorosa e por ter um dos gostos musicais mais perfeitos ever e ser engraçado e hiperativo e pela vaca jersey. tuquerida, que sempre some, mas que reaparece de um jeito só teu e que sempre me deixa com saudades. Tu, menina, por fazer as coisas sempre lindas, por ser sempre assim bonita e por "encantar" e ser de um jeito só só teu e por merecer toda a felicidade do mundo... Tá, bonita? (E assim dá de entender, né? :þ); Você, minha nutricionista, minha conselheira, minha... pessoa-que-sempre-entende. Entendemo-nos e é isso que importa. Do jeito mais simples e mais bonito possível. Tuuuu, marciana: por ser estranha. Pela olívia (In Memorian). Pelas idéias malucas e bifes à milanesa e pelos incentivos e por ser minha vizinha :) Tu por seres estranho e me fazer rir. Tu por eu quase me assustar com o fato de existir alguém "assim" (Aqui dentro fez sentido :þ). Você, pela assistência-online e por ser gente grande e por me fazer pensar (Sabias que tens esse dom?), e por servir de exemplo instintivo quando penso em "família legal". Tu, pelas conversas, pelas músicas, pelo tudo. Tu, seu bobão!, apesar dos nossos "problemas", por "Let`s Murder Vivaldi", principalmente. E eu tinha que deixar essas duas pro final: Tu, last but *never* least, que eu fico sem saber o que dizer :} e tu, que dispensas quaisquer comentários, que já morasse comigo, e que agora provas que algumas coisas distância nenhuma muda, e que és a maaais genial, and you know it e 'sempre'. Miss you :*
E todo o resto que eu lembro e poderia citar. Lembrei sim e listei mentalmente. De ti, de ti, de ti. Todos que fazem parte da minha vida, aqui ou lá. Que me agradam quanto ao jeito que escrevem. Que são loucos. Que tem cabelo mais comprido que eu. Que são mais pessimistas que eu. Que "caem porque nao comem nem dormem". Que fazem coisas legais a partir de espumas em formato do Kid A. Que já tomaram porres maiores que os meus. Que filmaram porres maiores que os meus :þ. Ou que só aparecem e existem e assim já são o bastante.
Vocês fizeram meu ano, obrigada. E eu não precisaria de ninguém mais pra fazer os próximos. Mas eu atenho-me a desejar estar com vocês no ano de amanhã. Would make me happy. Mas eu sempre enrolo. Afinal, eu sou eu. Então Feliz Ano Novo. Do fundo desse coração estranho. Mesmo.

domingo, dezembro 29, 2002

Da série A Melhor Maneira:

"[MiLLa___] to orgulhosa de ti
[MiLLa___] ;)
[soleil] por que motivo?
[MiLLa___] pq tu nuam ficou com o *
[soleil] é
[soleil] eu me odeio por isso
[MiLLa___] e tivesses mtas oportunidades
[soleil] meu, como me odeio!
[MiLLa___] tscf
[soleil] to no meio de uma delas.
[MiLLa___] fica orgulhosa tbm
[soleil] nao cara
[soleil] pq eu nao ganho nada em troca
[soleil] entende? é isso que me incomoda.
[soleil] eu abro mao pra... nada.
[MiLLa___] ah tbm não é pra nada...
[MiLLa___] sei lá
[soleil] claro que é :(
[MiLLa___] eh q nenhum dos dois fala nada, e sentem demais calados
[MiLLa___] sei lá
[soleil] é pra ficar sozinha
[soleil] pffu
[soleil] nao..
[soleil] pq ele nem tá aqui pra ouvir qquer coisa
[soleil] e ele nunca tá onde eu to
[soleil] por isso que nao funciona
[soleil] nunca
[MiLLa___] ;/
[MiLLa___] bah cara, é o jeito dele, e por mais perfeito q ele possa ser pra ti, isso eh dele
[MiLLa___] sei lá
[MiLLa___] ele naum se liga direito
[soleil] meu deus, camila
[soleil] mas porra
[soleil] :/
[soleil] é questao de bom senso que pra se estar com alguem..
[soleil] precisa-se 'estar'
[soleil] estar bem ou mal
[soleil] precisa-se 'estar'
[MiLLa___] I know...
[soleil] :/
[soleil] por isso eu odeio ele
[soleil] mas nao tem nem como dizer pra ele isso.
[soleil] porque ele nao existe
[soleil] ://
[MiLLa___] ;/
[MiLLa___] porra solange...
[MiLLa___] desculpa, não sei o q falar agora"

Porque tudo que eu sinto eu nunca consigo explicar. Então é isso. Mas daí ele aparece e parece que compensa. Só isso? Só.
Aqui, ó; eu e o presente de natal que eu ganhei da Camila. E aqui ele sozinho.

No mais, tudo é só uma questão de fugir (um pouco) (mais). É assim, e eu acho que "não sei".
Mas é bom ter alguém que me diga que muita coisa não é certa. E que a resposta, no fundo, tá sempre dentro de mim mesma. :]

Obrigada :-*

sábado, dezembro 28, 2002

Cut Your Hair

Estranho. Novo. Legal. Não, não tô falando de cabelo. :þ
I love my recorder, but he can`t fall in love with me.

so.zi.nho adj 1 Absolutamente só. 2 Abandonado, desamparado.

quinta-feira, dezembro 26, 2002

"por ele. e por mim." - vai ficar tudo bem, não te preocupa.

Daí no final vamos (sor)rir. E olhar pra trás e pensar que "agora tá tudo bem". E vai estar. E te prometo que eu vou voltar a sorrir, um dia. Só não agora. Me deixa. Eu também nunca te cobrei isso.
Mas talvez você tenha razão em algumas pequenas coisas. Eu, obviamente, nunca admitiria. E nunca admitiria que às vezes soa tudo tão errado. E sempre discordaria quando tu dissesses que o que eu ouço é triste demais.
Eu te diria que tem alguém que me faz sorrir. Mas só às vezes. E só às vezes eu tenho a certeza. E que eu tenho também mágoa, ainda. Vou esconder que dói, como eu sempre faço. Vou dizer que está tudo bem e que "não é por ele que eu tô assim". Que eu não me importo. Mas ainda assim, vou aproveitar todas as frestas pra olhar pra trás. E sentir aquele gosto ruim na boca, de passado.
Mas um dia vai ficar tudo bem. Te prometo isso agora, tá?

Me deixa agora, sozinha. Só essa noite, essa semana, esse mês, esse ano. Passa logo. Quando eu precisar, te aviso. Nunca vais me ver chorando.
If gravity let us go
We would all go flying
And I'll meet you somewhere in the milky night
Away past the satellites


Eu gosto. (Alguém sabe, será, que eu gosto?) E procurei e achei um motivo pra dormir. Pra não estar acordada pensando em alguém que está dormindo. Pra esquecer o motivo. Os motivos. Pra me contentar com o olhar. Um deles, que ganhei hoje. E o sorriso. E tudo que vem junto. E a certeza de que, uma saudade, eu não preciso sentir.
Queria agora colocar um colchão do lado do meu, pra fazer dormir fazendo carinho. Pra ter alguém que me faça perguntas bonitas e que tenha respostas ainda mais (bonitas). Pra (eu) tentar me convencer de que não preciso de nada. Nem de sair de casa. Nem de dormir.

Reencontrei um pedaço de passado bem legal hoje. Um amigo. Uma amiga. E eu não precisando falar nada. E depois, o meu pedaço de saudade que tá mais longe ainda me fez sorrir. E eu consigo, apesar de tudo isso. Lucky, lucky me.

::memória::
Fica ali muito tempo.

quarta-feira, dezembro 25, 2002

Love is suicide



espero que seja hormonal.
feliznatal

domingo, dezembro 22, 2002

mayfly

Eu calculei. No meu dedo, o dedo dela cabe 27 vezes. E nela, tão-mas-tão pequena, cabe a felicidade do meu irmão e a felicidade da minha cunhada e a felicidade de muita gente. Tão bonita! Ela fica vermelha quando se esforça. E emagrece se chora demais.

Depois, na volta, eu chorei. Escondida pra minha mãe não se sentir mal porque ela atropelou um lagarto. Tadinha, ficou triste também. Ele correu alucinado no meio da rua embaixo do carro. Não emagreci.

---


Falei pra minha mãe que quero ir embora. E que agora já sei o que fazer. Ela falou pra eu terminar meu curso antes. E disse vai, e falou que teve esse mesmo sonho um dia.

No sonho, eu era o filho; e minhas únicas falas eram: "Oi"; "Eu te amo" e "Espero que eles morram". Mas mesmo assim, eu fiz certinho. E me disseram que eu deveria demorar 30 segundos. E acordei achando estranho eu não ter falado baixo demais.

Sonhei com bem mais coisa. Deveria ter me incomodado. mas deixa.

---


No mais, agora tudo faz muito tempo, e eu ando muito calma. Dormi 12 horas. Foi muito bom. Minha mãe sentou ao meu lado quando eu tava deitada acordada e falou que vai me dar o presente que eu pedi. Daí eu disse pra ela me dar horas de sono. Uma semana. Ela riu e disse que sim e me abraçou. Vou ter.
Mas tons pastéis agora escondidos em tudo. Disfarçados de azul. E eu que agora só fico em casa. E que quero ir embora. Nada/tudo mudou. Mesmo porque, agora tudo já faz muito tempo.

sexta-feira, dezembro 20, 2002

no vaso. no caso.

muito bem, flipper!
mamãe mal pode esperar.
.
"solange, arrume seu quarto."
"solange, não brinque com a água."
"solange, olha o que você faz com a casa."
"solange, acorda."

home, sweet home.
snow?

1 - ele. Revelado, talvez contra a própria vontade e eu queria ele agora aqui pra dizer que "não, tudo bem.". 75% do meu tempo. 3 páginas de besteiras ditas querendo parecer verdade. saudade. perguntas. tentativa-de-sentir-.... lembrança do cheiro da pele dele na minha pele. E de verdade, não pra parecer qualquer coisa.
2 - .:samy: eu sei onde tá o meu CD. Resta recuperá-lo. Obrigada. Avisarei, caso aceite a sua proposta. Tkz, girl :*
3 - o circo do marcos frota ainda tá na cidade. espero que esses dias passem logo.
4 - e mais importante: onde se compra caleidoscópios?

Estou com saudades de contatos com pessoas legais. Acesso discado é uma bosta. Alienação também.

quarta-feira, dezembro 18, 2002

"- Pizza com um monte de coisa em cima. Cebola... Um monte de coisa. Macarrão.
- Como assim?
- Vai passar. Logo logo ela melhora."

terça-feira, dezembro 17, 2002

Even though I might, even though I try, I can't.

segunda-feira, dezembro 16, 2002

Talvez quatro pessoas, incluindo eu e ele, entendam;

Sábado/Domingo; 21 de julho.

perto daqui. longe daqui. em algum lugar que não aqui.

"when the dream came,
i held my breath with my eyes closed
i went insane
like a smokering day when the wind blows
now i won't be back until later on
if i do come back at all
but you know me, and i miss you now

in a strange game
i saw myself as you knew me
when the change came
and you had the chance to see through me
though the other side is just the same
you can tell my dream is real
because i love you
can you see me now
though we rush ahead to save our time
we are only what we feel
and i love you,
can you feel it now?
"

on the way home

Disso. De soar indecifrável. E de querer ser outra pessoa que não eu. Mas de mesmo assim não deixar de simpatizar com quem eu sou, mas só pelo gosto que eu tenho na boca. E só porque nem todos os dias são iguais. E certeza, a gente nunca tem.
Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Acordei dez e meia.

