terça-feira, julho 09, 2002

Home is were your heart is - Travis - Driftwood

Eu sou mesmo muito estranha; vulnerável a coisas estranhas; fascinada por coisas estranhas.

E ontem, estranhamente, gostei de ser quem eu era, por um momento, quando me vi espelhada num daqueles vidros escuros de Banco. Mas não era um Banco. E também não importa. Aconteceu quando eu estava indo devolver as fitas de Magnólia - que assisti de novo - e Onze Homens e um Segredo, que eu não tinha assistido ainda.

Meu irmão mais velho chegou ontem à noite, pegou o meu casaco dele e hoje de manhã foi pra Joinville. E me deixou passando frio.
Hoje de manhã acordei às 6 horas e vi pessoas passando por cima de mim. (Isso acontece de verdade, porque ultimamente eu tô dormindo no sofá que é melhor do que meu colchão) Fiquei com raiva do mundo, virei e continuei dormindo. É característica minha: eu acordo de manhã, vejo que "o mundo é mundo" e tenho vontade de voltar a dormir, e de ficar ali o dia inteiro. Não é nem questão de sono... Enfim. Acordei mais tarde, às exatas 7 horas e me obriguei a ir pra aula, com duas calças, três blusas, cachecol e luvas rosas, nariz vermelho e Travis.
Logo quando cheguei já encontrei as "meninas do apartamento" e marquei de ir lá amanhã, depois da aula. Na aula de fotografia ficamos vendo uns slides muito (muito) legais, de fotos do "arquivo pessoal" do professor. Por esse motivo a aula durou um pouco mais.
Molhei a minha flor e botei ela ali na janela. Quando ficar mais frio eu tiro ela dali...
Amanhã compro minha passagem e...

Droga! Eu queria abraço...

Ando pensando muito. Mais do que o normal. A ponto de estar cansada ao final do dia. Tanto que hoje me dei um "doce intervalo" e fiquei fazendo planos. Planos, bem desses de quem sonha alto demais. Umas idéias meio perdidas no tempo de "casa-família-cachorro-carreira".
Tenho me achado uma pessoa pior por notar que eu gosto de rotina. Gosto de todo dia ver as mesmas pessoas de manhã, de todo dia cumprimentar o "tio da banca" no mesmo local. De todo dia brincar com o mesmo cachorro, sorrir pra mesma dona do cachorro e de olhar pros mesmos velhinhos ali do Asilo. (Tem um asilo a uns 100m do meu campus.) Eu não sei o porquê de "rotina" ser algo tão ruim. Mas eu me sinto viva. Eu me sinto algo. E eu acho que não preciso de muito mais...

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