segunda-feira, março 18, 2002

Hoje andei remoendo coisas e lembrando outras tantas e dois fatos por mim considerados legais do meu passado ressurgiram em minha mente.

Lembrei que, em certo momento da minha vida, eu achava impossível alguém me amar de verdade. Apesar de isso ter sempre sido quase uma constante, daquela vez eu tinha uma justificativa para isso: porque ninguém nunca iria me conhecer de verdade. E eu nunca me dava ao trabalho de permitir que alguém me conhecesse. Aliás, até hoje considero isso uma coisa um tanto quanto estranha... Essa necessidade que as pessoas têm de mostrarem quem são. Não que eu nunca tenha tido essa necessidade, mas pra mim isso sempre foi sinônimo de carência. E continua sendo. Controvérsio, em partes, pois eu não diria que a melhor "faceta" de ninguém é o estado emocional de carência. Por que então revelar-se quando se está em sua forma mais vulnerável? A única coisa que consola é que "nada faz sentido". :-)

Outro antigo hábito meu: Justificar meus atos e demais estranhezas afirmando que eu era de outro planeta. E eu nem usava um tom de brincadeira. Usava um tom sério, como em uma fuga. Talvez tenha sido essa uma das primeiras coisas que estabeleceu a minha imagem de pessoa "estranha" diante de certas pessoas.

Tempos legais.


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