Acho que o Roommate dorme de olho aberto, às vezes. Pode ser uma exceção, mas...

domingo, dezembro 15, 2002

- Me diz onde dói.
- Eu não sei.
- Aqui?
- Não.
- Aqui?
- É, um pouco, não sei. Pára de encostar em mim.
- Eu só tô querendo ajudar.
- Apertando onde dói tu vais ajudar?
- Vou saber onde, e...
- Vais fazer parar?
- Talvez.
- Não quero correr esse risco.
- Mas é assim que funciona. Eu descubro onde dói e vejo se tem como fazer parar.
- Daí é tarde demais. Daí tu já me machucasses.
- Ai, como tu és...
- Prevenida?
- Não!
- Sou sim.
- Se você fosse prevenida não estaria machucada.
- Algumas coisas são inevitáveis.
- Eu sou uma delas?
- Não. Eu te odeio.
- Por quê?
- Por ter me machucado.
- Então eu sou inevitável?
- Não (mais). Não quero falar sobre isso. Só vai embora.
- Por que pedisse pra eu vir, então?
- Porque eu sou tola. Vai embora.
- Vai continuar doendo?
- Se tu não ficares cutucando, logo passa.
- Certeza?
- É. Vai embora. Eu te chamei pra me ajudar e tu acabasse me machucando.
- Eu não tive a intenção.
- É, claro que não teve. Mas também não te importas.
- Pára de ser assim, você é louca.
- Problema meu.
- Tá. Eu vou indo então.
- Não te importas, né?
- Tá vendo como você é?
- Te importas ou não?
- Me importo. Mas sabes que não posso fazer nada além disso.
- Fizesse algo além disso...
- Eu não sei o que te dizer. Preciso ir.
- Como sempre.
- Não seja assim.
- Tchau, tchau... Eu fico melhor sozinha.
- Quer que eu chame alguém pra te ajudar?
- Não. Sai daqui.
- Te cuida.
- Jogador...

[aqui]
Colorblind, indeed.

Vai ficar tudo bem. Apesar disso aqui.

sexta-feira, dezembro 13, 2002

Pelo menos o cara da água era simpático, quietinho e prestativo.
Porque nem a namorada tá em casa.

Exteriorizando:

Puta, que merda. Eu odeio o modo como as coisas funcionam. O modo como não adianta o fato de eu fazer tudo certo, e só eu fazer tudo certo e todo o resto dar errado e de todas as pessoas eu parecer a única interessada em que dê certo e tudo, tudo que não dá e...merda!

EU ODEIO.
the dream is yours now_

Nada Surf - Inside of Love
Starsailor - Alcoholic
Ben & Jason - Let's Murder Vivaldi
The Autumns - Apple
Looper - These Things
[...]
Meu irmão, que agora reside em Blumenau, virá para Curitiba amanhã (sábado). Interessados em vir junto e passar o dia na metrópole e/ou simplesmente aproveitar-se da carona, entrem em contato.

quinta-feira, dezembro 12, 2002

Tá vendo, ali?
Não existe.
So you think you can tell

Fizemos a revelação do nosso amigo invisível ontem, no centro acadêmico. Alguém levou uma cidra quente. Pedimos pizza. Eles beberam vinho, eu recusei. (Arght.)
Ganhei um aromatizador de 'sol'. Acho que as pessoas da faculdade acham muito legal o fato de o meu apelido ser 'sol', porque sempre acabam me presenteando com coisas 'temáticas'. Diz ela, a moça que me pegou, que essa era a segunda opção, já que ela tinha esquecido o presente em casa: uma almofada inflável, já que "a sol sempre tá dormindo na aula. ela até baba!" Diz também, a moça que me pegou, que eu tenho cara de lésbica.
Cheguei em casa umas onze e pouco e havia muita gente aqui fazendo esquenta pra ir pra casa de alguém beber. Doentes. Recusei o convite de ir junto pra ficar em casa 'terminando' o maldito trabalho. Depois, o Miguel-amigo-da-Chris também ligou, me chamando pra ir lá no iglu comer pizza. Apesar da vontade, fiquei também.
Mas essa semana minha cabeça não funciona. Pra nada. O trabalho foi terminado às exatas cinco horas da manhã. Antes disso, lá pelas quatro, o roommate e o veRRRmelho chegaram bêbados e foram dormir e eu senti inveja. De dormir, mesmo.
Às cinco eu dormi, e coloquei o despertador pras seis e meia e fechei bem a cortina porque logo amanheceria. Acredito que o despertador tenha tocado, mas este não surtiu o efeito esperado. Alguém desligou-o. E a certa hora eu não sei se foi o telefone que tocou ou se foi o despertador de novo, mas eu acordei e faltavam quinze minutos pra que minha aula começasse. Oitoequinze. Imprimi o trabalho umas três vezes, porque a impressora é louca.
E corri, de verdade, porque em algumas ocasiões eu sou estranhamente responsável. Mal cheguei na sala, já tivemos que apresentar o trabalho e eu tava com muita cara de sono e hoje todo mundo teve pena de mim. Daí falei tudo errado, mas prestaram atenção.
Depois algum tempo se passou. Aula. E eu permaneci acordada.
Cheguei em casa e o roommate tava estirado de maneira estranha no sofá, reclamando de ressaca. Gentilmente, fui até o mercado a fim de comprar pão, tomate e alfafa, a fim de preparar um super-delicioso sanduíche de pão, tomate e alfafa, já que ele acreditava encontrar-se com o estômago afetado pela bebida.
(...)
- Não tem alfafa?
- Não tem o quê?
- Alfafa.
- Não. Eu não sei o que é isso.
- Alfafa...
(...)
E eu com sono demais pra processar qualquer informação. Hoje ainda preciso comprar o livro do Senhor dos Anéis, presente de aniversário do 'somente Zé'. E dormir, dizem.

quarta-feira, dezembro 11, 2002





Eu já senti uma vez. Não quero sentir de novo. Tive medo. Anesthesia. Mas o medo era forte e eu não sei de onde ele vem.
Mas esquece.


(ajuda.
eu tô com saudades.)
watching terrible tv
it kills all thought
getting spacier than
an astronaut
making out with people
i hardly know or like
i can't believe what i do
late at night
i wanna know what it's like
on the inside of love

i'm standing at the gates
i see the beauty above
only when we get to see
the aerial view
will the patterns show
we'll know what to do
i know the last page so well
i can't read the first
so i just don't start
it's getting worse




...
i can't find my way in
i try again and again
i'm on the outside of love
always under or above
must be a different view
to be a me with a you
...
of course i'll be alright
i just had a bad night

obrigada :*
surprise-set: não a banda.

Interurbanos:

22 - 16/11/2002 - 03:19:45 - 00:04:55 - SC - Blumenau

Ben & Jason - Let's Murder Vivalvi - 00:04:24

stop bleeding. stop beeing someone else.

o dia em que liguei pra ele, às 03:19:45 pra tocar Let's Murder Vivaldi.

Recebi minha conta telefônica e não estou chorando. Great.
Sonhei que ratos corriam no telhado, e que quando fui tentar empurrar as telhas de vidro (que não existem aqui em lugar algum) de dentro pra fora, pra jogar os ratos pra longe, um deles caiu em mim, e ficou correndo pelo meu corpo. Acordei e ainda sentia ele.
Voltei a dormir. Sonhei que roubamos garrafas-de-qualquer coisa numa festa louca. A festa do Eduardo e Mônica. Muito estranho. Enfim, conheci a Mônica, em sonho. Depois fui trabalhar numa clínica, onde o dentista era gay e me mostrava fotos de seu namorado na frente da lareira de sua casa. E pedia pra eu resolver o fato de que um dos dentistas havia matado alguém: eles não queriam que isso prejudicasse a imagem da clínica. O pagamento seria em forma de garrafas-de-qualquer-coisa, as mesmas que eu havia roubado na festa do Eduardo e Mônica. Eu tinha escondido as garrafas numa gaveta e estranhamente, essa gaveta era da clínica.
Acordei.
Voltei a dormir. Sonhei que íamos pra alguma festa, mas que era muito longe. Fomos no carro-da-pessoa-com-quem-vou-morar. Aconteceram muitas coisas estranhas no caminho, algumas das quais esqueci agora.
De repente, eu estava em casa conversando com a minha mãe, vendo uma reportagem sobre um homem grávido. Ele tinha a barriga de aproximadamente 1m de diâmetro e na TV, na reportagem, ele aparecia numa piscina, junto com outras mulheres grávidas, fazendo um desses treinamentos pra gestantes. E a repórter mencionava, empolgada: "A barriga dele é a maior de todas!"
Comecei a andar indo pra algum lugar com a minha mãe. De repente, passei mal, fui correndo ao banheiro. "Vomitei" na pia. Mas não era vômito, na verdade eu estava abortando pela boca. (E no meio disso eu tive medo de minha mãe perguntar de quem era o filho.) Depois que o feto saiu, em forma de uma bola orgânica e estranha, ainda tive que "vomitar" toda a placenta e saía muito sangue junto. Daí acordei.

Me fez pensar que eu devia parar de dormir e comer alguma coisa. E ir pra aula, coisa que não ando conseguindo fazer essa semana. Hoje vou almoçar, eu acho. Talvez seja falta de comida o que me deixe fraca. Ou não. Depois eu deveria correr, mas a gente vai no rodízio de pizza hoje a noite: revelação do amigo invisível. - E isso anula o meu almoço. Não será necessário.
Agora tenho que fazer o resumo que eu deveria ter feito ontem a noite e deveria ter entregue pras meninas na aula, a qual eu não fui, hoje de manhã.

terça-feira, dezembro 10, 2002

O resumo tá aqui do lado, pra ser feito. Estou enlouquecendo. Não quero mais ir pra aula. Não quero mais ter 547 trabalhos pra fazer. Não quero mais que o gás tenha acabado. Preciso de café. Café. Café.
Filme de hoje foi bom, queria não estar tendo um ataque de nervos. Daí eu falaria sobre ele. Mas não. Não dá mais.
Quero dormir.
Vou dormir.
Tchau.
invisible. i'm a control freak. i like to be in control of everything.e tu?

Gostei quando a Natália disse: "eu sabia que tu ias acabar ficando com ele."
Tive uma prova hoje e foi terrível. O consolo é que eu não li nada e todo mundo foi mal junto. Disseram que eu escrevo bem e me deram um trabalho pra fazer pra amanhã. Hoje vai ser como daquela outra vez. Então eu vou estar aí lá pelas duas da manhã, reclamando do resumo que eu tenho pra fazer. Antes disso, tenho aula de história do cinema. Yey.
Hey, vai ficar tudo bem.
hoje: que não importa quem te faz 'titubear', quem te deixa confusa e atordoada sempre. Não importa ele que te faz incerta toda vez que você o vê.
o que importa é ao redor de quem o teu mundo gira


ontem: vantagens de se morar no 12º andar: prévia.

anteontem: tudo que você fizer, faça longe dos olhos de sua mãe. E da minha também. Obrigada.

segunda-feira, dezembro 09, 2002

certo e errado
longe e perto
frio e quente
sim e não
certeza e medo
azul e vermelho
eu e tu
(não necessariamente nessa ordem.
não necessariamente.)
Essa pessoa que não existe e que escreve as coisas mais bonitas e óbvias e boas e simples (sim, não?) e que diz tudo de um jeito diferente. E que gosta de filmes e livros, e que mereceria minha aula de história do cinema, como um presente.
E isso, que eu roubei de .

"Ninguém aprende. É apenas uma ânsia eterna por assimilação. Um passeio sem direção. Um vôo rasante que termina em colisão. Uma procura diária pelo poder de poder. Porque ninguém pode, apenas pensa poder. São voltas e mais voltas, caminhadas incessantes que nos deixam quase na mesma posição. Uma gravura recortada. Apreciada e descartada. Ninguém aprende. Controle e decepção. Giros compassados perdidos no compasso de cada ilusão. Dois seres desconhecidos. Eles não se encontram, não se vêem. Eles nunca aproximam-se. E tudo reduz-se ao fato de que todos nós acenamos adeus muito antes de sequer trocarmos um simples olhar."

