domingo, novembro 24, 2002

Keep Fishin'

Na sexta-feira, o que deu certo: (1) a entrevista com o Relações Públicas da Volvo - que por sinal foi algo surpreendente. Invejável. - O trabalho ainda teremos que fazer essa semana. A possível transcrição da entrevista, a apresentação, etc. Mas foi bom; (2) o almoço-com-a-minha-mãe-no-meu-restaurante-preferido - onde eu pude até contar com uma agradabilíssima presença na mesa ao lado e os sussurros: "Pode olhar, ela não tá olhando...'"; (3) os problemas resolvidos na imobiliária;
Saímos de Curitiba cinco minutos antes do rush, o que não nos impediu de passar por um engarrafamento nojento na saída da cidade. Mas tudo bem.
Quando cheguei, liguei pra Ele, que então, devido à minha demora, já tinha outra coisa pra fazer. Então eu fiz algo que não fazia há tempos com tanto empenho: dormi. Dormi mais de dez horas. Dormi e não acordei uma única vez. Acho que meu corpo decidiu repor o sono perdido durante o ano todo. Ok, exagero. Mas foi bom.
No sábado acordei depois das dez, morrendo de sono. Fiz algumas coisas. À tarde, fomos pra Joinville comemorar o casamento do meu irmão-zão. Foi legal. Eu, na minha posição de irmã-mais-nova-fodida-financeiramente e meu irmão na posição de sempre-acompanhante-da-irmã-fodida-financeiramente presenteamos o casal com imãs de geladeira. Ok, não eram simples imãs. Eram um 'chat de geladeira'. Ok. Maldito Marketing. Mas a cunhada gostou, e é o que importa. Besides, mamãe acaba compensando no valor do presente 'da família'. Lá, conhe'cemos' a 'outra parte da família'. Encontrei até alguém pra compartilhar o gosto pela fotografia, e me emprestar a super-máquina-invejável e me dar conselhos legais. Achei legal. A família da cunhada é legal. Ela é legal. E minha sobrinha deve nascer, no máximo, em duas semanas. Acontece que toda a festinha-familiar acabou demorando um pouco mais, e eu havia combinado com Ele de ligá-lo às oito. E lá estava eu, sete e meia, em Joinville. Arranjei um jeito de avisá-lo que ligaria nove e meia. E comecei a pressionar um pouco mais pra irmos pra casa. Passamos ainda na casa de uma prima. Pude rever o primo-segundo-de-nome-bonito. Gosto dele. Ensinei números pra ele e ele me disse que vai ganhar uma bateria do pai dele. E ele tem uma baqueta e bate em tudo que vê pela frente. E tem três anos. Então, oito e meia. E a família ainda parada e eu semi-desesperada. Sou neurótica com horários, admito.
Fiquei agonizando atrasada na viagem de volta. Lembrei da viagem de ida, que foi extremamente agradável. Quando eu viajei no banco de trás. Adoro viajar no banco de trás e há tempos não o fazia. Mas lá sentei, descalça, e deitei com a cabeça apoiada no banco pegando sol. Ouvindo música e pensando besteira, como sempre. (...) Então cheguei em casa às noveecinqüenta, aproximadamente. Família já estava apreensiva ao me ver com raiva do mundo, pelos caminhões que andam devagar, a bateria do celular que acaba, as sinaleiras que fecham todas... Murphy, maldito! Liguei. E Ele não estava em casa. Se tivesse ocupado, seria um consolo. Mas não. Ele não estava em casa. Tentei, mil vezes. Ele não estava em casa. Ele não... Droga.
Me dirigi então ao famigerado mundo da inter-nete. Em um minuto, decidi ir pra casa da namorada chorar minhas 'magoas'. E fui. Não levei nada e fui. Fizemos nosso programa-de-solteironas-acima-de-30. Foi legal e ela fez minha maisdoquenecessária massagem. Acabei dormindo lá. Então ela acordou de manhã bem cedo pra ir fazer a provinha-da-Furb. Saenem, como diz minha mãe. Tive sonhos muito muito estranhos. Mas prefiro esquecê-los. Então levamos ela lá e o Sr. Bertoldi me trouxe em casa. Discutimos política.
Chegando em casa peguei o discman e fui caminhar e pensar na vida. Bloco do Eu Sozinho. E saudades que eu tava sentindo desse CD. Mas eu mal saí da minha rua e a pilha acabou. Mas continuei. Depois no meio ele milagrosamente (eu sei, nem tanto) voltou a funcionar. Até A Flor, só.
Vi a ex-sogra de longe.
Pensei Nele e pensei que azar o Dele. Foi um pensamento idiota e passou logo. Mas não sei se vou ligar-e-implorar hoje. Acho que não. É ruim e chato quando as coisas dão errado. Ontem Eu precisava vê-lo. Simples assim. Mas não. E eu não sei onde acaba minha disposição a estar presente só quando for bom pra Ele. Ah, claro, não é assim também. Por isso que eu odeio minha mente desocupada. E Ele lê isso aqui às vezes e às vezes quase sempre eu sei que lendo isso Ele vai saber (mais) como eu sou e gostar menos de mim. Mas Ele sabe que eu gosto Dele e dos olhos castanhos Dele. (Ainda que eu não cante ao telefone por eu odiar a minha voz.) Então eu acho que a minha parte é só essa. E tô divagando.
Ah, e são cinco quilos que eu quero emagrecer. Boa sorte pra mim.

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