domingo, janeiro 13, 2002

"Não sabia como era doce viver" - frase encontrada hoje num caderno antigo. Ao lado, escrito: "Sol e M."

A pior coisa:
Ir embora.

Odeio ir embora. Não suporto. Ou ao menos... Se eu fosse embora por vontade própria, seria menos mau. E isso não se aplica somente à questão de minha mãe ligar e dizer "vem pra casa". (Mas principalmente a essa). Mas "ir embora", por mais que seja uma coisa correta a fazer, sempre traz consigo alguma desvantagem. Ir embora de uma cidade, sair de uma vida, deixar para trás uma etapa. Péssimo. Não que mudanças não sejam necessárias, mas "vida que é vida" sempre faz com que tenhamos que deixar para trás aquilo que mais gostamos.
E eu não queria nunca que chegasse a "hora", não queria que chegasse Maio... (se é que chega) e não queria que chegasse o tempo em que sempre tudo se vai, a hora "mágica" em que se deixa ou em que se é deixado. Mas ela sempre vem, quando menos se espera ou quando mais é necessário o contrário.
Enfim, não deve ser à toa que no próprio dicionário "partir" tem outro significado além de "viajar, ir embora". Partir é "dividir em partes, fazer-se em pedaços, quebrar-se..."

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