Mais que isso?. I wouldn't dare to...

sábado, dezembro 07, 2002

I saw stars

isso.
turn black your eyes, tonight

Tonight is just like any other night.
That`s why you`re on your own tonight.
See, the sea wants to take me (...)
Do you think you can help me?

quinta-feira, dezembro 05, 2002

Se abraçavam e eu não sabia onde começava um e onde terminava o outro. E olhei pro lado e ele não podia me abraçar assim. Não ali. E talvez mesmo que fôssemos só nós dois, ele não conseguiria não ser sincero comigo. Não conseguiria fingir tão bem. Então eu dei um beijo no rosto dele, e olhei pra baixo daquele meu jeito. Ele me olhou com olhos cinzas de desculpas. Queria quase tanto quanto eu que fôssemos algo que não éramos. Mas ele era alto.
Conseguiu me segurar a ponto de impedir que eu fosse. Irônico, pois a partida era dele. What you give is what you get, pensei, sempre. Olhei pedindo que ele me soltasse. Ele o fez. Fui pra trás da linha amarela. Era ali que tudo deveria (se) partir. Odiei a camiseta vermelha. Ele pediu que eu esperasse 'um pouco'. Tirou do bolso uma pulseira azul. Minha pulseira azul, que tinha estragado... Arrumada. Extendeu sua mão muito pouco, para que eu tivesse que ir até ele de novo. Fui. Peguei. Tentei. Tentei mais do que já tinha até então. Chorei e abracei-o. Não era justo. Ele disse que nada iria mudar. Eu não acreditei. Eu disse que eu já tinha passado por isso antes. Ele quis chorar. E eu me odiei por mencionar aquela bosta de novo. Por me importar com o (meu) passado. Logo aquele passado. Ele então me abraçou mais forte. Me beijou devagar, bem diferente de normalmente. Ficou sem saber o que sentir, tanto quanto eu. Ficamos estranhos, por sempre termos sido tão 'engraçados'. E eu queria mais que chorar. Queria que quando o abraçasse ele se liquefizesse e entrasse pelos meus poros. Ou que simplesmente desistisse e ficasse ali do meu lado. Ali onde a gente se conheceu. Ali onde a gente viveu e sorriu tanto e se amou sem nunca dizer 'eu te amo' com medo de machucar.
Ali. Sequei minhas lágrimas. Dei um passo pra trás. Eu de azul ele de vermelho. Ele de camiseta eu de moletom. Minha mochila laranjada e aquelas malas verdes. Coloquei a pulseira e tirei o colar dele. Entreguei. Era triste. Era idiota ter que acabar assim. Mas seria melhor, eu tinha dito, sem saber que me arrependeria depois. Queria lembrar dele daquele jeito. Dele lindo. Dele sem que eu encontrasse qualquer defeito. E de como e quando e onde. Não queria esquecer.
"Eu te adoro. Te cuida.".
E fui sem olhar pra trás.
Like a Virgin

Vou, mas fico.
Eu sou tão menina. Meu tempo passou.
"Em Curitiba, céu nublado e dezenove graus. O Aeroporto Afonso Pena opera normalmente para pousos e decolagens."

Cansei.

Ontem saquei meus últimos trinta e três reais do banco. Com eles, paguei minha passagem e meu loiro acobreado. (ah, sim, meu irmão também fica chocado com as minhas prioridades.)
Tenho que arrumar minhas malas hoje de manhã, porque sairei antes da aula pra passar em Mercado, Correio, Vizinho. O bom é que tudo silencia depois que eu entrar no ônibus. Queria ter dinheiro pra comprar pilhas pro discman.
A namorada vai me buscar na rodoviária. Linda :) Meu amigo-vizinho-futuro-morador-em-conjunto devolveu meus CDs. Não agüento mais ver apartamentos. As frases não se relacionam. Ontem uma amiga minha de Blumenau que tá morando aqui me ligou, do nada. E a Chris trouxe alfafa. E vamos viver só disso agora, porque é muito legal.
Sonhei com alguém lá do curso. Sonhei que tínhamos que pular da sacada, e que a gente nunca tinha visto a altura antes. E também algo relacionado a viagem de carro. E à Lê.
E eu sei que vai terminar em nada.
Ontem cheguei quinze pras nove na aula. Achei que tinha me atrasado quinze minutos e achei estranho as pessoas me olharem daquele jeito. Daí descobri que o atraso era de uma hora e quinze minutos, numa aula que dura duas horas. Preciso achar um jeito mais eficiente de aprender os horários das aulas. (...)
Lembrei do sonho: um idiota dirigia um carro querendo se achar. E eu e 'someone' estávamos no banco de trás. Daí o cara conseguiu fazer o carro cair de um precipício. Mas a gente se segurou, sei lá como. E do final eu não lembro. Mas lembro de ter embarcado no carro fugindo de algo, e da frase "Vocês acham normal uma desconhecida entrar assim no carro de vocês?". Daí eles se transformaram em conhecidos. (...)
Chega de sonhos. Segundo o Bruno, eu só vivo disso. Ou, mais neles do que na vida real. Enfim...
Preciso assistir Pulp Fiction, Cães de Aluguel e Um Drink no Inferno, pra aula. De novo. Até dia 12.

Assim eu não brinco mais.

quarta-feira, dezembro 04, 2002

Chegar em casa, não tirar a bolsa, ligar pra mais uma imobiliária, tomar um copo de água e sair de novo nos 30 graus. Só não posso correr, senão sangra.
Voltar pra casa, estender a roupa, ligar pra mais uma imobiliária, tomar um copo de água e sair de novo nos 30 graus. Querer encontrar alguém no caminho.
Voltar pra casa, atender o telefone, ir até a rodoviária, comprar passagem, voltar, comprar loiro acobreado, tudo isso nos 30 graus.
"Se tu correr hoje eu te mato."
É, eu também.

terça-feira, dezembro 03, 2002

"Olha, grudou na meia..."
"Que nojento."
"Senta aqui que eu cuido."
"Que estranho... Por que tais sendo tão legal e cuidando de mim?"
"Precisava ter levado ponto."
"Não anda descalça."
"A Sol com uma meia imunda só tá engraçada."
"Eu não sei como esse pessoal anda assim..."
"Eu esqueci meu chinelo."
"Garapaaaa... Tá sangrando de novo!"
"Busca minha coberta?"
"Meu pé tá sangrando, olha ali..."
"Vi uma mancha de sangue no quarto, pensei "a sol"..."
"Também, você não pára quieta."
"Acho que vais ter tétano."
"Como que aconteceu isso?"
"Deita ali e não anda mais."
"Já falei pra você não andar..."
"Ai, que água fria."
"Duas horas e ainda não parou de sangrar."
"Cortei meu pé."
"Não é a primeira vez que cuidas de mim. Obrigada."
"Alguém entende de primeiros socorros?"
"Cadê minha meia?"
"Pega o meu chinelo. Cuida."
"Calma, foi fundo mas não dói tanto assim..."
"Ruiva safada!"
You come from the Night Sky. You're drawn to the stars and planets, and it's no wonder why, you came from them.

Good Day For Dying.

and through my days
I've found some ways
to hide my thoughts
but what's the cost
and if I may leave a trace
just pretend.


Lembrei do dia em que conversei com o meu irmão a respeito de "um bom dia para morrer". Foi naquela segunda-feira em que voltei pra Curitiba. Quando tudo foi bom e bonito e eu vim no ônibus sorrindo. E foi uma das únicas vezes em que o fato de eu estar feliz não me assustava. (Ah, aqui dentro fez sentido...)
Hoje acordei pensando no Pierrot.
E tô vivendo minha fase "will i ever see you again?" Quero manter a calma, dessa vez. Não vou pensar/falar/planejar a respeito. Não conto pra ninguém.
Corri no passeio público, como sempre. Um menino descalço e engraçadinho veio falar comigo. Andamos conversando. Ele tinha metade do meu tamanho e era tão magrinho que quando quis sair, não precisou ir até o portão. Passou entre as grades. Ficou me acompanhando correndo do lado de fora até a esquina.

Eu sou tão menina. Meu tempo passou.

Hoje não tem aula de História do Cinema. Hoje,... Ah, deixa.
I would still hear you.

But you're gonna find someone new.
(I really hope you do
'cause
I love you)
Tell me I'm wrong
But I feel so free
And so small at the same time.


Não consigo mais pensar em nada. Não consigo juntar tudo que eu sou e quero e tenho que fazer numa vida só. E depois só consigo pensar em "you, my only love". Não consigo me concentrar. Me manter acordada na aula. Almoçar. Fazer os trabalhos. Ligar pra todas as imobiliárias. Dizer que "não é ciúme". Olho pras pessoas e não sei se as conheço.
E hoje, finalmente, eu não quero pensar em mais nada. Nem em preços e contas e coisas que tenho que comprar, e muito menos naquele número chato que insiste em existir, formando simples e direto "você nunca vai me ter". Droga.

Ah, e eu também 'sempre vivo as coisas antes de vivê-las'.

segunda-feira, dezembro 02, 2002

Foi só impressão. Não tinha nada aqui.
Cr.

- Vai, termina isso aí que eu quero ir embora porque eu não sei onde quero estar.
- No céu, no mar, no ar?
- Onde quer que eu encontre uma razão.
- Pra ficar?
- No céu, no mar, no ar...

Solange, you're a mess!

De-ver-da-de.
Quando eu ouço alguma coisa eu não presto atenção. Não sei se era isso. Mas é com tudo e sempre assim. Quando eu penso eu não acho nada nunca de ninguém. Quando eu sorrio... Quando eu sorrio? Daí vão me achar estranha e dizer isso. "Por que tá triste, Sol?" Não sei, não. Daí vou abraçar demorado e deitar no colo de uma amiga e quando ver alguém vou dizer pra ele que não. E que não me importa os ciúmes que eu provoco nela, porque acho ela a coisa mais desagradável que eu posso imaginar. Porque não gosto. Porque cuspiria nela. E riria, depois. Porque ele prefere a minha amizade aos beijos dela. Porque, ao contrário dela, eu não sou uma arrogante dissimulada e chata. (...)
Tive um pesadelo. No sonho, o moço simpático e um amigo dele que é muito agradável, estavam sentados no balcão de um bar na rodoviária de Curitiba. Fui lá falar com eles. No caminho, encontrei a Camila, que eu tinha ido buscar lá. Mas continuei indo cumprimentá-los. Ela entenderia, e eu já voltaria. Daí eu ouvi (muitas) vozes sussurradas e agressivas chamando meu nome. Chamando 'sol'. Daí eu gritei, muito alto. Muito assustada, porque estranhamente nada nunca me assustou tanto. Daí eu pensei que tivesse acordada, e ouvi o roommate brigando comigo porque eu tinha gritado alto demais, daí eu acordei de novo. E tava tocando Fiona Apple baixinho e as luzes do aparelho de som tinham um efeito estranho no quarto. Fiquei com medo de dormir de novo. Culpei o sono excessivo. Dormi.
(...)
Ainda tô triste. Já falei das duas coisas que mais me incomodam, eu acho. Mas não passou.
Vou pra Blumenau essa semana. Tá tudo bittersweet demais. Pra tudo que eu olho eu tenho vontade de chorar. Mas eu nunca choro.
Na chácara, um menino tocou Creep e Fake Plastic Trees e No Surprises pra mim. Deitei num colchão na varanda e fiquei olhando as estrelas. Vi amanhecer. Perdi totalmente a noção de tempo. Cortei meu pé e sangrou muito. Mas um amigo cuidou de mim. Depois passou e eu tive insônia, porque não consigo dormir em redes. Então arrumei tudo, enquando o resto do mundo dormia. Algumas pessoas foram muito legais comigo. Em condições normais, eu ficaria feliz. Mas hoje não. Hoje eu prefiro não fingir. Vou pedir um abraço pra minha amiga 'gigante' que reclama da minha instabilidade sempre. Mas ela vai entender. Mas eu também não entendo.

domingo, dezembro 01, 2002

O que se escuta dentro de cogumelos.

"- E você, que tá usando minhas roupas... Eu não sei teu nome.
- Sol.
- Solange. Bom saber."

sexta-feira, novembro 29, 2002




-- primeiro e único. Obrigada, baby :*


"O Elogio da Música Ruim" (starring Marcel Proust).

Era só pra ser o título. Mas eu amo Marcel Proust. Gosto dos títulos dos contos dele. Da forma como ele ama música e as pequenas coisas e do jeito que ele mostra as coisas de um jeito bem diferente. Do modo como ele parece escrever sem se importar com o que vão dizer. Gosto de ler mil vezes tudo que ele escreve. E eu levo o livro dele, "Os Prazeres e Os Dias", pra qualquer lugar que eu vá, geralmente.

"É doce, quando se tem uma mágoa, deitar-se no calor da cama e aí, suprimidos todo esforço e toda resistência, até a cabeça debaixo das cobertas, abandonar-se por completo, gemendo, como os galhos ao vento de outono."


Gosto de "A Eficácia Efêmera do Desgosto"; "Elogio da Música Ruim" e "Presença Real" e "Origem das Lágrimas que Estão nos Amores Passados". Tudo nele é diferente. Leiam.

Mas, era pra ser só o título.

