domingo, agosto 25, 2002

Trocar minhas listas, apagar o cigarro, tomar o último gole. Mudar o volume do som, trocar o CD, pintar o cabelo, comprar (mais) um par de tênis. Me olhar no espelho e fingir que 'agora é diferente'. Sempre. E toda vez alguém volta e eu não sei. Toda vez eu; penso demais, acho demais, escuto demais, me apaixono demais e é 'tudo'. Daí eu sempre espero calma e não consigo. E ligo pra um amigo.
Agora? Eu nem toquei na minha lista, eu bebi 'o de sempre', fumei 'o de sempre' e voltei a ouvir o que um dia eu fui. Conversei com bons amigos. (Daqueles que te fazem sorrir sem motivo) E coloquei o som no último volume num domingo. E ninguém pediu silêncio. Aí eu quis ir caminhando até o lugar de sempre. Mas eu dei o meu Walkman pra uma amiga. E eu queria ligar pra uma pessoa, mas que ela não tirasse conclusões precipitadas e saísse pra conversar comigo. Porque hoje tá fazendo um Sol lindo. por isso.
E hoje eu pensei em muita coisa do que me dissestes e muito disso faz sentido. E eu estou feliz de um jeito só meu. Meio bittersweet, meio azul, meio silencioso. Meio sendo eu, once (and) again.
E estranhamente é bom. E eu descobri no que sou um pouquinho mais. Eu faço as coisas do meu jeito, querendo ou não. Daí tu me chamas de prepotente e eu só rio. Mas é assim e eu gosto.
E por isso (descobri!) eu luto. Por 'isto' eu luto. E por todo resto não. E daí eu quero que o resto do mundo se cale, porque lugar nenhum é tão bom quanto aqui, deitada na minha cama, lendo meus livros e ouvindo minhas músicas. Marcel Proust e Belle and Sebastian, btw. E eu não me incomodo com o que ninguém acha. Ou achou. E nem com aquilo que fui/foi antes disso. E sei muito bem (não esquecer) que isso pode mudar amanhã, que daqui a 14 horas pode ser diferente. E que não é de escolhas que eu vivo, jamais.
Porra, eu sinto.

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