sexta-feira, setembro 20, 2002

Cidade dos Sonhos - you only live twice.

Estou falando de ontem. O melhor dia de todos, desde que eu vim morar em Curitiba.
Começou com o fim das minhas três horas de sono. Acordei cinco e meia pra fazer uma resenha pra História Contemporânea III. Fiz. Terminei de imprimí-la às exatas 7h30min, quando, a uns 3km daqui, iniciava-se a prova final da mesma disciplina. Fui. Chegando lá, nada anormal. Fiz minha prova como sempre. E não fui mal, eu acho. É estranho, eu sei... Mas creio que tenha passado nessa disciplina.
Saindo da prova gastei algum tempo com as agradabilíssimas pessoas com quem convivo lá (ah, e eu não tô sendo irônica). Depois disso, eu e uma amiga fomos terminar/corrigir/(re)fazer um trabalho de Técnicas Básicas de Meios Impressos, que nos livraria de uma prova na terça-feira e permitiria que não fizéssemos absolutamente nada durante a tarde. Eu, ao menos, que só queria uma cama, o resto do dia.
Fizemos o trabalho enquanto meu colega-de-trabalho-Thom-Yorke jogava basquete. (!) Saí do trabalho e fomos (eu, plus Thom Yorke) pegar nossas fotos. Antes, ainda passamos em algumas gráficas procurando uma impressora a jato de cera. Sim, existe, em algum lugar. Mas não fomos felizes na procura. Chegamos no laboratório fotográfico e pegamos algumas de nossas fotos, uma vez que as atendentes conseguiram realizar a proeza de não marcar todas as fotos que precisavam ser reveladas. Mas tudo bem. Fomos almoçar num restaurante que servia "comida de verdade". Legal, tinha até pratos... :-)
Depois disso, ainda passamos em incontáveis gráficas por toda a cidade. Descobri que é uma utopia imprimir algo em papel Colorplus preto, numa folha de dimensões maiores do que A4. Descobrimos isso lá pelas 4 da tarde. Mas foi legal, somehow. Além do mais, muitas secretárias foram simpáticas conosco e uma jovem moça correu atrás de mim na rua pra me entregar algo que eu tinha deixado cair. CURITIBA!
Então, em meio à extrema necessidade de terminar o Portfólio, ele comprou uma caneta-gel e desistiu da impressão. E incrível: descobri a existência de uma caneta-gel branca que, quando usada, deixa no papel aroma de... pipoca. Sim, pipoca amanteigada, mais precisamente. Então senti medo. E me senti com 80 anos e lembrei do tempo em que tínhamos vontade de comer nossos tênis, devido ao aroma que esses exalavam. Encadernamos nossas folhas e deixamos de ir pegar as fotos, e ele deixou de ir pra aula, e fomos a um cinema. Mas um cinema lindo. Perfeito. Legal. Assistimos Cidade dos Sonhos e descobri que ele não só parece com o vocalista da minha banda preferida como também é a melhor companhia ever pra assistir filmes. Mas hang on, pessoas das conclusões precipitas, é "só" um amigo... Mas um amigo desses que tem-se orgulho de ter, ainda mais aqui.
E o filme, muito bom mesmo. Ótimo. E melhor coisa foi a gente sair e começar a chover, e discutirmos nossas teorias e eu prometer uma resposta pra 'hoje' e não a ter. Então, a certa altura, eu estava andando sozinha pra casa, à noite, vendo os relâmpagos. E gostei de estar ali, aqui. Ao mesmo tempo que tive um certo medo, como sempre. Mas medo não-subjetivo. Medo de eu sozinha, à noite, naquele lugar cheio de gente estranha. E sorri quando passei por uma casa onde havia uma rosa branca à porta, provavelmente deixada por alguém.
Cheguei na entrada do local onde 'moro' e alguém cantou algo pra mim. Um estranho. E eu sorri. E lembrei que minhas aulas tinham acabado e que tinha sido um dia bom. Então melhorei-o, liguei pra uma amiga e pra alguém que sempre me faz bem. Dormi, depois. Conforme prometido.

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