- - -


Ontem saímos. Ficamos um tempo aqui e saímos. Ouvimos coisas ruins e montamos nossa coletânea-trash-anos-90. O veRRRmelho arrumou o violão do Roommate e ficou tocando e ficamos cantando juntos, o que foi legal. Dei um twix grande de aniversário pra ele. O telefone tocou mil oitocentas e trinta e quatro vezes. Acabamos descobrindo, a certa hora, que 'todo mundo' estava num bar comemorando o aniversário dele. Achamos que seria necessária a presença do aniversariante. Fomos. Lá, falou-se muita besteira. Muita, mesmo. Uma menina pegou na minha bunda e esbarrou na cerveja do menino que estava atrás de mim, que acabou totalmente molhado e imundo e querendo fazer strip-tease. Começamos a lembrar músicas dance (Afinal, esse termo aida existe?). Muitas. E rimos, muito. Passarei a tarde gravando um CD que será levado à chácara amanhã. Discutirei, per ICQ, com o veRRRmelho no decorrer da tarde a respeito da seleção. Duvido que ele tenha algo melhor pra fazer durante o super-trabalho dele.
Lá pelas duas da manhã, lembramos que tínhamos aula no dia seguinte. Principalmente nós, as calouras, às sete e meia. (Arght) E havia ainda uma resenha de sociologia a ser feita... Porém, isso acabou tendo que ser esquecido. Passei frio.
Chegamos às duas e meia. O Roommate e o Paulista bêbados ficaram brincando no meu ICQ. Ok, pessoas que receberam mensagens bizarras e/ou grosseiras e/ou sem sentido: sorry. Acabei esquecendo de shut down. Fiz macarrão à bolonhesa pra eles. Dormi.
Consegui ir pra aula, que, estranhamente, foi legal. E era sociologia, ainda por cima. Mas foi legal. A aula, que seria de quatro horas, foi interrompida ao final da primeira aula para que fôssemos a uma palestra. E, como eu durmo, decidi não ir e passei a manhã inteira falando besteira. Lembramos até de Double You. Please Don't Go, que ficou faltando na noite anterior.
Ah, ainda ontem, fui convocada para ser diretora de fotografia/atriz de um filme que será feito para o PUTZ (Prêmio Universitário de Trash Zé do Caixão). Fiquei feliz. Participarei de três filmes, ao todo, creio eu. Será legal, principalmente pelo fato do meu amigo-deus Thom Yorke estar envolvido. E ele é doente e tem as idéias mais bizarras/legais. :) Um outro grupo, de meninas, tem em mente fazer um filme pornô. Assustador.
- Uma menina foi pra aula com uma camiseta da Lain.
Depois de muita besteira falada e ouvida, fomos almoçar no R.U. das Agrárias. Descobri, da maneira mais dolorosa possível, que não é possível pular o muro do campus sem arranhões. Ele é alto. Muito alto. E o que nos faria economizar tempo acabou nos atrasando e arranhando meus braços. Mas tudo bem. Comi o famosíssimo barreado. E é bom, sim. Na saída, comprei Dadinhos com o Tio-das-caloriazinhas.
Na volta, a conversa dos meninos acabou tornando-se "orgânica" demais e eu e a moça-simpática-de-jornalismo (eu sei o nome dela, sim.) fomos andando na frente conversando a respeito da festa da chácara e afins.
E na festa eu vou, sim. E ao mercado mundo mix também.
A festa será legal, quase de certeza. Não há camas suficientes, então serão disputadas no Bingo. Levaremos caixas de papelão para fazer competição de descida-de-bunda-no-morro. Passaremos fome, disso eu sei. Vou rir.
Voltaremos no domingo. Eu, o Roommate e o veRRRmelho iremos ao Mercado Mundo Mix.
Tô ouvindo Reef, que eu deveria odiar, a princípio. Mas me lembra coisas legais.
Então é isso. E eu não ando tendo tanto tempo pra tudo. É provável que eu comece a trabalhar na semana que vem. E hoje me falaram pra deixar meu cabelo vermelho porque, segundo eles, é "muito mais sol". Tá tudo quase rápido demais. E eu gosto assim, porque esqueço...

[N.A.]:
VeRRRmelho é um amigo-que-virou-folgado-e-não-sai-daqui-nunca. Mas é boa pessoa, no fundo. É semi-mineiro, proveninente de uma cidade bizarra e lendária que fica na divisa de São Paulo com Minas Gerais. Me chama de baguazete, compartilhamos Garfield e tardes-ociosas no ICQ. É veterano, bebe demais, fala besteira e está entre os "Top 5" da faculdade, numa lista estranha elaborada pelas meninas-não-eu do meu curso. Tem sotaque e vocabulário estranhos. Trabalha numa agência de publicidade da qual é sócio e tem acessos-de-comportamento-tiozão. Gostamos de The Strokes e odiamos, com força, o Ultraje a Rigor.
Costumamos sair juntos. Eu, Roommate e veRRRmelho. É legal. Eles, aqui.
02:26. O telefone toca.
"- Isso são horas?
- Por que essa agressividade?"

quinta-feira, novembro 28, 2002

...

Ou eu vou ao Mercado Mundo Mix: piercing, pulseiras estilosas, gente legal.
Ou à festa de aniversário do verrrmelho, que começa no sábado ao meio dia e vai até domingo à noite, numa chácara.

Em ambos os casos estarei desacompanhada.

Qual, então?

quarta-feira, novembro 27, 2002

"You are the Girl Next Door. You're the sweet one. The quiet one. The one that he doesn't realize he's got until you're gone."

Deu sim.
E tudo de hoje vai praquele outro lugar.
Oxygen

Ida e volta de hoje ouvindo a melhor coletânea que eu tenho: "Nothing Hurts".
Ontem assistimos Betty Blue na aula de cinema. Hoje, em Teoria de Comunicação, 2001 - Uma Odisséia no Espaço e A Guerra do Fogo. Notei que é isso o que a gente mais faz: assistir filmes. Mas é legal, apesar de desconfortável.
(...)
Depois, todoresto.
Saudades: Danie - cum back :~.
Notei que muitas vezes não adianta tentar. Me sinto uma merda. Me sinto idiota. O.B.R.I.G.A.D.A.
E agora eu odeio, mas eu sei que só existe uma pessoa com quem eu me sentiria bem. Não é Ele. Não. E eu podia/queria/precisava falar tanta coisa que... Não dá. Não agora. Não nessa vida. Não pra essa pessoa. (E isso é ambíguo até dentro de mim.)

Inconstante, EU?!
As sinaleiras quando piscam; as luzes dos prédios que não se apagam à noite; caixas de correio; história do cinema; roupa nova; ligação inesperada; discman; dormir; dormir; dormir; fotos na parede; só fotos na parede; saudade boa; beijo devagar; mãos; não comer; croissant; contra.dições; olhos castanhos; meu-amigo-do-bom-gosto-musical; azul; tubo; expresso; cantina da faculdade; nomes de ruas; pessoas bonitas; olhares que se cruzam; conversas com as meninas; risadas que se perdem; ocupada demais; flores; passeio público; corridas; soleil, o carro; "amo o jeito que você fala"; pesquisa de campo; outros campi; prédio histórico; twix; chácara; vinhada; zines; foto institucional; carona; saudade boa, de vez em quando; ser feliz devagarinho.
ainda

"(...)
- Desculpa.
(...)
- Vais embora agora? (...) Sua estranha."

segunda-feira, novembro 25, 2002

Quatro.

Roubei um beijo. Dele.
Tá, chega... Não quero mais brincar de gostar da pessoa errada.



(Não, não quero gostar da pessoa certa também. Porque sempre acaba. Porque ainda não é hora. Porque exige muito mais do que o que eu tenho. E vai ser eu contra eu mesma. Vou tentar me convencer de que eu prefiro olhar melhor ao meu redor e ver que tem alguém que sempre fala coisas boas ao meu respeito bem perto de mim. E ver que isso não é nada, mas faz bem. Vou parar de sonhar, porque Ele disse pra mim a mesma coisa que eu digo pra todo mundo. E eu sei o que isso significa. Vou parar com isso e voltar pra minha vida que é lá e não aqui. Fazer o que todos fazem; viver exclusivemente pro "próximo fim de semana". Deixar de sonhar com ele. Emagrecer os tão sonhados cinco quilos. Me mudar. Colar fotos na parede-do-quarto-que-não-pega-sol. Mudar a cor do meu cabelo. É, qualquer psicólogo-ou-menos entenderia... Mas me deixa hoje.)

p.s.: e tu, adorei o conselho, mas, por causas que vão além da minha pessoa, vou "me internar num hospício por gostar de sofrer e ser infeliz". Mas eu entendi o teu ponto e concordo. Por isso que "não mais". É o certo, né?

domingo, novembro 24, 2002

Iaiá





se eu peco é na vontade de ter um amor de verdade.
Keep Fishin'

Na sexta-feira, o que deu certo: (1) a entrevista com o Relações Públicas da Volvo - que por sinal foi algo surpreendente. Invejável. - O trabalho ainda teremos que fazer essa semana. A possível transcrição da entrevista, a apresentação, etc. Mas foi bom; (2) o almoço-com-a-minha-mãe-no-meu-restaurante-preferido - onde eu pude até contar com uma agradabilíssima presença na mesa ao lado e os sussurros: "Pode olhar, ela não tá olhando...'"; (3) os problemas resolvidos na imobiliária;
Saímos de Curitiba cinco minutos antes do rush, o que não nos impediu de passar por um engarrafamento nojento na saída da cidade. Mas tudo bem.
Quando cheguei, liguei pra Ele, que então, devido à minha demora, já tinha outra coisa pra fazer. Então eu fiz algo que não fazia há tempos com tanto empenho: dormi. Dormi mais de dez horas. Dormi e não acordei uma única vez. Acho que meu corpo decidiu repor o sono perdido durante o ano todo. Ok, exagero. Mas foi bom.
No sábado acordei depois das dez, morrendo de sono. Fiz algumas coisas. À tarde, fomos pra Joinville comemorar o casamento do meu irmão-zão. Foi legal. Eu, na minha posição de irmã-mais-nova-fodida-financeiramente e meu irmão na posição de sempre-acompanhante-da-irmã-fodida-financeiramente presenteamos o casal com imãs de geladeira. Ok, não eram simples imãs. Eram um 'chat de geladeira'. Ok. Maldito Marketing. Mas a cunhada gostou, e é o que importa. Besides, mamãe acaba compensando no valor do presente 'da família'. Lá, conhe'cemos' a 'outra parte da família'. Encontrei até alguém pra compartilhar o gosto pela fotografia, e me emprestar a super-máquina-invejável e me dar conselhos legais. Achei legal. A família da cunhada é legal. Ela é legal. E minha sobrinha deve nascer, no máximo, em duas semanas. Acontece que toda a festinha-familiar acabou demorando um pouco mais, e eu havia combinado com Ele de ligá-lo às oito. E lá estava eu, sete e meia, em Joinville. Arranjei um jeito de avisá-lo que ligaria nove e meia. E comecei a pressionar um pouco mais pra irmos pra casa. Passamos ainda na casa de uma prima. Pude rever o primo-segundo-de-nome-bonito. Gosto dele. Ensinei números pra ele e ele me disse que vai ganhar uma bateria do pai dele. E ele tem uma baqueta e bate em tudo que vê pela frente. E tem três anos. Então, oito e meia. E a família ainda parada e eu semi-desesperada. Sou neurótica com horários, admito.
Fiquei agonizando atrasada na viagem de volta. Lembrei da viagem de ida, que foi extremamente agradável. Quando eu viajei no banco de trás. Adoro viajar no banco de trás e há tempos não o fazia. Mas lá sentei, descalça, e deitei com a cabeça apoiada no banco pegando sol. Ouvindo música e pensando besteira, como sempre. (...) Então cheguei em casa às noveecinqüenta, aproximadamente. Família já estava apreensiva ao me ver com raiva do mundo, pelos caminhões que andam devagar, a bateria do celular que acaba, as sinaleiras que fecham todas... Murphy, maldito! Liguei. E Ele não estava em casa. Se tivesse ocupado, seria um consolo. Mas não. Ele não estava em casa. Tentei, mil vezes. Ele não estava em casa. Ele não... Droga.
Me dirigi então ao famigerado mundo da inter-nete. Em um minuto, decidi ir pra casa da namorada chorar minhas 'magoas'. E fui. Não levei nada e fui. Fizemos nosso programa-de-solteironas-acima-de-30. Foi legal e ela fez minha maisdoquenecessária massagem. Acabei dormindo lá. Então ela acordou de manhã bem cedo pra ir fazer a provinha-da-Furb. Saenem, como diz minha mãe. Tive sonhos muito muito estranhos. Mas prefiro esquecê-los. Então levamos ela lá e o Sr. Bertoldi me trouxe em casa. Discutimos política.
Chegando em casa peguei o discman e fui caminhar e pensar na vida. Bloco do Eu Sozinho. E saudades que eu tava sentindo desse CD. Mas eu mal saí da minha rua e a pilha acabou. Mas continuei. Depois no meio ele milagrosamente (eu sei, nem tanto) voltou a funcionar. Até A Flor, só.
Vi a ex-sogra de longe.
Pensei Nele e pensei que azar o Dele. Foi um pensamento idiota e passou logo. Mas não sei se vou ligar-e-implorar hoje. Acho que não. É ruim e chato quando as coisas dão errado. Ontem Eu precisava vê-lo. Simples assim. Mas não. E eu não sei onde acaba minha disposição a estar presente só quando for bom pra Ele. Ah, claro, não é assim também. Por isso que eu odeio minha mente desocupada. E Ele lê isso aqui às vezes e às vezes quase sempre eu sei que lendo isso Ele vai saber (mais) como eu sou e gostar menos de mim. Mas Ele sabe que eu gosto Dele e dos olhos castanhos Dele. (Ainda que eu não cante ao telefone por eu odiar a minha voz.) Então eu acho que a minha parte é só essa. E tô divagando.
Ah, e são cinco quilos que eu quero emagrecer. Boa sorte pra mim.

sexta-feira, novembro 22, 2002

Três. :))))))
Uma das coisas já deu certo. Duas delas.

quinta-feira, novembro 21, 2002

Ah, sim. Mais de 4 meses depois, 'atualizei' o Behind My Eyes
Schizophrenia's weighted me down

Amanhã é um dia importante e bom em muitas coisas. Espero que dê tudo certo.
(...)
Apaguei o post-super-otimista daqui. Mas estou muito bem. Estou morrendo de saudades de alguns amigos e amigas. Muito, de verdade.
Tive um sonho bittersweet. Uma mistura estranha de sentimentos. E muito real, ao mesmo tempo. Claro, não vou ser seqüestrada por um cara que pilota mal um bimotor, mas o que eu senti no sonho eu sentiria na vida real. Um pânico misturado a um início de saudade. E o sonho terminou bem, com um abraço de alguém que eu amo muito. Muito. Então acordei e agi estranho. Depois passou.

quarta-feira, novembro 20, 2002

(I`m not gonna) Breakdown

Nada, não. Tá tudo bem.
E eu adoro quando 'me perguntam' (sim, só tu perguntas): "E os olhos castanhos?"
...

É, droga. Eu nunca vou ser tanto assim.
Será que eu queria saber?

terça-feira, novembro 19, 2002

[ do vento forte, do entardecer, e do Teu beijo ]

gosto.
Too much Hollywood - Ou como ser/sobreviver como um alienado:

- Não assista televisão. Filmes são permitidos.
- Não ouça rádio. Prefira CDs/Fitas/Vinis/Mp3.
- Não vá aos compromissos agendados. Depois, diga que esqueceu.
- Não tenha relógios em casa. Se o compromisso for inadiável e com horário marcado, saia de casa quando você "sentir que é hora".
- Confie em si mesmo. Ainda que o resto do mundo não o faça.
- Acredite quando as pessoas disserem que sua camiseta está do avesso.
- Leve sempre consigo um guarda-chuva. Tenha a certeza de que o clima é a única coisa que você não controla. Use esse fato em eventos sociais para contar vantagem.
- Olhe bem para as pessoas ao lado de quem você pára no ônibus. Sinta-se ameaçado. Saiba que aquele olhar que dizer que a pessoa está tramando algo contra você. Mantenha a calma.
- Converse com suas plantas, sempre que possível.
- Dê nome aos computadores que você usa, ainda que não sejam seus.
- Não importe-se com as notícias do mundo. O mundo não se importa com você.
- Tenha certeza de que só você tem problemas.
- Sempre feche os olhos ou olhe para o céu quando as pessoas batem fotos em que você aparece.
- Lembre do nome de bandas do Bangladesh mas não lembre o nome daquela menina que faz parte do seu grupo de trabalho. Não é culpa sua, você só a conhece há um ano.
- Sempre que possível, pergunte às pessoas qual é seu sexo.
- Freqüente pouco o local de trabalho ou a universidade. Você não é bem-vindo.
- Seja bem-humorado apenas uma vez ao mês. Neste dia, pratique esportes, compre presentes, agrade as pessoas com quem você mora. Logo passa.
- Não seja a mesma pessoa na internet que você é no mundo normal. Deixe clara a sua dupla personalidade em conversas com pessoas da aula/trabalho.
- Verifique mais uma vez o seu horário de aula antes de sair de casa. Procure juntar os livros certos aos errados que estão em sua bolsa.
- No campeonato inter-cursos da universidade, inscreva-se em todos os esportes. Viaje na semana em que ele acontece.
- Prefira sempre andar olhando para o chão.

segunda-feira, novembro 18, 2002

!

Depois de muitas manifestações do além querendo impedir, finalmente tudo certo: A Chris, vulgo mermaid tem seu blog.
Agora posso agradecer (com link) pela flor-chamada-Olívia que eu ganhei dela e que me fez sorrir um pouco mais ;)

Então, Obrigada :-*
Digam o que quiserem. Mas eu amo o verão.

domingo, novembro 17, 2002

Diferente.

Na mesa ao lado do monitor e do teclado, estão as fotos. Coloquei um monte de coisa em cima pra esquecer. Pra não pensar. Pra não ter certeza de que ele é lindo e tem alguém. Pra não me dar nem uma chance mínima de gostar. Não, não, não... Mas passa fácil. É algo fácil de controlar. É 'nada'... É falta de ter alguém, só isso.
E tem Ele que é de quem eu gosto mais. Mas é tudo enrolado e complicado demais. E eu ensaio mil vezes dizer "tudo ou nada" mas simplesmente não consigo. Não tenho essa coragem de pedir tão descaradamente que Ele me abandone de vez. E nem sei se é o que eu queria. Não sei se basta pra mim essa atenção mínima e dissimulada e parcial. Às vezes eu queria dizer pra Ele que tudo que eu quero Dele é carinho. Que não é tão difícil assim. Que o fato de Ele ser complicado assim me machuca. Que eu já passei por isso antes e não quero e não posso. E basta alguém que me abrace e que queira estar comigo. Que bastaria que Ele fosse assim.
Mas isso eu nunca consigo dizer. Sou uma fraca.
Lá fora tem gente gritando. Deve ser por causa do futebol. Eu deveria, mas não como. E continuo doente. E li umas coisas e tive raiva porque as pessoas são e não são sempre as mesmas. Não sei nem como eu queria que funcionasse. Mas não assim.
Me pergunto se algum dia alguém vai reparar que meus dentes são muito pequenos e vai gostar disso.
Olhando pra esquerda, algumas coisas minhas: meu coelho, na estante, ali em cima, junto com os meus perfumes e meu aparelho de som. Na mesa, um nariz de palhaço (nem me perguntem), uma pomada pra queimaduras, uma conta de telefone, um porta-cds, minha agenda de telefones, um par de brincos em cima da agenda, um dicionário, Pavement - Brighten The Corners, o Hatful of Hollow dentro da caixa do Magical Mystery Tour, embaixo do Galaxie 500 - the portable. Em cima, a caixa do The Smiths - The Queen is Dead. O CD está dentro do aparelho de som. Acho que é um dos três CDs que eu mais gosto. Talvez o melhor. Aliás, de fato o melhor. Ganhei ele.
Do outro lado, minha bolsa no lugar do teclado do meu irmão. Flores em cima do galão de água. Flowers in the Window. Meu chapéu. Meu pato. Uma lupa. Uma lata de gás butano. Duas jaquetas minhas. Meus tênis azuis. Meus tênis vermelhos. Preciso de tênis novos. Vitamina C Efervescente. Vou tomar daqui a pouco.
Há, colado no monitor, um adesivo da Top Melon. Veio num melão que eu comprei. Naquele melão. Em cima do monitor uma caneta que não deve funcionar, um bilhetinho-propaganda de um churrasco, um calendário, uma válvula.
Não há recados novos na secretária. 34. Velhos, deviam ser apagados. Não vejo o telefone daqui. Não sei onde ele está.
Sonhei que me perseguiam. Sonhei que fugi e que foi necessária muita vontade. Durante a fuga, no sonho, eu ainda pensei que era ruim ter cabelos vermelhos. Era mais fácil que eles me vissem assim.
Não estou ouvindo nada. Nenhuma música.
Vou ensaiar de novo pra falar pra Ele que não agüento mais. Talvez Ele até pergunte a respeito de algo que eu disse ontem. Não sei. Mas sei que não vou conseguir e não sei se quero. Mas passa. Não estou mais me lembrando de como é ser eu mesma. Então sou isso: confusa, quieta, calma, bem. Vago. Sou um barulho nervoso de flauta que ninguém sabe de onde vem. Desses que se ouve em tardes cinzas.
Acordei com uma música que eu gosto. Tive medo de que alguém tivesse entrado no quarto.

sábado, novembro 16, 2002

IN'Perfeito



Cada vez que meu corpo
foge da tua imagem,
distancio o risco da perfeição e torno-me mais humano.


(bonito demais pra caber em qualquer lugar)

-- obrigada :-* --


Uma das coisas das quais eu mais gosto é de olhar pela janela daqui. Principalmente quando está nublado e é primavera e há vento e as árvores do passeio público balançam. Gosto também de quando o vento derruba as flores das árvores quando estou passando embaixo delas. Gosto de ver as pessoas deitadas na grama do passeio. Gosto dos casais de namorados que se escondem nos cantos. De quando os homens passam a mão nos peitos das mulheres porque pensam que ninguém está vendo. Dos casais com mais de 30. Gosto de ouvir as conversas ao meu lado quando estou almoçando. De ver o que as pessoas compram no supermercado. De imaginar a vida das caixas do supermercado. Gosto da Moysés Marcondes, uma rua pela qual caminho quando vou pra aula. Gosto de ver os bolos todo dia na mesma confeitaria. Gosto de ver as pessoas correndo quando começa a chover. Gosto das coisas que essa pessoa escreve. Gosto de comprar coisas pequenas: Tic-tacs pro cabelo ou um par de brinco desses que se compra na rua. Gosto de ver pessoas canhotas escrevendo. Gosto de ficar sentada com um Discman no meio de uma praça de alimentação. Gosto do meu restaurante preferido porque lá é calmo. E pessoas que não se conhecem sentam juntas. Gosto do suco sem açúcar e gosto dele por ser vegetariano. Gosto da maneira como a temperatura exerce influência sobre o galão dé água. Gosto de como as pessoas são diferentes aos finais de semana. Gosto de Sessão da Tarde. E de quando chove e faz sol ao mesmo tempo. Triste e bem. Sabe?
A box full of Letters

"Colocou sua mochila e não almoçou. Não sentia fome tão facilmente. Seguiu pro seu quarto onde se encontrava tudo que a menina precisava, papéis, livros, músicas e canetas. Seu quarto azul e suas cinqüenta e oito estrelas eram seu maior tesouro. Poderia viver pra sempre naquele espaço. Gostava de deitar no telhado embaixo de sua janela e ver a lua. Uma das coisas que mais fascinava a menina eram noites estreladas. Gostava de olhar e não pensar em nada. Só olhar e ver o tempo passar. Um dos jeitos que desejava morrer era assim. Olhando o céu."

"the most beautiful thing i know" ;-*

quinta-feira, novembro 14, 2002

Love in The Afternoon

Sonhei com uma velha do guarda-chuva na versão curitibana que abriu pra dentro a porta da cabine telefônica que abria pra fora bateu com a porta bem forte na minha cabeça quando eu saí me perguntou onde ela guarda as cervejas eu expliquei pra ela que naquele armário ali era mais frio ela ficou feliz e me pediu um gole de vinho eu dei o vinho e dei dois copos e ela colocou gelo no vinho e eu tomei um gole então ela disse que eu era uma "feminista do caralho" e eu falei que não era feminista e que me considerava o contrário disso pensei que uma menina que dá bebidas e é gentil não é necessariamente uma feminista e notei que ela tinha bigode vi então uma caminhonete passando onde tocava bem alto "feeling good" do Muse e não havia o detestável efeito doppler em cima da caminhonete havia uma moça loira de cabelo curtinho e calça jeans e blusa regata branca parecia até alguém que eu conheço e ela tava sentada em cima de um monte (mas um monte mesmo) de engradados de Brahma daí eu acordei porque o vizinho com quem eu vou morar veio trazer o CD que o meu amigo que tem muito azar havia me emprestado. Não usei pontuação.

quarta-feira, novembro 13, 2002

2

These things I found. This girl. These signs. These days are going right. These days. These nights. These things almost make me smile. These walks. This town. These things I found. This girl, she's alright. These days. These nights. These things almost make me smile. Seinfeld. EQ. New York. That too. South Park. Space Man. This girl is my friend. These things almost make me smile.

É, Looper.
E Souvenir e Badly Drawn Boy e Flexa Lyndo e Eskobar (a mais linda) e Air e Muse e Radiohead e Suede e Videohits e Los Hermanos e Jeremy Enigk e Rivers Cuomo e Luna e um pouco de Coldplay e Massive Attack e Nada Surf. Meus dias.

terça-feira, novembro 12, 2002

Someone New

Era com o Gabriel que eu tava falando esses dias, a respeito de "mudar". E notei que eu mudei de forma estranha. Voltei a ser um pouco o que eu era pra evoluir. Ah, soa estranhíssimo, eu sei. Mas me vi andando calma, pensando calma, sendo calma. Sem me importar com muita coisa mais. Introspectiva demais. Quieta demais. Azul demais. E é bom, demais.
É bom quando eu me iludo com a possibilidade de não precisar de ninguém. E, ao mesmo tempo, olhar pra algum amigo e dizer que preciso de um abraço, mais que tudo. É bom quando eu não me machuco pra estar do lado de quem eu gosto. Quando eu não me ignoro pra fazer com que dê certo. Quando eu não tenho (tanta) vergonha de ser eu mesma. Com todos os erros que eu possa cometer, com todas as palavras erradas que eu possa dizer,... Mas também com a alegria quase boba que eu sinto em estar com quem eu me importo. Em poder ter ao meu lado as melhores pessoas do mundo. Em poder sorrir de besteira. Fazer besteira. Fazer coisas sem sentido. - Ou que tenham um sentido só nosso. - Como muita coisa mais.
Ah, algumas coisas só se vive aqui dentro... Mas é bom, mesmo assim, ser otimista demais.
Eu, desculpa.

E obrigada.

segunda-feira, novembro 11, 2002

Meu e-mail não existe mais.
The Shining

Faith pours from your walls, drowning your calls
I've tried to hear, you're not near
Remembering when I saw your face
Shining my way, pure timing
Now I've fallen in deep, slow silent sleep
it's killing me, I'm dying

To put a bit of sunshine in your life

Soleil all over you, warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun

Now this slick fallen rift came like a gift
your body moves ever nearer
And you will dry this tear
Now that we're here, and greave for me, not history
But now I'm dry of thoughts, wait for the rain
Then it's replaced, sun setting

And suddenly we're in love with everything

Soleil all over you, warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun

sábado, novembro 09, 2002

Lógica

Sai mais do que entra, sabe?
De novo:

Eu nunca mais quero beber.

sexta-feira, novembro 08, 2002

Daí os Correios responderam meu e-mail de "cadê os documentos que eu mandei?"

"Senhor(a) Cliente:

As buscas estão sendo efetuadas pela nossa Gerência de Inspeção do Paraná. Esclarecemos que o prazo previsto de apuração é de até 120 (cento e vinte) dias, conforme o disposto em acordo internacional firmado no âmbito da União Postal Universal.

Atenciosamente,

Central de Atendimento aos Clientes dos Correios"

Ahm. Ok, então. Tudo bem. Claro que eu posso ficar seis meses sem receber minha pensão. Acontece, né... Que culpa eles têm se perderam os documentos que garantiriam minha sobrevivência? Não posso ser tão má assim e exigir que algo funcione quando eu pago pelo serviço.

(...)

MALDITOS!
Ele não é ele.

Solange, reprovada em bom-senso.
Thanks for Asking

"Easy living, easy hold
Easy teething, easy fold
Easy listening, easy love
Easy answers to easy questions
Easy tumble, easy doll
Easy rumble, easy fall
I get up on easy love
I get up on easy questions"


Coke Baby, eu?

Cansada, só isso. Não querendo sentir ciúmes de quem eu sinto. (Sim, eu, que não sinto ciúmes. Mas Ele me mata. Foolish.) E agora eu pensei que, ainda que sendo assim, ainda que não sendo nada, é melhor Ele. Ainda que eu não saiba nem a cor dos olhos dele. Ele não é uma pessoa doente. Não muito. Ele não carrega consigo dirty tricks and twisted games to play on me. Ainda que volte tudo toda vez que vejo ou lembro daqueles malditos olhos castanhos.
Porque... "cansada". Cansada de pessoas que me levem a limites absurdos de tolerância. Cansada de cada simples diálogo ser um desafio. Cansada dos joguinhos que ele precisa jogar por causa dessa maldita insegurança. Cansada de ele não acreditar em mim e não me fazer acreditar em nada. Cansada de ele me perguntar todo dia se eu já esqueci ele só pra me fazer lembrar que não. É, eu não acredito naqueles olhos. E, quando acredito, sei que é ainda pior. Get out of my head.
Quero me mudar até final-de-semana que vem. Acho que isso é meio utópico, mas enfim... Minha mãe anda providenciando alguns documentos para ser a fiadora. E dia 22 ela vem pra cá trazer meu colchão e nos buscar pra ir pra Blumenau. Então, sim, eu vou. Vou mas dia 23 vou pra Joinville comemorar o casamento do meu irmão. Depois volto pra Blumenau só pra ir até a rodoviária e antes disso ser fraca o bastante pra ligar. Odeio quando ligo. Vou dizer que liguei só pra perguntar se está tudo bem. Vou ser uma idiota.
Tá, mas eu tô bem. Chega. Bad Hair Day. Ou, bad hair life, como diria a Luka.

quinta-feira, novembro 07, 2002

Master-fun



Colete da Punky com Bottom "I luv Glomer": R$ 3,50
Camiseta Vermelha da Punky: R$ 2,00
Faixa sanfonada para perna da Punky: R$ 1,50
Entrada da Festa: R$ 1,00
Tequila Jose Cuervo (Dose): R$ 3,50

Usar um tênis diferente do outro diante de toda a faculdade ou mudar de idéia a respeito da fantasia em cima da hora sem se arrepender pelos gastos em brechós: Não tem preço.

quarta-feira, novembro 06, 2002



what does it take to turn you on?
Eu ía dizer que, estranhamente, uma pessoa veio falar comigo no mirque sem segundas intenções. Mas não deu tempo. Quando abriu a página do blogger já era tarde demais. Lá tá ele, que começou a falar sobre filmes, falando que gosta de filme pornô e de uma garota pra vê-los com ele. C'mon, são onze da manhã!
Meu Deus, o cara é doente. "Adoro, adoro, adoro... Toda semana alugo um." Tá:

[11:24] [betto] eu tambem gosto de sites pornos ..
[11:24] [betto] so meio viciado nisso .. hehehe
[11:25] [sol] ahm
[11:25] [sol] isso faz de ti uma pessoa que prefere a masturbação ao sexo propriamente dito?
[11:25] [betto] talvez nao seje normal .. mas sei la ..
[11:25] [betto] hmmmm nao necessariamente ..
[11:26] [betto] adoro masturbacao, mas sexo mais ainda ..
[11:27] [betto] e vc ??
[11:27] [betto] vai dizer que nao gosta de se tocar !?
[11:27] [sol] não.
[11:28] [betto] aé .. meu .. duvido ...
[11:28] [betto] quem nao gosta ???
[11:28] [sol] eu?
[11:28] [betto] poxa .. mas que estranho
[11:28] [betto] entao provavel que nao goste de calcinhas cavadinhas ?
[11:29] [sol] ...
[11:29] [betto] ahm ?
[11:29] [sol] não existe relação entre os fatos
[11:29] [betto] meu, eu adoro ver mulheres assim ...
[11:29] [sol] eu também adoro ver.
[11:30] [betto] entao .. vc usa esse tipo de calcinha ?
[11:30] [betto] mulheres de calcinhas cavadinhas ?
[11:31] [sol] aham
[11:31] [betto] serio ?
[11:31] [betto] hmmmmm
[11:31] [betto] e assim oh ..
[11:31] [betto] tu raspa a tua vagina ?
[11:32] [sol] minha irmã raspa pra mim
[11:32] [sol] preciso sair, tirar o meu cachorro do forno
[11:33] [sol] já deve estar seco

Tudo isso porque antes de usar o nick 'sol' eu entrei com o meu nome. Porra, mãe, eu disse! Viu?
Droga, minha teoria dos números de ICQ tá furada.
(...)
Mas, ninguém acha Radiohead uma banda ruim.
Acham Belle and Sebastian ruim. Acham Pato Fu ruim. Acham Mercury Rev ruim e até The Smiths, há quem ache ruim.
Mas eu nunca ouvi de ninguém que Radiohead é ruim.
Sou a pessoa mais comum do mundo. Ninguém acha a minha banda preferida ruim. Indie my ass!
There, There

Vou continuar minhas reflexões sobre ninguém achar Radiohead uma banda ruim e sobre a complexidade dos números de ICQ.

terça-feira, novembro 05, 2002

Eu não vim aqui
pra entender
ou explicar
Nem pedir nada pra mim
Não quero nada pra mim
Eu vim pelo que sei
e pelo que sei,
você gosta de mim
É por isso que vim
Eu não quero cantar
pra ninguém a canção
que eu fiz pra você
Que eu guardei pra você,
pra voce não esquecer
que tem um coração
que é seu
Tudo mais que eu tenho,
tenho tempo de sobra
Tenho um jogo de botão,
E tenho essa canção


De novo, obrigada você, por essa. Agora tudo que eu queria era ouvir só Pato Fu e Massive Attack com Protection. Quero que seja só minha. Porque é 'eu' demais.
Ah, e tudo ótimo. :]
Claro. Podia ser diferente?
"Entre as principais críticas que se fazem aos profissionais da área (RP) estão:
1. Picareta, isto é, enganador, pessoa que não produz nada de útil.
2. Superficial, despreparado, vazio de idéias.
3. Festeiro, oba-oba, pessoa que vive em ambientes de gente fútil.
4. Intermediador de coisas estranhas: influência, empregos, mulher, etc.
5. Instrumento de dominação do sistema capitalista.
6. Produto típico da sociedade de consumo.
7. Não tem valor agregado."

(Roberto de Castro Neves, em Imagem Empresarial)

Eu amo meu curso. E ponto.

Hoje, durante a aula, tive que responder inúmeras vezes à mesma pergunta "Sol, o que você tem?" e suas infinitas variantes: "Aconteceu alguma coisa?", "Tá tudo certo?" et al. O mais estranho é que, pelo contrário do que minha expressão deve estar demonstrando, acordei até um pouco melhor hoje. E (...). Hoje tenho aula de história do cinema. Mas não lembro qual é o filme. Mas dormi um pouco durante a tarde pra não dormir durante o filme. Tá bem frio. E eu só uso roupas azuis, Gota de Sangue. O cabelo que é vermelho... :]
Plug-In

Se eu te dissesse o que eu sinto, eu acharia que minha parte está feita. Acharia errado. Acharia que só porque consegui resolver algo na minha cabeça, o resto do mundo também teria se resolvido. Acharia simples. E se tu não me quisesses, eu ainda arranjaria um modo de te culpar. É, sim. E todo mundo já passou por isso antes. Eu mesma tinha me esquecido que não era assim que funcionava. Então eu nem ao menos disse, mas sei que se dissesse seria ainda pior. Sei que não valeria a pena o risco do orgulho ferido por tão pouco. E sei que, se eu dissesse e não fosse, eu faria disso algo nobre. Me faria acreditar que eu sou a pessoa mais corajosa do mundo e que, tu não sabes, mas nascemos um pro outro.
Sempre espera-se algo em troca. Ainda que talvez o grande problema sejam palavras, a gente espera que elas nos tragam algo. A gente pensa tanto no problema que é "dizer" que acaba achando que esse é o mais importante.
"Mas agora que eu disse, tá tudo bem." - Daí a gente se senta na escada do prédio e fica esperando que ele(a) corra pros nossos braços e traga junto um turbilhão de emoções e uma vida linda. A gente parece esquecer o quão rara é a reciprocidade de sentimentos. E o quanto isso é bom, pra que a gente não se perca tão facilmente. Pra que, quando for, seja. Para que as pessoas se apaixonem juntas. Pra que se machuquem menos. Pra que elas saibam, ao mesmo tempo, o quanto um corpo precisa do outro. Pra ser simples e pronto. Pra que o gosto pelo incerto não seja sempre uma desculpa pra corações machucados e orgulhos feridos. Pra que seja sempre melhor saber ao certo. É...

Eu vim pelo que sei
e pelo que sei,
você gosta de mim
É por isso que vim.
Answerphone, literalmente.

Obrigada, tá? Mas, muito.
Aliás, eu dormi. E não controlei meus sonhos, mas dormi.
E o melhor de tudo é que tu (ainda, sempre) és tu.

segunda-feira, novembro 04, 2002

Hahaha, ok Danie. A recíproca existe, Queen of the troubled teens. Mas eu não quero mais ser complicada.
Eu tenho um problema. E ele tem nome e os olhos castanhos mais lindos que eu já vi. (E eu teria que implorar pra ele não se reconstruir em mim quando ele bem entender)
Mas é. My Insatiable One.
"Tem, mas acabou." - ou Roubos.

Quando alguém faz de sua seção "life and love sucks" a "seção solange" deve-se refletir a respeito. Sim, farei isso. Mais.
Enquanto isso, tenho que pensar numa fantasia até sexta, pra que eu não acabe indo de Lola, que foi o que me indicaram. (Sim, posso falar alemão e sair correndo. Não é ótimo?) É, teremos a tal festa. E alguém teve a imoralidade de organizá-la no R.U..
Estou (de novo, e daí?) cansada de ser eu. Também odeio algumas pessoas. E assumo. Te odeio e te fode também. Talvez a reciprocidade te console.
Bitter hoje. Mas é um ódio bem adaptável-e-sincero, então tudo bem. Talvez passe se eu colocar fogo em algumas coisas.
A aula não teve e alguém sorriu ao me ver e me disseram que eu fico ótima de vermelho.

Não quero mais.
Sim, sou eu ainda.
Ele.

Deu pra entender?



(originalmente em mamãe.eu.quero)

domingo, novembro 03, 2002

Why Are You So Mean To Me?

Nada Surf E lembranças lindas de quem me mostrou isso.
Mas estou bem. Como eu te disse, é bom manter o coração ocupado.
Cheguei bem. Pena que o cara ao meu lado roncava. Pensei que, de agora em diante, só quero assistir musicais :-P (Mas é uma longa história.)

A respeito do conto-everlasting-meio-biográfico que tá sendo escrito num caderno velho, trata-se de algo que eu venho escrevendo no decorrer do tempo. Uma história com dois lados. Pra que ele seja um pouco auto-biográfico, um dos lados sou eu. O outro... ahm. Há certa linha temporal a ser seguida, o que torna-o interessante. E eu me diverti durante alguns momentos me perguntando como que estava vivendo a outra parte da minha história. E é isso que eu faço. Falo o que acontece comigo e imagino o que está acontecendo com Ele. Estou gostando um pouco do tom auto-piedoso que ele adquiriu. Mas estou tentando evitar um pouco que isso ocorra, caso algum dia alguém-que-não-eu o leia. Pensarei a respeito.

Mas amanhã cedo eu tenho aula. Antes disso, espero de novo ter um sonho lindo. Stop whispering.
The Beautiful Ones

Todas, todas as minhas festas no porão são surreais. Essa não poderia deixar de ser. Legal, ainda assim.
São cinco e cinqüenta e seis aqui no relógio. Creio que o horário de verão não tenha sido ajustado ainda. Então, não sei. As últimas pessoas foram embora há uns quinze minutos. Foi estranho. Conheci uma pessoa muito interessante e bonita. Cantei muito. Recebi pessoas muito queridas na minha casa. Cozinhei, como sempre. Me diverti. Pulei bastante. Sorri. Sorri. Sorri. Pensei em ligar pra Ele, mas isso acabou não sendo possível. Culpei ele por estar "virada numa bicha". Conversei com um taxista. Bebi bastante. Sorri. E cantei Boys Don`t Cry e Hash Pipe e Basket Case e a pessoa bonita cantou e dançou comigo.
Depois disso, a certa hora da madrugada, João Biel apareceu pra me entregar uma foto. Entregou a nossa foto da formatura e foi embora. Mas isso é muito ele. E me faz sorrir. E agora tô aqui olhando pra foto. E ele é lindo. E lembro muito bem desse dia. E agora, se eu não tivesse muito cansada, e não fosse tão claro eu estaria rindo porque a pessoa bonita e interessante falou que queria casar comigo.
Droga, estou sincera demais.
E eu sei que isso já foi dito antes, mas preciso dormir.

sábado, novembro 02, 2002

Fiquei com o teu gosto ruim na boca. Gosto ruim de não te ter. E tanta coisa mais.

Mas tudo bem, nada importa. Porque hoje tem festa no porão. Pronto. Mas é, tu não vais estar aqui. Então te fode. (E isso terá que ser incluso no conto-everlasting-meio-biográfico que tá sendo escrito num caderno velho. Claro que vai.)

sexta-feira, novembro 01, 2002

Não deixem de ver o layout-halloween do Blogger. Incrível.




(Sim, porra. Óbvio que tô sendo irônica!)
Blind

Hoje assisti, pela primeira vez, Contos Proibidos do Marques de Sade. Lembro da época de lançamento do filme e que quis muito vê-lo. Mas na época minha mente ocupava-se demais com outras coisas. Então hoje pude assistir o filme, na comodidade do meu sofá azul e, melhor, gratuitamente.
Enfim, amei. O final não foi usualmente feliz, mas amei. Não queria ter estado em casa, mas amei.
Mas não posso deixar de admitir que, mais agradável do que o filme em si, é o ator que desempenha o papel do abade. Joaquin Phoenix está de parabéns. E eu poderia falar muito mais deste ser dotado de uma beleza absurda, o que seria bastante chato. Vou deixar que os fatos falem por si.
Então:



Ah, sim, mas o filme seria bom sem ele, também. Mas é animador, já que eu não costumo dar tanta importância a "esse tipo de coisa". (Leia-se pessoas feitas em laboratório que têm como finalidade ser bonitas).
Tá, preciso dormir.

quinta-feira, outubro 31, 2002

Hoje parei, no meio da rua, pra repousar meu olhar sobre uma das coisas mais "graciosas", interessantes e agradáveis que meus olhos conhecem: ele. Eleminúsculo.

E agora tô fazendo uma lista prum CD. Muito boa. Não quero que isso passe.
Porque eu vou ser tia. Ah, vai ser tão legal.

"- Tia, como que é...?
- O quê?
- Ahm... amar.
- Ah, é uma merda.
- Por que as pessoas amam então?
- Porque são burras, não sei...
- Mas você não é burra.
- Eu sei. Mas bom, digamos que amar seja querer que todo mundo de cuecas se pareça com ele de cuecas.
- Ui, por que alguém iria querer isso?
- Porque o mundo não é legal.
- Hm. Não sei se entendi. Amar não parece isso.
- Posso soar complicada?
- Aham.
- Então... Amar alguém é ruim porque a gente idealiza. Porque quer que seja tudo perfeito como foi.
- Por que você tá falando de passado?
- Porque começo a acreditar que o amor de verdade sempre passa. E depois é tudo besteira.
- Pessimista.
- Realista. Mas isso não é ruim. Acho bonito.
- Bonito sofrer pelo passado?
- É, de certa forma. Não exatamente isso. Mas é bom acreditar que um dia eu tive lá. Que um dia fui a pessoa mais feliz do mundo. Mais feliz do que todo o resto, sabe?
- Ahm. E por que acabou?
- Porque sempre acaba.
- Ele ficou triste?
- Não, ele já tava acostumado.
- Mas como?
- Ah, isso eu nunca vou entender.
- Tu não acha ruim ele não ter ficado triste?
- Não. Era de se esperar. Sabe, pessoas são diferentes umas das outras. Eu já ocupei o lugar dele e...
- Ele já ocupou o teu?
- Não. Acho que ainda não. Mas ainda vai ocupar. Por isso que é uma merda. É um revezamento estranho de sofrer e fazer sofrer.
- Então meu pai e minha mãe se fazem sofrer ou eles não se amam?
- Eles se fazem sofrer. Bem pouco, mas fazem. Mas não conta isso pra eles, eles podem não ter percebido ainda. E é melhor assim.
- Hm, sei. Não quero amar.
- Nem eu.
"

Mas daí aparece alguém que te faz sorrir. Alguém que é tua insônia. Alguém de quem teu corpo precisa. Alguém que te faz engolir o teu pseudo-orgulho e que nunca sabe o que te dizer. Daí tu esquece tudo que tu já aprendeu e erra de novo. Tudo bem, podes fazer isso também. Mas só quando tu fores mais velha.

Vou ensinar coisas da vida pra ela. Ensinar ela a cozinhar. Falar que homens não prestam e mulheres menos ainda. Chorar no colo dela, quando ela estiver deitada no meu. Mimar ela até meu irmão e minha cunhada me odiarem. Pintar o cabelo dela de vermelho e fazê-la ouvir Radiohead. (E espero que meu irmão não leia (mais) o meu blog.) Ou: Desculpa, sabes que é inevitável :-P
Gosto de quando o Spiritualized canta:
"All i want in life is a little bit of love just to take the pain away".

E tá. Tá tudo inteiro ainda. Mas não brinca muito porque pode cair e quebrar. Daí eu quero ver quem vai pagar, porque o meu estoque acabou.

(E sabe, tem muita coisa que é sensível demais. Só tu que não percebesse, ainda.)

quarta-feira, outubro 30, 2002

Float in space and drift in life. (ou Velvet Divorce ou Eu gosto de ti mesmo assim)

(- Vamos fugir hoje?
- Tá bom, menina. Pra onde?
- Pro espaço.
(Ri)
- Tô falando sério.
(Me beija)
- Quero ir pra lá. Daí bebemos bastante. E ninguém precisa dirigir.
(Me abraça e pergunta:)
- E o que mais?
- Daí eu te amo por toda minha vida e o tempo todo.
- Parece legal, mas...
(Te beijo)
- Bom, vamos então.
- Fecha os olhos.
- Ahm?
- Fecha os olhos.
- Tá bom. (...) Que que é isso que tá tocando?
- Massive Attack. Não olha.
- E...? Hahaha, eu devia saber...
- Você devia saber de muito mais que isso.
- Isso foi poético.
- Desculpa.
(Me beija)
- Era isso que eu queria. Senti tua falta.
(Sorrimos)
#)

terça-feira, outubro 29, 2002

De "I need a little love to ease the pain":



yet...
Inertia Creeps

18:55, diz o relógio no micro. Mas eu nem acredito nele tanto assim. "Aconteceu" muita coisa hoje, dentro.
De bom: fui ao centro, saquei dinheiro pra comprar minha passagem de volta. (In)Felizmente, eu tinha que passar na frente da Bebop pra chegar até o local onde eu compraria minha passagem. Entrei, como sempre. Perguntei por CDs do Radiohead, como sempre. Segui com o ritual passando os olhos por todos os CDs usados, um a um, no balcão de vidro. Me chamou a atenção um nome desconhecido de álbum do Foo Fighters. Ainda assim, continuei. Acabei fixando meus olhos no Mezzanine, do Massive Attack. Decidi comprá-lo. Antes de pagar, ainda perguntei a respeito do CD do Foo Fighters. Fui muito feliz nisso. Tratava-se de um single "Stacked Actors", que além da música-título (Diferente de tudo que eu já ouvi da banda, por sinal. Quase me sinto enganada :-P O desconhecimento a respeito da mesma provavelmente deve-se ao fato de esta ser proveniente de uma fase da banda pouco conhecida pela minha pessoa.) inclui mais duas faixas acústicas, lindíssimas: "Ain`t it the Life" e "Floaty". Pois bem. O melhor de tudo é que, desculpem, mas só eu tenho esse CD, ao menos em meio ao meu círculo social, acredito. O CD é importado da Austrália. E o legal é que a intenção da maneira como está disposta a contracapa (não há capa) e o adesivo "made in australia" levam a uma abertura contrária da caixa. Muito bonito até graficamente, por sinal. Tudo isso pela bagatela de 30 reais. Fiquei feliz e não sobrou dinheiro pra comprar minha passagem. Antes disso, comprei chocolate meio-amargo.
Vim andando na chuva, e lembrei do dia em que ela disse que eu sou linda andando na chuva. E eu amo ela, também. :]
Mas, andando na chuva, também pensei. E tive vontade de chorar e notei que isso vem acontecendo o tempo todo. Mas "mudei de assunto". Dei carona pra um desconhecido no guarda-chuva. Ele sorriu. No ônibus, vi pessoas muito bonitas. E, no caso de uma delas, a admiração parece ter sido mútua. Meus olhos nunca se cruzaram com um olhar tão lindo. E fiquei com vergonha e ele ficou me olhando. E mesmo assim, me senti miserável. Me senti Lain. Me senti Chihiro sem Haku. Me senti um personagem qualquer de anime sem um amor pra viver. Vazia, bastante. Usei a aliaça do meu primeiro namoro. Vi o teu carro passando e te levando dentro e levando tudo. Me levando, me perdendo nos meus pensamentos nostálgicos demais. Pensei em outra coisa. Pensei em dizer isso tudo pra Ele. Pensei em psicólogo. Em nada. No meu CD do The Posies. E no nosso último beijo.
sometimes i still feel the bruise

Daí ele me mostrou a tatuagem dele. Linda. E eu ri e achei ele bobo demais. E falei que aquela idéia era minha. E ele, de fato, se desculpou. Me pagou uma cerveja. Menti que não bebo mais. Pedi pra ele me levar pra casa.
Percebi, numa das curvas estranhas do caminho da minha casa, que ele estava feliz. Que ele gostava do meu silêncio e se preocupava em falar o tempo todo pra que eu não me sentisse mal. E eu sorri calma, algumas vezes, sem ouvir uma palavra do que ele dizia. Achando tudo aquilo louco e estranho demais. Lembrando todas as vezes em que eu jurei que nunca mais veria ele. E como ele não tinha mudado. E eu temia que ele mudasse. Que quando eu o encontrasse ele não tivesse mais aquele sorriso e aquelas covinhas. Temia que ele tivesse mudado o cabelo e não usasse mais camisetas vermelhas. Mas era bom vê-lo assim. Com uma tatuagem a mais e mais histórias pra contar. Me contando das vezes que lembrara de mim. Lúcido. Me falando das bandas dele, que eu já conhecia. Parando o carro pra trocar a fita e dizer "Tens que ouvir isso. Vais gostar." E ser uma banda que eu adoro. E eu fingir não conhecer. Então ele falava da "prima-da-namorada-do-guitarrista-que-tinha-feito-intercâmbio" que ele tinha conhecido, achando isso a coisa mais importante do mundo. E eu ri.
Ainda me contou dos vinte melhores shows que aconteceriam naquele mês e entrou pra tomar um copo de água. E foi olhar o quadro que ele mais gostava da minha casa. Aquele cuja paisagem eu tinha prometido pra ele que ainda conheceríamos. E ele riu, cobrando minha promessa. E, por dentro, naquele momento eu largaria tudo pra ir com ele. Tentaria beijá-lo e ele diria que não é certo. A namorada dele ligaria perguntando onde ele está e ele teria que inventar uma desculpa porque ela sempre me odiou. E ele me consolaria, desnecessariamente. Mas por orgulho e por lógica, eu não o fiz. E ele olhou pra uma foto e perguntou se era meu namorado. Respondi que sim, sorrindo. O celular dele tocou e ele inventou uma desculpa porque a namorada dele sempre me odiou. E eu ri, porque sempre soube dos sentimentos dele. E como ele reclamava daquela menina-chata-que-ligava, que agora era mãe do filho dele. Que, querendo ou não, ele amava. Por necessidade, por obrigação. Por ela ter dado um rumo à vida louca dele. Lembrei de como eu ajudava ele a sair com outras. Como eu era a má da história e nunca percebia que o que eu queria era, na verdade, manter ele longe dela porque sabia que, caso contrário, eu o perderia pra sempre. E quando eu fui embora eu esqueci de contar com isso e perdi ele pra sempre. Talvez porque eu tivesse muito ocupada pensando que eu estava feliz e que seria pra sempre. Talvez porque fosse o certo. Mas eu amava ele e não sabia o quanto. Sabia que só como amigo. Mas não queria que ele fosse de ninguém mais. Não queria que alguma pessoa fosse pra ele o que eu havia sido. Ele era a materialização do meu lado mais egoísta e possessivo. Ele e as camisetas vermelhas dele. E tudo que ele me ensinou. E tudo que eu ensinei a ele. E ficamos quietos olhando os quadros e era nisso que eu estava pensando. E nunca vou saber o que se passava na cabeça dele. Mas ele me deu a mão e sorriu pra mim. Queria que fosse pedindo que fôssemos pra sempre. Era o que eu mais queria. Então meu telefone tocou e era o cara da minha foto. Ele percebeu e sussurrou que precisava ir. "Posso te ligar daqui a pouquinho? Tem outra ligação..." E desliguei e abracei ele como nunca abracei ninguém. Agradeci pela carona. E tive muita, muita vontade de beijá-lo e não o fiz. Porque não era paixão. Porque seria uma culpa desnecessária. E foi a primeira vez que senti aquilo. E achei bonito. Pensei na namorada dele. Pensei no meu. Pensei que a vida é longa e que o que será será. Pedi pra ele ir na frente e corri pro meu quarto pra pegar uma fita. Escrevi "Lua" em cima. Corri pra sentar ao lado dele no carro. Coloquei a fita e dei um beijo no rosto dele. Falei que ele era a pessoa mais linda que eu conhecia e que aquelas músicas eram as que eu ouvia pra dormir. Ele sorriu, ao ouvir a primeira música, a "nossa". Passou um pouco pra frente e ouviu as mesmas bandas das quais ele havia me falado na vinda. Sorrimos. Pedi pra ele ser bom e ficar bem. Sorrimos. Ele disse a mesma frase que sempre me dizia. E que tinha sido, até então, sempre o único. Perguntou se alguém mais a tinha dito pra mim. Respondi, rindo, "claro que não". Saí do carro. Ele me olhou e foi embora. E eu entrei e não olhei pra trás. Não peguei o número dele e ele com certeza não tinha mais o meu. Peguei o telefone, liguei o som, e liguei sorrindo pro cara da foto. Inventei algo a respeito da outra ligação e falei que o adorava. E ele falou a hora em que me buscaria e disse que tinha uma surpresa. Agradeci a ele por me fazer feliz. Desliguei e chorei. Chorei por saber que um dia eu teria saudade daquilo tudo. Sorri e chorei ao mesmo tempo. Achei uma merda o fato de a vida acabar, um dia. Quis dizer pra todo mundo o quanto eu amava. Quis abraçar alguém e estava sozinha em casa. Quis. E esqueci isso tudo depois. Como a gente sempre esquece tudo. Como a gente esquece, quase sempre, de tudo que já chorou.
It`s Over, uma ótima notícia.



Jeremy Enigk, ex-Sunny Day Real Estate e dono de uma maravilhosa carreira solo, acaba de ressurgir com seu novo projeto: The Fire Theft. A música disponível no site, It`s Over é mais do que se pode esperar, ainda que ele sempre tenha sido um músico/cantor admirável. Surpreendente em sua carreira solo, Jeremy surpreende ainda mais com a nova banda, ao menos aos fãs de longa data. Apaixonei-me pela música. Sempre fui apaixonada por ele. É perfeito. Baixem a música e, havendo interesse maior, procurem por suas canções solo: Abegail Anne, Lewis Hollow, Asleep under last week`s news, entre outras.

domingo, outubro 27, 2002

Sheena is a punk rocker

Ela acha que meu umbigo é o inimigo. E sabe se perder embaixo das minhas cobertas como ninguém. E passou a noite de ontem deitada no meu colo ouvindo músicas bonitas. Vai se acostumar. Ela vai ser meu substituto pro afeto interpessoal. [...] Sim, vou me apegar demais a ela e sempre vou achar ela a mais bonita. Porque ela é a mais bonita. Bonita, Sheena. Ela não vai ser punk rocker. Ela vai odiar ramones quando crescer. Just like me. :]
Não gostei disso. Odiei. Não sei. Mas hoje em casa é eu o suficiente pra tu saberes se é isso que queres ou não. Ou não. Não. [Foi o que eu imaginei]

Queria que fosse diferente. Queria ser tão bonito que dói.
Vououvirstephenmalkmussemparar.

Queria te ter aqui. Ai, que simples e legal, né? Queria.. ahm. Não, não queria tudo isso. Queria só ser simples e alegre e calma e saudável e meiga como uma música do Stephen Malkmus. A música 463 da minha lista. A música 8 do CD. Porque eu nunca me dei ao trabalho de escrever o nome das músicas. E é isso que eu ouviria agora, se tivesse... Se tivesse. Ganhei um cachorro que chamei de Glomer e uma gatinha que meu irmão chamou de Sheena como na música dos Ramones que Yo La Tengo regravou. Obviamente, ele e seus 13 anos de vida não sabem disso. Mas um dia eu explico. Agora acho que as coisas melhoraram aqui. O cachorro e a gatinha se dão bem e são bonitos. Vai ficar tudo bem. Minha garganta parou de doer e hoje eu fiquei em casa. Fiquei, de verdade. Estranho. Mas agora tá tocando Superstar, do Sonic Youth. Amanhã, como eu disse, será um novo e entediante dia. Será domingo e eu não vou ter que voltar. Mas tudo bem. Ele já sabe quase o suficiente. Mazzy Star. Preciso parar com isso. Happy.

sexta-feira, outubro 25, 2002

Optimistic

Sim, dia ótimo, ainda que sejam pertodedezdamanhã, ainda. Hoje, estranhamente, faz uma falta incrível eu não ter nenhum CD do Weezer. Só hoje. Vim cantando na rua. Videohits. Tive aula de sociologia. Saí no meio. Comi na fabulosa-cantina-do-campus-que-tem-tudo-por-um-real. Croissant. Legal. Pensei o quão legais são algumas pessoas. Algumas. Mas são.
E vou terminar meu dia em Blumenau. Ver o meu cachorro novo. Dar um nome pra ele. Viajar pensando na vida... who knows. Depois, passar o tempo, ver ele passar. Conversar muitodemais com a Camila. Dizer (caso eu esqueça) que eu tô muito bem. Até, um pouco, sentir falta de Curitiba. Imaginar como estão as coisas. Depois voltar e saber das novidades. Rever pessoas.
Ontem à noite terminei de assistir Spirited Away (a.k.a. sen to chiriro no kamikakushi). Lindo. Muito lindo. Uma história de amor linda. Uma história (louca e) linda. Merecedor do prêmio (Urso de Berlim) que ganhou esse ano. Assim que tiverem uma oportunidade, assistam. Será lançado provavelmente no ano que vem. :-P



Além disso, ando me divertindo na aula. Estranho, mas sim. Consegui matrícula em História do Cinema. Um dos filmes exibidos será Pulp Fiction, que eu adoro. Toda semana, terça à noite, um filme diferente. E viva a comunicação social. I can hardly wait...
Mas o que importa é que às duas eu saio daqui. Antes ainda quero pegar algumas coisas pra ler em Blumenau, referentes à aula. Passarei uma semana lá, já que não terei aula devido à Semana de Extensão. "Enlouquecer um pouquinho, talvez", como diria o Lobão-pessoa-legal. Não tenho muita coisa em mente, de fato. E ainda que eu fique em casa, será ótimo.
Tentarei postar, sempre que não tiver nada melhor pra fazer (portanto, não sei se isso ocorrerá, de fato.) e não for impedida pela precariedade do acesso discado.
Ah, isso me lembra ainda dos planos-de-vida legais que eu e meu irmão traçamos essa semana. Bem, would be fun e, realmente, eu ando otimista demais ultimamente. Mas não sei, por um momento não parece algo tão ruim assim...
Bom, acho que é isso. Sejam bons. Vejam ainda esta lindíssima imagem de Haku e Chihiro (Sen):